<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, outubro 28, 2010

Valor de mercado da Petrobrás e o efeito Dilma 

O preço das ações da petrobrás vai acabar chegando ao pré-sal. Inhac,inhac,inhac!

Petrobras já perdeu US$ 14,2 bilhões em valor de mercado desde o fim da capitalização

Publicada em 28/10/2010 às 15h10m, O Globo

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/10/28/petrobras-ja-perdeu-us-14-2-bilhoes-em-valor-de-mercado-desde-fim-da-capitalizacao-922895801.asp

RIO - Um estudo feito pela consultoria Economatica mostra que a Petrobras perdeu R$ 24,4 bilhões em valor de mercado desde o encerramento de seu processo de capitalização. Em 27 de outubro, o valor de mercado da Petrobras era de US$ 211,4 bilhões (R$ 360,8 bilhões), inferior em US$ 14,2 bilhões (R$ 24,4 bilhões) ao maior valor registrado em 4 de outubro, um dia depois do anúncio do fim do aporte financeiro. Esta queda corresponde a 18% do total da capitalização efetuada pela empresa no último mês. O cálculo do valor de mercado é feito com a multiplicação do valor das ações PN e ON na Bovespa pelo número de ações existentes.

Em 22 de outubro foi registrado o menor valor de mercado da Petrobras desde a capitalização: US$ 196,9 bilhões (R$ 337,1 bilhões). Uma queda de US$ 28,7 bilhões (R$ 49,1 bilhões) com relação ao maior valor de mercado atingido pela empresa, em 4 de novembro. A queda corresponde a 36,4% dos US$ 78,6 bilhões (R$ 134,6 bilhões) que a empresa teve de crescimento no intervalo 23 de setembro a 4 de outubro.

Em 2010, até 27 de outubro, as ações ordinárias (PETR3) já registraram desvalorização de 29,53% e as preferenciais (PETR4) de 27,03%. Já o índice de referência Ibovespa valorizou 2,89% no mesmo período, informou também a Economatica.

Carta de Ruth Rocha à Dilma Maleducada 

Em bom portugues, "vai catar coquinho".

Carta à candidata Dilma.

http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/10/27/escritora-de-livros-infantis-ruth-rocha-diz-em-carta-que-nao-assinou-documento-que-vai-votar-em-serra-922892456.asp

"Meu nome foi incluído no manifesto de intelectuais em seu apoio. Eu não a apoio. Incluir meu nome naquele manifesto é um desaforo! Mesmo que a apoiasse, não fui consultada. Seria um desaforo da mesma forma. Os mais distraídos dirão que, na correria de uma campanha... 'acontece'. Acontece mas não pode acontecer. Na verdade esse tipo de descuido revela duas coisas: falta de educação e a porção autoritária cada vez mais visível no PT. Um grupo dominante dentro do partido que quer vencer a qualquer custo e por qualquer meio.

Acho que todos sabem do que estou falando.

O PT surgiu com o bom sonho de dar voz aos trabalhadores mas embriagou-se com os vapores do poder. O partido dos princípios tornou-se o partido do pragmatismo total. Essa transformação teve um 'abrakadabra' na miserável história do mensalão. Na época o máximo que saiu dos lábios desmoralizados de suas lideranças foi um débil 'os outros também fazem...'. De lá pra cá foi um Deus nos acuda!

Pena. O PT ainda não entendeu o seu papel na redemocratização brasileira. Desde a retomada da democracia no meio da década de 80 o Brasil vem melhorando; mesmo governos contestados como os de Sarney e Collor (estes, sim, apoiam a sua candidatura) trouxeram contribuições para a reconstrução nacional após o desastre da ditadura.

Com o Plano Cruzado, Sarney tentou desatar o nó de uma inflação que parecia não ter fim. Não deu certo mas os erros do Plano Cruzado ensinaram os planos posteriores cujos erros ensinaram os formuladores do Plano Real.

É incrível mas até Collor ajudou. A abertura da economia brasileira, mesmo que atabalhoada, colocou na sala de visitas uma questão geralmente (mal) tratada na cozinha.

O enigmático Itamar, vice de Collor, escreveu seu nome na história econômica ao presidir o início do Plano Real. Foi sucedido por FHC, o presidente que preparou o país para a vida democrática. FHC errou aqui e ali. Mas acertou de monte. Implantou o Real, desmontou os escombros dos bancos estaduais falidos, criou formas de controle social como a Lei de Responsabilidade Fiscal, socializou a oferta de escola para as crianças. Queira o presidente Lula ou não, foi com FHC que o mundo começou a perceber uma transformação no Brasil.

E veio Lula. Seu maior acerto contrariou a descrença da academia aos planos populistas. Lula transformou os planos distributivistas do governo FHC no retumbante Bolsa Família. Os resultados foram evidentes. Apesar de seu populismo descarado, o fato é que uma camada enorme da população foi trazida a um patamar mínimo de vida.

Não me cabem considerações próprias a estudiosos em geral, jornalistas, economistas ou cientistas políticos. Meu discurso é outro: é a democracia que permite a transformação do país. A dinâmica democrática favorece a mudança das prioridades. Todos os indicadores sociais melhoraram com a democracia. Não foi o Lula quem fez. Votando, denunciando e cobrando, foi a sociedade brasileira, usando as ferramentas da democracia, quem está empurrando o país para a frente. O PT tem a ver com isso. O PSDB também tem assim como todos os cidadãos brasileiros. Mas não foi o PT quem fez, nem Lula, muito menos a Dilma. Foi a democracia. Foram os presidentes desta fase da vida brasileira. Cada um com seus méritos e deméritos. Hoje eu penso como deva ser tratada a nossa democracia. Pensei em três pontos principais.

1) desprezo ao culto à personalidade;

2) promoção da rotação do poder; nossos partidos tendem ao fisiologismo. O PT então...

3) escolher quem entenda ser a educação a maior prioridade nacional.

Por falar em educação. Por favor, risque meu nome de seu caderno. Meu voto não vai para Dilma."

Dilma-nic provocou prejuizo na energia 

Estado forte, prejuizo forte!

28/10/2010 - 08h48
Usina avalizada por Dilma no RS deu prejuízo

http://www1.folha.uol.com.br/poder/821474-usina-avalizada-por-dilma-no-rs-deu-prejuizo.shtml

À frente da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff (PT) e seu braço direito no setor elétrico, Valter Cardeal, hoje diretor da Eletrobras, participaram da criação de usina a gás que nunca saiu do papel e gerou prejuízo para a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica).

Batizada de Termogaúcha, a usina idealizada em 2000 foi liquidada seis anos depois pelos acionistas --CEEE, Petrobras, Ipiranga e Repsol--, sem funcionar.

Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Conheça nossa página no Facebook

Os sócios movem processo contra a CEEE pelos prejuízos causados e por dívidas.

A Termogaúcha foi incluída no programa do governo FHC para construir termelétricas. A intenção era utilizar gás argentino, o que não se viabilizou em seguida.

terça-feira, outubro 26, 2010

Obtuário politsBURGER 

Morreram hoje o polvo Paul e o Senador Romeu Tuma. Sinal dos tempos?

Polvo Paul, oráculo do Mundial 2010, morre em Oberhausen

Cefalópode acertou resultado de todas as oito partidas que 'previu', inclusive o da final

http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,polvo-paul--oraculo-do-mundial-2010--morre-em-oberhausen,629977,0.htm

Morre em São Paulo o senador Romeu Tuma

http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2010/10/26/morre-em-sao-paulo-o-senador-romeu-tuma/

sexta-feira, outubro 22, 2010

Aécio lava a cara de Lulla 

'Lula deixa de ser chefe de Estado para ser líder de facção', diz Aécio

Senador eleito lamenta postura de presidente que, para ele, envolve-se de forma equivocada nas investigações da PF

22 de outubro de 2010 | 18h 05

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-deixa-de-ser-chefe-de-estado-para-ser-lider-de-faccao--diz-aecio-,628446,0.htm

(...) "As agressões contra Serra lamentáveis. A democracia pela qual tanto lutamos é um patrimônio maior que uma eleição ou um grupo político. O presidente da República ao reagir de forma ofensiva a um candidato que foi efetivamente agredido, ao adentrar em discussões ou análise de relatórios da Polícia Federal, de forma absolutamente equivocada, violenta as instituições de Estado, como vem fazendo em favor de sua candidata. Ele não contribui para o fortalecimento da democracia. Lamento a posição do presidente, por quem tenho apreço pessoal , amizade pessoal, mas nesse momento final da campanha não está agindo como todos os brasileiros gostariam que agisse. Ele é o presidente de todos. Ele pode apoiar e é natural que apoie, mas é importante que ele mantenha as instituições de Estado fortalecidas e imunes à interferência eleitoral", avaliou Aécio Neves sobre a postura do presidente Lula depois das agressões ao tucano José Serra no Rio de Janeiro. (...)

quarta-feira, outubro 20, 2010

Pit-Búlgara ataca novamente! 

Do alto do salto seu Luiz XV bico largo, a a pit-búlgara resolveu partir para porrada à la Chavez.

Serra é agredido por militantes petistas durante ato de campanha no Rio

http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/10/20/serra-agredido-durante-enfrentamento-entre-militantes-em-ato-de-campanha-no-rio-922827795.asp

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/10/20/serra-leva-pancada-na-cabeca-em-confusao-com-gente-do-pt-334119.asp

terça-feira, outubro 19, 2010

Dilma não quer apoio de ninguem 

De salto Luis XV bico largo, Dilma-nic, o poste terrorista, dispensa apoio por se julgar alto-auto-suficiente.

No mais, marola cambial!

Dilma diz que não pediu apoio de ninguém

http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/10/19/em-referencia-nota-de-jose-padilha-dilma-diz-que-nao-pediu-apoio-de-ninguem-922825128.asp

O Crime organizado e o Estado desorganizado 

E ainda tem gente no Brasil que diz que não tem justiça, que impera a impunidade! Isso só no setor público, onde a justiça tarda e falha. No setor privado, sempre há justiça e ela é rápida. Bom, se é a melhor forma de justiça, aí é outra história.

Crime organizado tem mais que o dobro das armas da polícia no Brasil

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101019/not_imp626571,0.php

Grupos criminosos ainda mantêm um arsenal impressionante de mais de 5,2 milhões de peças. A polícia tem apenas 2,1 milhões.

Petrobras em ritmo eleitoral 

Exploração comercial de Tupi, maior campo do pré-sal, começará às vésperas do 2º turno

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/10/18/petrobras-em-ritmo-eleitoral-exploracao-comercial-de-tupi-maior-campo-do-pre-sal-comecara-as-vesperas-do-2-turno-922819261.asp

segunda-feira, outubro 18, 2010

Marina, o rinoceronte Cacareco e o macaco Tião 

Pela análise abaixo, os votos em Marina da Silva nas eleições presidenciais 2010 tiveram o mesmo motivo dos votos no rinoceronte Cacareco para prefeitura de São Paulo e no macaco Tião para prefeitura do Rio: simples protesto.

Tiririca e outros fizeram este papel nas eleições parlamentares de 2010.

No mais, marola com excesso de oferta de moeda dos EUA.

Onde foi parar o “fenômeno” Marina?

por Jose Roberto de Toledo
Seção: ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE
17.outubro.2010 17:55:05

http://blogs.estadao.com.br/vox-publica/2010/10/17/serra-empata-com-dilma-no-df-para-quem-migrou-o-eleitor-de-marina/

O Distrito Federal foi a única unidade da Federação onde Marina Silva (PV) foi a candidata mais votada no primeiro turno. Não por coincidência, é um dos locais onde José Serra (PSDB) empatou com Dilma Rousseff (PT) na pesquisa Ibope de segundo turno: 45% a 43%.

O DF é um bom exemplo de como os eleitores de Marina escolheram seu candidato sem esperar orientação nem dela nem do seu partido. Isso aconteceu por razões diversas. Para começar, há diferentes eleitores de Marina. Os evangélicos, segundo o Ibope, migraram na proporção de 3 a 1 para Serra. Foi a maior diferença. Entre os marinistas católicos a proporção foi metade dessa.

A migração dos eleitores de Marina para Serra foi proporcionalmente maior entre as mulheres e entre os jovens. Também quem votou em Marina e tem nível superior optou duas vezes mais pelo tucano do que pela petista.

Já entre aqueles que se auto-classificam como brancos, Serra ficou com mais ex-votos de Marina do que Dilma. O oposto aconteceu entre os eleitores que, pelos mesmos critérios, se auto-denominaram pretos e pardos.

Em resumo, Serra retomou os eleitores de Marina que tinham um perfil semelhantes aos múltiplos grupos que compõem o eleitorado serrista: brancos que fizeram faculdade e mulheres evangélicas que não querem ouvir falar em mudança na lei do aborto, por exemplo. Em eleições passadas, esses eleitores mais provavelmente votaram em candidatos do PSDB.

Dilma ficou com um minoria que tem características demográficas mais parecidas com seu eleitorado de origem.

Na prática, nada mudou. O “fenômeno Marina” não foi realmente um fenômeno. Foi apenas um grito de alguns ex-eleitores tucanos (principalmente, mas também petistas), cansados da polarização entre os dois partidos. E que voltaram ao ninho original no segundo turno.

Não por acaso, Marina não recomendou voto nem em Dilma nem em Serra. Tinha muito pouca gente escutando.

domingo, outubro 17, 2010

O efeito Dilma-nic e transposição de posições do PMDB 

Rato nunca erra: sempre pula primeiro quando o barco começa a fazer água.

Rosa dos ventos
17 de outubro de 2010
Dora Kramer

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101017/not_imp625890,0.php

A conversa obviamente não é oficial, mas está adiantada: o PMDB já começou a reconstruir suas pontes com o PSDB para, na hipótese de uma vitória do tucano José Serra, assegurar participação no governo no papel semelhante ao que terá no caso de Dilma Rousseff ser a presidente eleita no próximo dia 31: avalista da governabilidade.

Exímio farejador da direção dos ventos, o partido que indicou o vice de Dilma avalia internamente que aumentaram muito as chances de Serra ser eleito presidente.

Pelo menos cinco sessões regionais do partido (Santa Catarina, Acre, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul) estão com a candidatura da oposição e outras três, Minas Gerais, Pará e Bahia, se não fazem campanha para o PSDB, para o PT também não fazem.

Consequência das mágoas do primeiro turno, quando, segundo as queixas dos peemedebistas, o partido foi tratado como gato borralheiro: deixado de lado, escondido, excluído da propaganda presidencial e das negociações sobre divisão dos espaços no futuro governo.

Como Dilma e Lula estavam com toda força e aparentemente com a vida ganha junto ao eleitorado, o PMDB ficou calado.

Quando as urnas revelaram uma realidade diferente, o partido viu que chegara a "hora do troco". No primeiro momento pensou apenas em melhorar seu cacife e o tratamento junto ao parceiro, já que o PT precisaria de muito apoio na segunda etapa.

Com o passar dos primeiros dias, o ambiente e as pesquisas começaram a desenhar um cenário em que a vitória da oposição ficou sendo uma possibilidade real.

Diante disso, aqueles dirigentes do PMDB mais identificados tradicionalmente com o PSDB, até por terem participado do governo Fernando Henrique Cardoso, cresceram de importância internamente.

Começaram a ser mais ouvidos enquanto ganhou corpo o discurso de que o partido foi tratado como "acessório de luxo" o tempo todo pelo PT.

Diante da situação de empate técnico retratada no fim da semana, o "pragmatismo de Brasília" - é a expressão literal - voltou a prevalecer. Ou seja: emissários acorrem à seara tucana ao mesmo tempo em que outro pedaço do partido continua fidelíssimo à candidatura de Dilma, esperando o resultado da eleição.

Quando Michel Temer, candidato a vice e presidente do partido, diz que será "inútil" a investida dos tucanos em busca de apoios dentro do PMDB sabe que não retrata a realidade.

Tanto que usa a seguinte frase para reafirmar a profissão de fé lulista: "Há um fechamento de todo o PMDB em torno de nossa candidatura."

Normal será que falasse "em torno da candidatura de Dilma", pois não? Pois é.

O partido não teme perder importância ao embarcar na canoa até então adversária, por dois motivos: primeiro, porque supõe que seja bem recebido pelo PSDB e, segundo, porque suspeita de que não teria participação mais que periférica em governo do PT, mesmo ocupando a Vice-Presidência.

As conversas sobre essa transposição de posições correm tão à vontade nas internas do PMDB que já são feitas avaliações a respeito das razões de o PT ter perdido o favoritismo.

Lá não se fala sobre voto religioso, efeito Marina Silva ou influência do escândalo Erenice Guerra. Para os peemedebistas todos esses fatores foram "instrumentos".

O motivo da mudança do clima, de acordo com essas análises, foi a ofensiva do presidente Lula contra os veículos de comunicação e a liberdade de expressão.

Aí, segundo o PMDB, Lula teria dado a Serra a chance que, sozinho e com uma campanha muito mal ajambrada, ele nunca teria.

Chico de Oliveira: Lulla-molusco é mais privatista que FHC 

http://www1.folha.uol.com.br/poder/815456-sociologo-e-fundador-do-pt-afirma-que-lula-e-mais-privatista-que-fhc.shtml

(...) Lula é mais privatista que FHC. As grandes tendências vão se armando e ele usa o poder do Estado para confirmá-las, não para negá-las. Então, nessa história futura, Lula será o grande confirmador do sistema.

Ele não é nada opositor ou estatizante. Isso é uma ilusão de ótica. Ao contrário, ele é privatista numa escala que o Brasil nunca conheceu.

Essa onda de fusões, concentrações e aquisições que o BNDES está patrocinando tem claro sentido privatista. Para o país, para a sociedade, para o cidadão, que bem faz que o Brasil tenha a maior empresa de carnes do mundo, por exemplo?

Em termos de estratégia de desenvolvimento, divisão de renda e melhoria de bem-estar da população, isso não quer dizer nada. (...)

sexta-feira, outubro 15, 2010

Dilma-nic começa a fazer água 

PT vê disputa 'problemática' e aposta no Sudeste para tentar segurar votos
15 de outubro de 2010

Tânia Monteiro, Vera Rosa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101015/not_imp625052,0.php

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros mais próximos - que integram o "núcleo duro" do governo - e o comando da campanha de Dilma Rousseff avaliaram, em reuniões ao longo da semana, que "a situação é problemática" para a candidatura petista. A recomendação unânime foi para que Dilma concentre a campanha nas Regiões Sul e Sudeste e "esqueça o Nordeste", onde a eleição "está ganha".

Os Estados do Sul-Sudeste que serão alvos prioritários da campanha são Minas, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. O Nordeste, onde Dilma tem 19 pontos porcentuais de vantagem sobre o tucano José Serra (57% a 36%), segundo o Ibope, é considerado uma região em que as perdas eventuais serão pequenas. Na avaliação do QG dilmista, elas "nem atrapalharão Dilma nem ajudarão Serra". No Norte, a candidata tem vantagem de 9 pontos porcentuais, 51% a 43%.

Clima.

'As nossas lideranças foram derrotadas lá (em Minas) e isso provocou perplexidade', afirma José Eduardo Dutra

Há no comitê de Dilma uma preocupação especial com os dois maiores colégios eleitorais, São Paulo e Minas Gerais, onde o PT foi derrotado pelo PSDB de Serra na disputa pelos governos estaduais. Ainda ontem, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, reuniu-se com deputados e prefeitos, em Belo Horizonte (MG), para tentar reaglutinar a tropa.

Lá, além das mágoas do PMDB de Hélio Costa - que perdeu a eleição ao Palácio da Liberdade para Antonio Anastasia (PSDB) -, as divergências entre o ex-ministro Patrus Ananias e o ex-prefeito Fernando Pimentel, ambos do PT, só se acentuaram. Patrus foi vice de Costa e acabou sem cargo. Pimentel perdeu a corrida ao Senado.

"O problema maior não é a disputa entre Pimentel e Patrus. Nossas lideranças foram derrotadas lá e isso provocou perplexidade", disse Dutra. Na tentativa de reverter a apatia em Minas, Lula e Dilma participarão de carreata amanhã, em Belo Horizonte. Hoje, a candidata estará em São Paulo num megaencontro com professores e reitores. À noite, deverá fazer comício em São Miguel Paulista, na zona leste. Antes disso, à tarde, Lula e ministros baixam no Paraná, em Telêmaco Borba.

"Menos de dez".

No diagnóstico de Lula e da coordenação da campanha, o ideal seria que Dilma começasse o segundo turno com pelo menos 10 pontos porcentuais de vantagem sobre Serra - no primeiro turno, a votação terminou com 14 pontos de dianteira para Dilma, 47% a 33%. Na primeira pesquisa, do Datafolha, a diferença foi de 7 pontos. Na do Ibope, caiu para 6 pontos. O levantamento CNT/Sensus, divulgado ontem, mostrou Dilma e Serra com 4 pontos porcentuais de diferença, 46% a 42% (veja na pág. A8).

"Começar segundo turno com menos de dez (pontos porcentuais de diferença nas intenções de voto) é problemático", admitiu ao Estado um dos auxiliares de Lula. Não só as pesquisas anunciadas por institutos como os trackings internos em poder do comando petista mostram que diminui cada vez mais a distância entre Dilma e Serra.

No comando da campanha há dúvidas sobre a estratégia de começar o segundo turno com "mais Dilma e menos Lula" e sobre a dose certa de agressividade a ser usada contra Serra no debate da RedeTV!, no domingo. "Cada debate é um debate. A estratégia depende das condições de campo, do gramado, da iluminação, da torcida", afirmou Dutra.

Cobranças.

O clima nos bastidores da campanha é de cobrança. Todos estão à procura dos responsáveis que não viram a "investida conservadora" de religiosos, a tentativa de carimbar Dilma como candidata a favor do aborto e, ainda, que não foram eficientes para ganhar a batalha da internet. No caso do escândalo do tráfico de influência envolvendo a Casa Civil, o próprio Lula criticou a "falta de indignação" de Dilma, no debate da TV Bandeirantes, há cinco dias, ao tratar do caso Erenice Guerra.

Lula avalia que a campanha ainda está despolitizada e cobrou mais mudanças do marqueteiro João Santana. Em uma das análises, ao falar sobre o comportamento de Dilma nos últimos dias do primeiro turno, o presidente chegou a dizer que a senadora Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente e candidata derrotada do PV à Presidência, estava "mais parecida" com ele do que a petista. Para Lula, faltou a Dilma "emoção" porque ela apresentava as propostas de forma "muito burocrática".

quarta-feira, outubro 06, 2010

ganhar perdendo e perder ganhando 

http://blogs.estadao.com.br/tutty/vitoria-terceirizada/

Nem nos bons tempos do Rubinho Barrichello se viu nada igual: nunca antes na história deste País um terceiro lugar foi tão comemorado pelos brasileiros. Marina Silva conseguiu a proeza de sair vencedora de uma competição que vai ainda ser decidida pelos seus principais adversários. E pensar que, há menos de 1 mês, o nadador César Cielo chorou de vergonha ao receber uma medalha de bronze nos 100 m livre.

A ideia de “perder ganhando”, mote da candidata do PV, se consagra, assim, como a grande novidade da corrida presidencial até aqui. O “efeito Marina” é contagiante: José Serra comemorou o segundo lugar mais intensamente que Dilma Rousseff. A candidata do governo “ganhou perdendo” o primeiro turno. Terceirizaram a vitória!

domingo, outubro 03, 2010

Aécio, o grande vencedor! 

Além de levar fácil a vaga para o senado, com 7,5 milhões de votos, elegeu o segundo senador, Itamar, e o governador, Anastasia - que deu uma surra no Hélio Costa, obtendo o dobro de votos. Costa, por sua vez, se consolida como freguês do Aécio!

Teremos segundo turno para presidente! 

Oposição (Serra+Marina) tem mais votos que Dilma-nic Lulla-dependente.

http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/apuracao/

sábado, outubro 02, 2010

Vencerão no primeiro turno? 

Segundo o data-folha, em MG,SP,RJ,RS,DF, PE e BA a eleição será decidida em primeiro turno.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/808423-alckmin-deve-ser-eleito-governador-de-sp-com-55-dos-votos-validos.shtml

criminosa contaminação 

Qual é o preço da liberdade?

01 de outubro de 2010

Sandra Cavalcanti - O Estado de S.Paulo

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101001/not_imp618164,0.php

Estamos vivendo dias constrangedores. Muita gente no Brasil não tem a menor noção do que seja exercer uma atividade pública. Tanto representantes do povo como esmagadora parte do próprio povo, todos demonstram que não sabem fazer a correta distinção entre o que é público e o que é privado.

O comportamento da maioria dos cidadãos e dos governantes revela esta realidade: os conceitos de bem público e de bem privado aparecem sempre muito misturados, de forma confusa e até ardilosa, sufocados pelos interesses particulares de pessoas, famílias, corporações, sindicatos, ONGs suspeitas e seitas pseudorreligiosas.

Os resultados dessa criminosa contaminação são aterradores. Populismo, demagogia, uso perverso dos meios de comunicação, acirramento dos ressentimentos entre categorias sociais. Total falta de transparência no gerenciamento dos tributos arrecadados, nepotismo, enriquecimentos inexplicáveis. E o pior: o apodrecimento dos valores morais. Por isso tem sido tão deprimente enfrentar o que vem sendo trazido à tona nestes últimos tempos.

Não adianta alegar que em épocas anteriores também havia pilhagem do bem comum. Sabemos disso. Mas havia reação. Havia quem se escandalizasse. Havia quem se envergonhasse... Hoje, não. A impunidade está sendo aceita. Virou regra geral. Parece que todo o talento de nossa gente se aplica à fantástica criatividade de novas modalidades de golpes.

Pior do que isso é ter de aturar, na mídia, as declarações e as explicações dos nossos caciques. Pedem respeito às suas pessoas incomuns. Exigem consideração por sua biografia. E o fazem alegando valores republicanos!

É muito cinismo!

É muita arrogância!

A palavra República nada tem que ver com esses comportamentos. República não é nada disso. A expressão res publica, que herdamos da língua latina, significa coisa pública. A República, portanto, cuida da coisa pública. Seu objetivo principal é o bem comum.

Ser republicano é dar primazia ao bem comum. Significa que cabe ao político cuidar do bem comum. Significa que a atividade política se desenvolve na área da justiça. E se vincula integralmente à ética. Sem ética não há política nem políticos. Sem justiça não há política nem políticos.

Diante do panorama que temos à nossa vista, vale a pergunta: de que cuidam os políticos em nosso país, nestes tempos negros? A resposta é aterradora: só pensam em chegar ao poder. Ficar no poder. Usufruir o poder. Gozar o poder. Aproveitar o poder. Tirar vantagens do poder.

Acontece que na verdadeira República o poder só existe para que alguém exerça a tarefa de governar. É isto o que os brasileiros devem exigir de quem chega ao poder: cuidem apenas de governar.

O significado republicano de governar exige zelo pelo bem comum, honesto gerenciamento dos recursos públicos, prestação de contas rigorosa de todos os atos e respeito às leis. As leis, na República, são votadas para ser cumpridas por todos, governantes e governados.

Não é isso o que estamos vendo, mas exatamente o contrário. Os encarregados de zelar pelo bem comum cuidam somente de interesses particulares, partidários, ideológicos, sindicais, corporativos e familiares. Desdenham dos objetivos do bem comum. Apropriam-se dele sem nenhum sinal de vergonha ou constrangimento.

E é nesta realidade deprimente que o Brasil, no domingo, vai escolher de novo seus governantes! Raras vezes vivi um clima pré-eleitoral tão esquisito. Tão absurdamente apalermante! Qual vai ser a reação de nosso povo diante de tudo o que vem acontecendo, como uma enxurrada em dias de tempestade? Onde está a indignação de nossa gente?

Encarapitado no planalto goiano, o governo vive fora da vigilância da população. Ali é quase milagre escapar da contaminação. O presidente, seus subordinados, os senadores, os deputados, os ministros, os membros do Judiciário e mais os aliciantes amigos dos Poderes, todos os que atuam nesse ambiente à parte do País respiram o dia inteiro as vantagens e os privilégios; os conluios e os conchavos marcaram a implantação da capital. Em Brasília, tudo o que é coisa pública está pronto para virar coisa privada! Ninguém conhece limites. Emprego para aliado, protegido, marido, filho, esposa, nora, sogra, avó... Supostas verbas indenizatórias. Luz, telefone, passagens, gastos com as bases, malícias nos artigos das medidas provisórias, espertíssimas emendas orçamentárias, concorrências de fachada, licitações com cartas marcadas, recibos e notas frias. Enfim, um labirinto burocrático infernal, onde o poder jamais cuida do bem comum.

Qual a solução? Existe alguma? Existe. Mas para isso é preciso que apareçam lideranças de verdade. Não há de ser com a UNE subordinada de hoje, nem com candidatos que se escondem sob as ordens de marqueteiros.

Qual o caminho? Tentar acabar com a passividade do eleitor brasileiro. Dando-lhe voz. Dando-lhe meios para exigir dos partidos a indicação de nomes sérios. Dando-lhe meios para cobrar fichas limpas. Sem isso, nada feito. Pelo sistema de hoje, nosso voto não passa de um simples voto de boas-festas, de parabéns, de pêsames ou de louvor. Os partidos atuais não vivem pela força de seus filiados atuantes. Sobrevivem por causa de alianças passivas com o poder. Essa mudança tem de ser feita. Quem fará? Nós! Cabe a nós lutar para garantir a liberdade de opinião e o direito de escolha. Nossa liberdade está prestes a ser agredida. Mas nós vamos reagir. A imprensa mudou o mundo, mas a internet ainda mudou mais. Essa revolução é a nossa força. A turma que está no poder quer impedir a nossa praça!

Na hora de votar, lembre-se disso. O preço da liberdade é a eterna vigilância. Vigiai e orai! Quantos somos? Onde estamos? Qual nosso alvo? Dia 3 de outubro vamos reproclamar a República?

PROFESSORA, JORNALISTA, FOI DEPUTADA FEDERAL CONSTITUINTE, FUNDOU E PRESIDIU O BNH NO GOVERNO CASTELO BRANCO

This page is powered by Blogger. Isn't yours?