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domingo, setembro 26, 2010

Brasil caminha para ditadura civil 

Hélio Bicudo: ‘País pode caminhar para ditadura civil’

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-09-01_2010-09-30.html#2010_09-26_06_59_51-10045644-26

Durante 25 anos, a biografia de Hélio Bicudo enfeitou os quadros do PT. Com o passar do tempo, o promotor franzino tornou-se um estorvo. Em 2005, ano do mensalão, achou que era hora de se desfiliar.

Na semana passada, Bicudo, 88, voltou ao meio-fio num em defesa da democracia e da liberdade de imprensa. Uma reação a Lula. Acha-o diferente do Lula de quem fora vice, nos anos 80, numa chapa que disputou o governo de São Paulo.

Em entrevista veiculada neste domingo (26) em ‘A Gazeta’, Bicudo declara: sob a liderança de Lula, “o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil”. Vão abaixo algumas de suas declarações:


- A democracia está sob ameaça? Acho que sim, porque o presidente da República ignora a Constituição, se acha acima do bem e do mal, e, com uma vitória que está delineada em favor da sua candidata, concentrará todos os poderes da República em suas mãos, além do apoio da maioria dos Estados e da população em geral. Com uma pessoa com esse potencial, e que não vê no ordenamento jurídico do país a maneira de estabilizar as discussões e debates, o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil, sem dúvida.
- Depois de 25 anos no PT, imaginou que isso pudesse acontecer? De início, não, mas no final, achava que aconteceria essa reviravolta. Foi marcante aquela carta aos brasileiros que Lula escreveu antes da sua primeira eleição, demarcando uma posição muito mais para o neoliberalismo do que para o socialismo.
- Vê diferenças entre o neoliberalismo de FHC e de Lula? Não há nenhuma diferença, porque quem comanda as decisões políticas hoje, como ontem, é o próprio capital.
- O PT indicava uma prática diferente? O PT fazia uma oposição bastante forte nos governos Sarney e Fernando Henrique. A partir do governo Lula, a unanimidade popular que ele foi conquistando afastou a oposição do seu caminho. E o que aconteceu? Sobre o mensalão e os outros atos de corrupção apontados, nada se fez. Quando Lula diz que é presidente da República até sexta-feira à noite, e depois fecha a gaveta e só volta na segunda-feira, pratica crime de responsabilidade. Afinal, como presidente ele jurou obedecer às leis do país. E a Constituição não permite que um presidente da República participe da campanha eleitoral como ele está participando. É crime que leva ao impeachment, mas nem os partidos políticos, nem a sociedade civil movem nenhuma pedra contra isso.
- O que esperar de Dilma? Quem continuará mandando no país vai ser Lula. Dilma diz que ela é o Lula. Então as coisas continuarão como estão, com a mesma corrupção, o mesmo manejo da coisa pública.
- Imaginava voltar às ruas em defesa da democracia? A gente fica frustrado, depois de uma longa luta em prol da democracia, ver o que estamos vendo. E acho que não temos democracia, até pela maneira pela qual se conduz a vida pública, onde um grupelho toma conta do governo, pondo nele seus parentes, seus amigos... Não é o governo do povo. Veja a própria constituição do Supremo Tribunal Federal, onde não se fez uma consulta maior para a escolha dos ministros. Ela foi pessoal, feita pelo próprio presidente. Leis passam na Câmara e no Senado, por atuação da presidência da República, que transformou o Legislativo em algo sem a menor expressão. [...] Quem manda no país, passa por cima das leis é ele, Lula. Vai eleger a presidenta que fará o que ele quiser.
- Como vê Lula? Um homem inteligente, que poderia usar essa inteligência para implementar e fortalecer a democracia no país, mas optou por incrementar o poder pessoal. [...] Ele sempre mandou no partido, afastou as lideranças que pudessem competir com ele. É o dono, sente-se acima do bem e do mal.
- Os escândalos e o ‘eu não sabia’: Ele sabia de tudo, deixou as coisas escaparem. A oposição não atuou e, hoje, chegamos onde estamos.
- Incompetência da oposição? Foi inexistência de oposição.
- A saída do PT, em 2005: Saí porque achei que o partido não estava trilhando a estrada que havia traçado no seu nascedouro. Ele deixou de representar o povo. Pode até ter o voto do povo, mas representa os interesses daqueles que o comandam.
- Lula e a imprensa: Olha, Lula vive dizendo que a imprensa o prejudica. Eu acho que é o contrário. [...] A imprensa tem ajudado Lula e seus candidatos. Você não pega um jornal, um programa de televisão, que não exiba um retrato dele. O povo não vê o que está escrito além dá manchete. Funciona como propaganda.
- Lula e a popularidade: Mis-en-scène... Pergunto: com tudo isso, o que o Brasil conseguiu, do ponto de vista internacional? Zero. A questão da popularidade não tem relação com a eficiência. Olha o caso do Irã. Tem maior vergonha do que isso? Nossa política externa é péssima. O Brasil não conseguiu colocar uma pessoa em cargo relevante no conceito internacional. Em matéria de Direitos Humanos, botaram lá em Genebra uma pessoa que jejuna nessa área. E onde estão os direitos humanos no Brasil, onde o presidente aceita que a Lei de Anistia contemple também torturadores? E a compra de 36 aviões de caça? Uma brincadeira, desperdício de dinheiro público...
- O ‘ato contra o golpismo midiático’, com CUT, UNE, movimentos sociais e políticos governistas: Lula sempre diz que há uma revolução midiática para retirá-lo do poder. Os pelegos dele é que fizeram o movimento em contrário ao nosso.
- O manifesto pró-liberdade de expressão: Ontem, mais de 20 mil pessoas já tinham assinado o nosso documento. A semente foi plantada, e agora depende da sociedade. Porque o problema é também de pós-eleição. Repetindo o que já foi dito: se você não vigia, não tem democracia. Deve-se vigiar permanentemente quem governa o país, para que não haja desvios. Seja quem for eleito, independentemente do partido político.
- Vê méritos neste governo? A questão é: o que o governo pretende com sua atuação? Para mim, só autoritarismo.
- O convívio com Lula: Sim, mas os tempos mudaram completamente. Ele acabou com as lideranças do partido, e lançou uma pessoa que nem era do partido, tradicionalmente, à presidente. Hoje o PT não tem diferença nenhuma dos outros partidos.
- A opção por Marina Silva: [...] Entre os candidatos que estão aí, é ela quem tem as melhores condições, do ponto de vista de sua vida, do trabalho que já fez e se propõe a fazer...

sexta-feira, setembro 24, 2010

STF decide não decidir 

24/09/2010 - 01h39
Impasse adia decisão sobre Lei da Ficha Limpa no Supremo

http://www1.folha.uol.com.br/poder/804000-impasse-adia-decisao-sobre-lei-da-ficha-limpa-no-supremo.shtml

Por conta de um impasse no julgamento sobre a Lei da Ficha Limpa, os ministros do Supremo Tribunal Federal suspenderam a sessão na madrugada de hoje sem tomar decisão sobre o caso.

Depois de dois dias e mais de 15 horas de sessão, terminou em 5 a 5 a análise de um recurso de Joaquim Roriz (PSC) contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral que vetou sua candidatura ao governo do Distrito Federal.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Molusco e o eleitor besta-mediano 


Molusco se cala no caso Lewis 

Surpreendentemente, o Molusco e seus asseclas, em particular os jenios das relacoes internacionais, nada fazem ou fizeram para defender a inocente T. Lewis. Onde esta o pessoal dos direitos humanos quando precisamos deles?

23/09/2010 - 08h25
Em caso polêmico, Virgínia executa primeira mulher em quase cem anos

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/803386-em-caso-polemico-virginia-executa-primeira-mulher-em-quase-cem-anos.shtml

O Estado americano de Virgínia executará nesta quinta-feira Teresa Lewis, 41, condenada por auxiliar na morte de seu marido e enteado. Lewis será a primeira mulher executada em quase cem anos, em um caso que atraiu apelos da União Europeia e uma comparação do Irã com a iraniana Sakineh Ashtiani.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Sucessão no totalitarismo hereditário da Coreia do Norte 

Estamos longe, mas não muito longe.

http://blogs.estadao.com.br/claudia-trevisan/sucessao-no-totalitarismo-hereditario-da-coreia-do-norte/

Trinta anos depois da consagração de Kim Jong-il como futuro sucessor de seu pai, Kim Il-sung, a Coreia do Norte deverá ver na próxima semana a terceira troca de comando de seu totalitarismo hereditário, com a provável escolha de Kim Il-un como futuro líder supremo do país.

Filho mais novo de Kim Jong-il, Kim Il-un tem menos de 30 anos e uma biografia virtualmente desconhecida fora da Coreia do Norte.

Uma eleição sem regras 

22 de setembro de 2010

Roberto da Matta

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100922/not_imp613283,0.php

Claude Lévi-Strauss me ensinou que é uma tolice tentar separar forma e conteúdo. A onça é dona do fogo domesticado e civilizador (por oposição ao fogo selvagem e descontrolado) e, por isso, diz o estruturalismo, é preciso saber por que na mitologia grega o fogo era dos deuses que são seres sobre-humanos; ao passo que, na mitologia das sociedades tribais da América do Sul, a posse de elementos essenciais à sociedade, como o fogo, pertence a animais. Saber por que é uma onça que dá o fogo a humanidade é a questão central. É ela que vai ajudar a compreender certos processos e enxergar além das rotinas.

Machado de Assis, décadas antes de Lévi-Strauss, faz algo semelhante no seu conto A Sereníssima República. Nele, uma comunidade de aranhas que quer ser republicana cria partidos e constrói sistemas eleitorais. De saída criam uma agremiação retilínea porque as teias que tecem seriam retas e a reta é o reto: o direito. Surge, porém, uma dissidência que funda o partido curvilíneo porque, para eles, as teias eram de fato curvas e recurvado é a parte boa da natureza. Da discussão, nasce um partido radical: o reto-curvilíneo que, como o nosso governo populista, messiânico, capitalista, personalista e de coalizão, diz que o ideal é chutar com os dois pés e, se possível, usar também a cabeça e a mão. No Brasil, sociedade escravocrata e familística, os partidos são todos trabalhistas e preocupados com os pobres, os famintos e os operários. Não temos partidos de empresários, banqueiros e comerciantes. Fundados os partidos, as aranhas realizam eleições, mas descobrem um fato perturbador: o número de eleitores não bate com os dos votos! Mas como eram aranhas e formalistas, atacaram o problema de modo radical: mudaram o feitio das urnas! E assim foram fazendo como nós, brasileiros pós-modernos e cosmopolitas, que pensamos resolver os nossos problemas mais prementes com leis e por meio do Estado.

Reclamamos que esta eleição não tem debates arrebatadores, capazes de transformá-la num jogo de final de Copa do Mundo, mas - como as aranhas do Cônego Vargas - esquecemos um dado crítico: o modo pelo qual o processo eleitoral tem sido encaminhado desde o seu início. E a marca mais visível de sua paisagem não é exatamente a ausência de grandes projetos, mas a presença de um majestoso projeto de continuidade de poder que, por estar tão presente na nossa mentalidade política, passa tão despercebido quanto as tentativas das aranhas quando tolamente equacionavam a forma das urnas com a honestidade eleitoral.

Ora, o que vivemos hoje no Brasil não é mais a discussão de um plano para liquidar a inflação, deter o comunismo ou o fascismo; ou dividir o latifúndio. Não! O que está hoje em cena é o fantasma de uma total ausência de limites, porque o Poder Executivo abriu mão do seu papel de gerente moral do sistema e virou um entusiasmado cabo eleitoral.

Se tirarmos essa inovação, só temos convergências, pois os problemas são claros e óbvios: é preciso uma reforma política e um sistema eleitoral que amarre os eleitores e os seus representantes de modo inequívoco; é necessário liquidar as suplências e o controle dos partidos sobre os candidatos; é urgente um programa educacional que ensine e viver mais igualitariamente e menos autoritariamente.

Mas, tal como ocorria com as aranhas, o que passa sem discussão é o projeto sem o qual nenhuma disputa pode ocorrer: o respeito pelas regras do jogo, os limites de cada ator junto aos seus papéis, o movimento da sociedade sobre si mesma, fazendo com que seus administradores sejam menos condescendentes e digam não a si mesmos, adotando um comportamento ético.

terça-feira, setembro 21, 2010

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA 

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,personalidades-lancam-manifesto-em-defesa-da-democracia,613242,0.htm

"Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.

"Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

"Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.

"É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.

"É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

"É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.

"É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

"É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há "depois do expediente" para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no "outro" um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.

"É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.

"É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

"É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.

"Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

"Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

"Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos."

Entre os que assinaram este manifesto estão o jurista Hélio Bicudo, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso, os cientistas políticos Leôncio Martins Rodrigues e José Arthur Gianotti, intelectuais como Ferreira Gullar e Marco Antonio Villa e os atores Carlos Vereza e Mauro Mendonça.

domingo, setembro 19, 2010

vem aí a turma do "é pouca farinha, meu pirão primeiro" 

Zecamunista fecha com Dilma!

19 de setembro de 2010
João Ubaldo Ribeiro - O Estado de S.Paulo

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100919/not_imp612004,0.php

Sou do tempo do furo de reportagem e, embora há muito tempo afastado das redações, ainda vibro com a oportunidade de dar uma notícia em primeira mão, o que agora faço através do título acima, ao qual não resisti adicionar um ponto de exclamação. É a pura verdade. De volta a Itaparica, depois de sua temporada de inverno, em consagradoras rodadas de pôquer com magnatas até de Santo Antônio de Jesus, Zecamunista apareceu inesperadamente no bar de Espanha, durante o happy hour das 10 da manhã, e anunciou a abertura do Comitê Eleitoral Tamos com Ela.

- Tamos com ela e pau na taramela! - surpreendi-o dizendo a um dos muitos que, como sempre, se reuniram para ouvi-lo.

- Pau na taramela! - repetiram diversos, alguns deles com visível entusiasmo.

- Que slogan é esse, Zeca, por que pau na taramela, o que quer dizer?

- Não quer dizer coisa nenhuma, é somente pela sonoridade e pelo tom combativo, já vi que você não entende nada de agitação e propaganda, não tem que querer dizer nada, tem é que apelar para os instintos da massa. Como esse eu já bolei vários, vou soltando conforme o freguês. Tamos com ela e pau na moela! Tamos com ela e pau na mortadela! Tamos com ela e pau na seriguela! Tamos com ela e ninguém mais vai ser banguela!

- Que é isso, Zeca, esse último não é apenas pela sonoridade. Até você vem com esse negócio de trocar voto por dentadura?

- Não fui eu que inventou isso, eu apenas identifico objetivamente as tendências eleitorais. Nessas minhas últimas viagens, eu sempre tirava um tempo para estudar o perfil do eleitorado e, diga você o que disser, o sonho da dentadura própria ainda é marcante em nosso eleitorado rural e da periferia urbana. Não se meta na minha campanha, eu sei o que estou fazendo. Por mim, o slogan bem que podia ser "tamos com ela e a mesma clientela" ou então "tamos com ela na Venezuela", mas não posso me prender a um individualismo pequeno-burguês, meu caso pessoal não tem importância, o importante é o processo histórico em andamento.

- E como é que vai indo o processo histórico?

- Vai indo, vai indo bem e acho que não há motivo para preocupação. Todo mundo está aderindo como sempre e me contaram que, em certos lugares, a procura por fichas de inscrição no PT é tanta que já pediram novas remessas de formulários e tem gente que, por via das dúvidas, se inscreveu em dois ou três municípios, o pessoal se garante. Acho que não precisamos temer a calamidade de dr. Serra se eleger.

- Calamidade? Também não é assim, Zeca, calamidade é muito forte, acho que nem na sua propaganda isso cola.

- Calamidade. Calamidade com todas as letras, cataclismo. Hecatombe. Primeira coisa: ele ia governar como?

- Bem, nunca pensei nisso muito detidamente.

- Inconsequência inadvertida do intelectual idealista ingênuo. Ele não ia governar nada, com o Senado controlado pelo PMDB e pelo PT e a Câmara de Deputados idem idem, ia ser um terror.

- Não sei, talvez ele pudesse costurar algumas alianças.

- Entregando a rapadura! Entregando a rapadura inteiramente, e ainda tendo que encarar a oposição petista condenando tudo, até a bolsa família, se duvidar.

- Acho que você não tem razão, também não é assim.

- É pior! Não tem uma área que não esteja dominada, das prefeituras aos sindicatos, deixe de ser besta, está tudo dominado. Ia ser um terror mesmo e, dentro de um ano, ninguém ia aguentar a gritaria e a esculhambação e o Homem voltaria nos braços do povo.

- E, com d. Dilma eleita, ele não vai voltar, não?

- Nunca! Isso ele acha. Todos acham. Mas você já parou para pensar no que vai acontecer logo depois da eleição dela? Vai sair até vento, na hora em que o pessoal da farinha-pouca-meu-pirão-primeiro der a largada, sai de baixo, vai ser um vale-tudo. Sinta as foices zunindo, sinta os rabos de arraia!

- Pode até ser, mas não vejo como isso altera alguma coisa.

- E você acha que o pessoal do presidente não vai querer continuar mandando, não? Claro que vai querer. E a briga vai começar pelos assessores e puxa-sacos, pelos mais chegados a cada um.

- Mas o presidente vai mesmo continuar mandando, acho que ele até tem deixado isso bem claro para todo mundo.

- Pois é, ele também pensa que sim. E até ela mesma pode pensar que sim, pelo menos um pouco. Mas nem ele nem ela sabem de uma coisa básica. Nem ele sabe o que é ser ex-presidente, nem ela sabe o que é ser presidente. Eles podem achar que sabem. Se perguntarem, vão dizer que sabem. Mas não sabem. Ele não sabe o que é amanhecer com todos os reflexos de presidente ativos, mas sem ser presidente. E não sabe o que é isso um dia depois do outro, não ser mais o cara, não estar todo dia no jornal e na TV, não ser ouvido nem cheirado a maior parte do tempo e viver sem plateia, logo ele. E ela não sabe o que é acordar presidente um dia depois do outro, não sabe o que é ver o mundo assim. No fim, eles não vão mais nem se cumprimentar.

- E aí você acha que o Serra vai poder ser presidente?

- Não, aí quem se candidata sou eu mesmo. É no sacrifício, mas estamos precisando de um governo de esquerda.

terça-feira, setembro 14, 2010

mídia injusta! 

http://blogs.estadao.com.br/tutty/em-familia-2/

Dilma Rousseff tem lá uma certa razão para estar chateada com a imprensa.

Teve um netinho lindo de morrer e, no entanto, só se fala no filho da Erenice Guerra.

sábado, setembro 11, 2010

Onde está Bin Laden? 

Editorial tipo "onde está Wolly" politsBURGER

Hoje é 11 de setembro de 2010. Lá se vão 9 anos desde os supostos atentados terroristas supostamente liderados por Osama Bin Laden. Bilhões de dólares foram gastos, elevando o déficit público e comercial americano das cucuias para as super-cucuias.

Dois países foram destruídos: Iraque e Afeganistão. Na verdade, duas civilizações. Povos com uma formidável cultura milenar, totalmente desrespeitada por Tio Sam e seus asseclas. Depenaram aqueles países. No caso do Iraque, as relíquas da babilônia e as reservas de petróleo, além dos últimos centavos das famílias iraquianas com o comércio mercenário de segurança privada. No caso do Afeganistão, mapearam e lotearam as trilionárias reservas de minerais, como de ferro e nióbil.

Com relação a George Bush e seus asseclas, estes, depois e bilionários com o comércio de relíquias e a manipulação dos preços do petróleo - lembram que saiu de US$10 o barril e foi para US$150? Se não lembra, pega a série histórica diária de 1990 a 2010 e faça o gráfico - se tornaram consultores, inclusive no Brasil.

Isto posto e isto feito, mango salad, ceteris paribus, uma coisa é certa: os supostos atentados terroristas de 11-09-2001 foram uma brilhante jogada de marketing político-eleitoral para legitimar o então falido governo de Jorge Arbusto.

Aqui no Brasil, estamos apenas engatinhando "a nível de" terrorismo político eleitoral. Al-quaeda invés de avião contra prédios, inceminação artificial para o netinho da candidada do governo nascer em momento eleitoral oportuno - além de tranformar a receita de bolo e a polícia federal em centrais de espionagem partidária.

No mais, marola!

igualdade de gênero, número e grau! 

Afinal, as mulheres têm os mesmos direitos dos homens, inclusive na corrupção. No mais, marola!

Erenice Guerra é suspeita de cobrar propina em contrato do governo federal

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,sucessora-de-dilma-na-casa-civil-montou-esquema-de-lobby-no-governo-diz-revista-veja,608435,0.htm

confusão na família petista 

Essa é do Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/com-um-mercadista-e-um-mercadante-no-palanque-lula-confessa-o-proposito-de-matar-o-senado/

"Sendo Dilma a “mãe do Brasil” e avó de Gabriel, isso faz do garoto “filho do Brasil”, irmão, então de Lula, o outro filho, o que torna o presidente neto de Dilma; ocorre que Lula também é nosso “pai”, o que o faz cônjuge da sua avó, que é a nossa mãe… "

Entendeu?

quinta-feira, setembro 09, 2010

RPSF - republica popular do socialismo fiscal 

Grande Nani!


terça-feira, setembro 07, 2010

Brasil pós-lulla 

"Depois do Cara, vem a Coroa!"

segunda-feira, setembro 06, 2010

a quarta frota vai dar a palavra final 

Alguem duvida? Hein, hein?

06/09/2010 - 08h28
Brasil amplia a fronteira marítima da área do pré-sal

DE SÃO PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/794546-brasil-amplia-a-fronteira-maritima-da-area-do-pre-sal.shtml

O Brasil decidiu não esperar o aval da ONU (Organização das Nações Unidas) para expandir, além das 200 milhas náuticas, as fronteiras de sua soberania sobre recursos minerais como petróleo e gás no fundo do mar.

A partir de uma resolução interministerial publicada na última sexta-feira, qualquer nação ou empresa que queira prospectar recursos minerais na Plataforma Continental Brasileira terá de pedir autorização ao governo.

A Folha apurou que a decisão foi tomada após consulta da Petrobras, que poderá ter até 50% do capital nas mãos da União assim que for concluído o processo de capitalização em curso.

Hoje, a União detém 39,8% da empresa.

A mudança incorpora 960 mil quilômetros quadrados, quase quatro vezes o Estado de São Paulo, à zona de soberania nacional, hoje de cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados.

É uma área cobiçada em razão da possível existência de novas reservas de petróleo na área do pré-sal.

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