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terça-feira, setembro 30, 2008

Proer blindou o sistema bancário brasileiro 

Vida longa para Malan e FHC !

Terça-Feira, 30 de Setembro de 2008 Versão Impressa

Proer blindou o sistema bancário brasileiro

Marco Maciel, senador, é membro da Academia Brasileira de Letras

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080930/not_imp250563,0.php

A atual crise mundial dos mercados financeiros e de capitais, cujos enfrentamentos estão sendo adotados pelo governo dos Estados Unidos, confirma o quanto estava certo o presidente Fernando Henrique Cardoso ao criar o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), implementado no Brasil de 1995 a 2000.

O contexto econômico que o Brasil vivia naquele momento explica os fatores que levaram à crise das instituições financeiras e a necessidade de um plano daquela natureza. O Plano Real, que havia sido implantado em 1994, abalou um bom número de bancos que tinham na inflação elevada a base estrutural do seu padrão de rentabilidade.

As ferramentas de que o Banco Central dispunha tradicionalmente não seriam suficientes nem adequadas para lidar com a quebra generalizada que se antevia. Havia o risco real de comprometimento de todo o sistema de pagamentos de nossa economia. Fazia-se necessária uma iniciativa radical de reestruturação de todo o sistema financeiro e essa iniciativa foi o Proer.

A última operação de financiamento do Proer foi concluída em meados de 1997. A implementação do programa custou, no total, R$ 20,4 bilhões, valores da época, cerca de 2,7% do produto interno bruto (PIB) médio do triênio 1995-1997. Os valores atualizados são, evidentemente, maiores, mas a indicação do porcentual do PIB dá uma boa noção de que o programa teve custos relativamente baixos.

Ademais, o Banco Central vem resgatando consistentemente parte dos valores que investiu no Proer. Vários dos chamados "títulos podres" em poder dos bancos adquirentes, que foram desviados para o Proer, revelaram-se, com o passar do tempo, ativos de qualidade. Não se tratou, portanto, de "doação" a instituições quebradas. Foi, antes, um empréstimo, que vem sendo resgatado com regularidade, conforme demonstram os balanços patrimoniais do Banco Central.

As diferenças entre o Proer e o plano que se cogita de executar para o sistema financeiro norte-americano não ficam apenas na questão dos custos. Esse é um dos quesitos, mas não o único. O Proer foi uma resposta rápida, bem estruturada, barata, eficiente e bem-sucedida a uma situação que resultou de um contexto econômico bastante pontual, qual seja a estabilização econômica e o fim da hiperinflação proporcionados pelo Plano Real.

Instituições bancárias que não gozavam da imprescindível higidez soçobraram e os bens dos depositantes foram preservados em sua integridade. Os valores investidos pelo programa estão sendo paulatinamente reincorporados pelo Banco Central. Os efeitos benéficos da atuação enérgica - e eu diria também cirúrgica - do Banco Central, naquele momento, verificam-se até hoje com a estabilidade econômica e a solidez de nosso sistema bancário.

O economista Mailson da Nóbrega, com sua experiência de ministro da Fazenda e no mercado de capitais, resumiu muito bem a questão ao dizer: "O que salvou o Real foi o Proer. Se o governo não tivesse tomado essa iniciativa, corria o risco de enfrentar uma crise gigantesca do sistema financeiro."

Importa destacar não haver sido usado dinheiro do Orçamento federal, prova da seriedade com que se administrou a crise, sem transigir naquilo que era essencial à estabilidade fiscal do País. Os recursos vieram da própria reserva bancária, formada pelos depósitos compulsórios que os próprios bancos são obrigados a retirar de todos os depósitos efetuados à vista e entregues, como garantia, ao Banco Central.

Isso fez parte do amplo programa, incluindo a federalização para posterior privatização de bancos estaduais. Tivemos, portanto, um período que ensejou a venda de bancos estaduais, muitos dos quais debilitados e enfraquecidos por políticas equivocadas. Devo salientar que se fez o refinanciamento das dívidas dos Estados e a emissão de títulos da dívida pública com cláusula de reajuste cambial.

Assim se estabeleceram, no octoênio do presidente Fernando Henrique Cardoso, que teve o economista Pedro Malan como ministro da Fazenda, as bases do desenvolvimento. Nunca é demais insistir que o País continuou a crescer após o término da administração Fernando Henrique Cardoso. Isso se deveu, basicamente, aos bons fundamentos da economia.

Como definiu o historiador Carlo Levi, "o futuro tem um coração antigo". Assim - volto a fazer um exercício de lembrar o passado -, já naquele tempo, o Banco Central passou a reformular com eficiência a fiscalização do sistema bancário para melhor acompanhamento da situação patrimonial dos bancos.

Foi o Proer que devolveu, mais bem concretizadas, as atribuições legais do Conselho Monetário Nacional: estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras; e disciplinamento dos instrumentos de política monetária e cambial.

A crise de 1995 era a primeira após essas providências. O Brasil enfrentou-a e a venceu. O resultado hoje se apresenta muito positivamente, demonstrando o acerto de havermos criado e implantado o Proer. Agora, em face da atual crise, espero que não ocorram maiores impactos que venham a reduzir acentuadamente a continuidade de nosso desenvolvimento. Acredito que isso muito dependerá da capacidade de reagirmos adequadamente a desdobramentos que, indesejadamente, venham a ocorrer nos Estados Unidos, na Europa, na Ásia e em nosso país.

segunda-feira, setembro 29, 2008

de Congresso para Wall Street: brocotó ! 

Felizmente, essa idéia insana e ridícula de premiar os delinquantes de Wall Street com dinheiro do contribuinte foi descartada, pelo menos em um primeiro momento. Como diria o personagem de Chico Anysio: brocotó !

De fato, no mercado vale a máxima do pagode grudento: deixa acontecer na-tu-raaaal-mente ...


segunda-feira, 29 de setembro de 2008, 14:43 Online

Na primeira votação, Câmara dos EUA veta pacote de ajuda
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco250230,0.htm

Na primeira votação, a Câmara americana vetou o pacote de medidas de ajuda ao sistema financeiro. Em pauta, estava a liberação de US$ 700 bilhões para a compra de títulos podres - com lastro em hipotecas inadimplentes -, a redução dos salários de executivos das instituições financeiras e a renegociação de contratos de hipotecas para ajudar proprietários com problemas para pagar dívidas.

Molusco rumo aos 150 % de aprovação 

Neste ritmo de dupla, e até tripla, contagem de opiniões, o Molusco vai chegar a 150% de aprovação. Não há dúvidas de que os resultados são falsos e manipulados, que somente militantes petistas são entrevistados, e que tudo não passa de uma farça midiática, ilusória e neoliberal, criada para desviar a atenção da população dos reais problemas, incluindo a corrupção e as mazelas sociais de toda ordem. Inhenfu !

segunda-feira, 29 de setembro de 2008, 14:06 Online

Aprovação do governo Lula sobe de 72% para 80%,diz CNI/Ibope

Índice de aprovação é o mais alto já obtido pelo presidente Lula; desaprovação do governo caiu de 24% para 17%

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac250214,0.htm

A aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva subiu de 72% em junho de 2008 para 80% em setembro, divulgou nesta segunda-feira, 29, a pesquisa CNI/Ibope. Por outro lado, a desaprovação caiu de 24% para 17% no mesmo período. O documento informou que o índice de aprovação é o mais alto já obtido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (...)

domingo, setembro 28, 2008

belos engenheiros ! 

Não sabem resolver um elementar problema de oferta e demanda. Tisk,tisk.

26/09/2008 - 16h55
Carga de energia cresce abaixo do PIB no primeiro semestre, aponta ONS

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u449319.shtml

Diferentemente de anos anteriores, o crescimento da carga de energia gerada no sistema elétrico nacional ficou bem abaixo da expansão da economia brasileira no primeiro semestre. De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a carga gerada no sistema aumentou 2,7% na comparação com o período de janeiro a junho de 2007. No mesmo tempo, o PIB (Produto Interno Bruto) teve incremento de 6,1%.

A carga de energia é uma prévia do consumo de energia. O ONS mede o valor total que passa no sistema, mas não contabiliza as eventuais perdas de energia.(...)

Molusco decreta: "era da economia" acabou no Brasil 

Definitivamente, o invertebrado delira nos palanques.

28/09/2008 - 16h12
Lula defende controle da inflação e diz que "era da economia" acabou no Brasil

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u449805.shtml

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu neste domingo o controle da inflação e disse que a "era da economia" acabou e que agora quem "manda" no país é a engenharia. A comparação foi feita em virtude da construção de refinarias de petróleo e do crescimento da indústria naval com a descoberta da camada pré-sal.

"Graças a Deus acabou a era dos economistas mandarem na economia e agora está entrando a era da engenharia voltar a ter um papel importante nesse país. Porque durante 20 anos nós ficávamos discutindo apenas a nossa dívida [...] Agora, podemos anunciar construção de refinarias, siderúrgicas e fábricas de cimento. Estamos fazendo isso porque quando a economia cresce, ela tem que ter estrutura", afirmou Lula, durante comício na manhã de hoje, em São Bernardo (ABC paulista). (...)

quarta-feira, setembro 24, 2008

Brasília bombardeia Quito 

Hora de jogar as marmitas nos equatorianos !

Equador ameaça não pagar BNDES após expulsar Odebrecht

Presidente afirma que empréstimo foi dado à empresa para obras, mas aparece como dívida equatoriana

http://www.estadao.com.br/internacional/not_int247323,0.htm

O presidente do Equador disse nesta quarta-feira, 24, que está avaliando se deve ou não pagar o empréstimo de cerca de US$ 200 milhões, concedido pelo banco estatal brasileiro BNDES (...)

subprime em detalhes 

Essa explicação didática e impagável pelo bom humor está circulando na internet. Duas coisas ficam claras: primeiro, como tem bêbado nesse mundo; segundo, como uma tragédia anunciada foi descaradamente negligenciada.

VEJA COMO É FÁCIL ENTENDER A CRISE MUNDIAL DESSE ANO
Tradução da crise do subprime
By Clara Marinho Pereira

É assim ó:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu.

terça-feira, setembro 23, 2008

sobre a chegada dos Russos 

Editorial politsBURGER

Certamente motivados por descobrirem que o exército brasileiro já tem as marmitas para um eventual confronto militar, e que o batalhão paparazzi está sempre a postos , com o apoio dos membros da República das Comadres Fofoqueiras e Sindicalistas (ver posts abaixo), Russos e Venezuelanos se jogam nos sete mares para fazer exercícios militares. Jorge Arbusto e seus asseclas delinquentes, genocidas e especuladores estão tendo a resposta às provocações que fizeram no Cáucaso, através do presidende da Georgia, um legítimo pau-mandado de Washington. Inhenfu !

Mas não se pode desconsiderar a estrita relação entre paranóia militar em relações internacionais e eleições nos EUA. Os gringos da gringolândia, com sua infinita capacidade de meter o bedelho em tudo que é e que não é da conta deles, resolveram matar três coelhos com uma paulada só com o episódio da Geórgia: irritaram os Russos; tiraram os holofotes das olimpíadas, na qual os EUA estavam e terminaram em segundo lugar - chegaram a divulgar o ranking pelo total de medalhas, e não pelas medalhas de ouro ! -; e deram uma mãozinha para o McCain, que melhora seu desempenho quando há sinais de instabilidade. Adotaram a mesma estratégia de criar instabilidade externa infernizando a vida já infernal de Evo Morales.

E agora transformaram Wall Street numa verdadeira "esquina dos aflitos" no episódio da crise financeira milimétricamente planejada para estourar às vésperas das eleições nos EUA, com o intuito claro de criar um clima apocalipitico para favorecer o McCain - diga-se de passagem, um baixinho ridículo e analfabeto digital.

As pesquisas de opinião indicam que vem dando certo, mesmo com o astronômico valor a ser debitado do contribuinte americano, que foi escolhido para arcar com o ônus da delinquencia financeira.

Um detalhe muito significativo que passou despercebido - exceto pelo Krugman, em seu artigo no NYTimes, Cash for Trash - foi o monumental poder que o Secretário de Tesouro americano vai ter, caso a boia de impostos seja jogada para os afogados de Wall Street. De fato, o maluco vai poder arbitar quem vai receber ajuda e quanto vai pagar pelos micos.

Felizmente, temos Putin para ajudar a humanidade a minimizar os efeitos deste delírio de poder de Jorge Arbusto e seus asseclas.

os russos estão chegando ! 

segunda-feira, 22 de setembro de 2008, 09:35 Online

Frota russa parte para manobras com a Venezuela

Moscou manda navios para o "quintal" dos EUA na maior mostra do poder militar na região desde a Guerra Fria

http://www.estadao.com.br/internacional/not_int246012,0.htm

MOSCOU - Navios russos zarparam nesta segunda-feira, 22, para manobras no Caribe, programadas para sinalizar aos Estados Unidos o ressurgimento da Rússia como potência militar e política global. O exercício, resultado de uma sólida aliança com o presidente antiamericano da Venezuela, Hugo Chávez, será atentamente acompanhado pelas Marinhas ocidentais, por ser a primeira mobilização russa desse tipo - tão próxima da costa dos EUA - desde o fim da Guerra Fria.

O cruzador nuclear "Pedro, o Grande" encabeça a frota russa que deixou o país. O envio é a maior mostra do poderia militar russo na região do continente americano desde o fim da Guerra Fria. O Kremlin intensificou recentemente seus contatos com Venezuela, Cuba e outros países latino-americanos, ao mesmo tempo em que aumentam as tensões entre o país e os Estados Unidos. Washington criticou em vários momentos o comportamento russo durante a guerra com a Geórgia, no mês passado.

O porta-voz da armada russa, Igor Dygalo, disse que o cruzador e outros três navios partiram nesta segunda-feira de Severomorsk, base da Frota do Mar do Norte da Rússia. A frota percorrerá 27.800 quilômetros para efetuar manobras conjuntas com a armada venezuelana, indicou Dygalo. A viagem ocorre depois que dois bombardeiros estratégicos da Rússia visitaram a Venezuela. A movimentação parece uma resposta ao envio de barcos de guerra norte-americanos com ajuda à Geórgia, o que irritou o governo russo. Autoridades de Moscou criticaram com dureza a atitude norte-americana no caso.

Dygalo não comentou relatos da imprensa de que submarinos nucleares também participariam do exercício e que outros navios russos iriam à Síria, onde Moscou já manifestou intenção de instalar bases. "Durante a viagem os navios vão participar dos primeiros exercícios conjuntos com a Marinha venezuelana, a fim de treinar simulações e operações de resgate contra terroristas do mar", disse Dygalo. A missão deve levar vários meses. (...)

segunda-feira, setembro 22, 2008

já temos a marmita ! 

Estamos prontos para a guerra! Já temos a marmita e o Batalhão paparazzi está de prontidão!

Não há dúvidas que, perante a sucessão infinita de ridículos do molusco, tá todo mundo se polits-burgando !


Segunda-Feira, 22 de Setembro de 2008, Versão Impressa

E o Plano de Defesa, ministro?

Alexandre Barros
Ph.D. em Ciência Política (University of Chicago), é pró-reitor do Centro Universitário Unieuro (Brasília)

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080922/not_imp245874,0.php

Depois do acidente da TAM em Congonhas, o ministro Nelson Jobim anunciou o novo Plano de Defesa do Brasil para setembro de 2008. Por que setembro? Por que não julho ou outubro? Suspeito, seriamente, que seria para coincidir com o 7 de Setembro, que já passou e, até agora, nada de plano.

O anúncio foi feito na cerimônia de apresentação dos novos generais ao presidente, ainda em 2007. Comparados comigo, eles são todos muito jovens. Em relação à velocidade de mudança do mundo, receio que estejam muito velhos.

Afinal, por que a idade é tão importante? É simples: Forças Armadas são burocracias que operam fora do mercado. Nelas existe apenas uma maneira de subir: fazer só o que os chefes mandam. E, como todas as burocracias não sujeitas às punições do mercado, elas não são capazes de aprender com seus próprios erros.

Só progridem nas burocracias os muito obedientes e os pouco criativos. Qualquer burocracia pública é assim. Inovação e atrevimento são punidos. O conformismo é premiado.

Oficiais jovens norte-americanos combatentes no Iraque estão começando a se insurgir contra essas características burocráticas das Forças Armadas dos EUA, que nisso são iguais a todas as outras. Os generais não vão ao campo de batalha nem costumam ter agilidade mental para acompanhar as mudanças do mundo, da tecnologia e, conseqüentemente, da estratégia. O resultado é que uma das coisas mais caras aos militares, a doutrina (que, trocando em miúdos, quer dizer: como se empregam as Forças Armadas em batalhas), acaba ficando desatualizada. Isso é muito grave num mundo que se move cada vez mais rapidamente.

No caso brasileiro é mais sério ainda, porque nossas Forças Armadas não se envolvem em guerras há muito tempo. Disse-me um oficial: "As Forças Armadas brasileiras medem a capacidade dos oficiais pelas notas que tiram nas escolas militares. Seus méritos são testados em batalhas simuladas entre azuis e vermelhos, e não em combates reais, com munição de verdade."

Em exércitos guerreiros, mesmo com a inércia burocrática, ainda há espaço para a inovação nas guerras. Heróis são os indisciplinados que dão certo. Militarmente, isso é simples: o indisciplinado que fez alguma coisa diferente das ordens que recebeu, e morreu, deu errado. O que sobreviveu e ajudou a ganhar a batalha virou herói e contribuiu para a mudança da doutrina.

Sem guerra e com promoções dos mais conformistas, nossa rota para a inovação militar está cheia de obstáculos.

Militares não são pagos para olhar o que militares de outros países fazem. Eles são pagos para adivinhar o que potenciais inimigos externos ou elementos desestabilizadores podem ou vão fazer. Daí a importância dos serviços de espionagem.

Os orçamentos militares, no Brasil, sempre foram definidos pelos militares, sem ouvirem ninguém. Eles definem quem acham que são os inimigos (ou acreditam em histórias que lhes contam), determinam do que precisam para combater quem eles acham que são os inimigos e o Congresso vota sem ter idéia do que está aprovando.

Numa democracia com controle civil, como se presume que seja a nossa, espera-se que os militares digam à sociedade ou aos representantes por ela eleitos, primeiro, contra o que e contra quem eles pretendem nos defender; segundo, como pretendem fazer isso; terceiro, com que meios e recursos eles precisam contar; quarto, quanto isso vai custar. E, finalmente: será que não dá para fazer isso por um preço mais barato?

Nenhuma dessas condições tem sido atendida pelos militares brasileiros.

Agora vamos ao que comprar. Como não temos tecnologia militar de ponta - se deveríamos ter ou não é outra questão -, estamos limitados a comprar o que está disponível no mercado.

Essas coisas se dividem em três categorias: material não-letal, letal de baixa tecnologia e letal de alta tecnologia.

No primeiro quesito estamos bem: fardas, botinas, marmitas, cozinhas de campanha, caminhões e coisas que tais. Destas a indústria local dá conta. Quanto ao material letal de baixa tecnologia, ainda damos conta de boa parte. Afinal, a indústria nacional de armas, bem como as de metalurgia, podem, em curto espaço de tempo, adaptar-se para suprir boa parte das necessidades.

A porca torce o rabo é nos materiais letais de alta tecnologia. Estes os países fornecedores cedem ou vendem sem transferir tecnologia (e as Forças Armadas brasileiras só gostam de adquirir material com transferência de tecnologia, o que limita significativamente o número de supridores). Temos de aceitar o que nos for oferecido, na quantidade e nos prazos que os vendedores fixarem. Negociações nessa área são longas e complicadas.

Desde o ano passado as coisas se complicam na Bolívia. O país está dividido e o grau de violência aumenta.

A Rússia manda bombardeiros para manobras conjuntas com as forças militares da Venezuela.

Os anúncios da Petrobrás informam que as reservas presumidas de petróleo brasileiro no Atlântico são bem maiores do que se pensava.

Os EUA reativaram a IV Frota, responsável pelo patrulhamento e segurança no Atlântico Sul.

E o Plano de Defesa, anunciado pelo ministro Jobim para setembro, que fim levou?

Numa de suas primeiras declarações o ministro Jobim disse muito energicamente, sobre a crise aérea, que não importava a cor do gato, desde que ele matasse o rato.

A ausência de um Plano de Defesa claro, para uma politéia que tem crises pipocando em volta, parece levar a crer que o ministro se atrapalhou na sua declaração e disse o contrário do que talvez quisesse dizer: que ele achava que, na realidade, a cor do gato é muito mais importante do que a morte do rato.

sexta-feira, setembro 19, 2008

um eletron-volt para cada hipoteca 

É isso mesmo ! Os cientistas que trabalham no mais potente acelerador de partículas do mundo, o Grande Colisor de Hádrons (parece nome de coisas romanas), vão fazer um experimento para acelerar prótons a sete trilhões de elétron-volts e então fazer com que se choquem, em busca de novas forças e partículas - isso se um transformador de 30 toneladas que servia para resfriar o hélio que, em contrapartida, resfriava os magnetos supercondutores que guiam os prótons, funcionar.

E o que vão achar? Uma hipoteca podre de Wall Street para cada eletro-volt !

E o Molusco ainda dizendo que nossas reservas cambiais são sagradas, quando o buraco negro do sistema financeiro internacional está mais aberto do que nunca !

Quá,quá,quá !


Colisor de partículas ainda não está pronto para colidir

Máquina foi projetada para acelerar prótons a sete trilhões de elétron-volts e então fazer com que se choquem

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid244854,0.htm

Lula repete que crise é de Bush e reservas são 'sagradas'

Presidente citou reservas brasileiras, de US$ 207 bilhões, como defesa do País contra a crise norte-americana

http://www.estadao.com.br/economia/not_eco244807,0.htm



quinta-feira, setembro 18, 2008

quero um desse ! 

Como diria o baby da família dinossauros: de novo !

quinta-feira, 18 de setembro de 2008, 15:25 Online

Rússia testa míssil capaz de ultrapassar escudo americano

Com alcance de 8 mil quilômetros, Bulava é testado com sucesso; arma pode levar seis ogivas e burlar radares

http://www.estadao.com.br/internacional/not_int244142,0.htm

Um submarino russo realizou com sucesso nesta quinta-feira, 18, um teste de míssil balístico intercontinental de múltiplas ogivas, capaz de ultrapassar o escudo antimísseis americano, informou um funcionário do Ministério da Defesa, citado pelas agências russas Interfax e RIA Novosti. O Bulava, com alcance de 8 mil quilômetros, foi lançado pelo submarino nuclear Dmitri Donskói no Mar Branco e em vinte minutos alcançou seu destino, no polígono militar de Kura, na península russa de Kamchatka.

O ministro da Defesa elogiou o sucesso do lançamento do míssil. Os últimos testes haviam fracassado, colocando em dúvida a habilidade russa em construir a arma, considerada pelos oficiais componente chave para o arsenal nuclear de Moscou.

Segundo relatórios russos, o Bulava foi projetado para carregar até seis ogivas nucleares individuais. Fabricado pelo Instituto de Tecnologia Térmica de Moscou (ITTM), ele deve equipar os novos submarinos da série Borei.

Mísseis como o Bulava, de 30 toneladas, são considerados quase impossíveis de serem abatidos pelos sistemas de defesa aérea existentes devido sua alta velocidade e capacidade de modificar a trajetória para burlar radares.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, anunciou nesta semana o aumento de 27% dos gastos em segurança e defesa para 2009, que passará a 70 bilhões de euros. O presidente Dmitri Medvedev assegurou na semana passada que o rearmamento passou a ser uma das "prioridades" do país depois da agressão da Geórgia contra a região separatista de Ossétia do Sul.

Moscou anunciou em 2007 um programa de rearmamento que incluía mísseis balísticos, submarinos e aviões, em uma tentativa de manter a paridade com os Estados Unidos, cujas relações recentemente se deterioraram devido à incursão russa na Geórgia, duramente criticada por Washington.

quarta-feira, setembro 17, 2008

grampolândia militar tem batalhão paparazzi ! 

Olha que legal! As forças armadas têm um batalhão paparazzi! Em caso de invasão, escute a conversa alheia!

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac243595,0.htm

(...) Jobim negou que as Forças Armadas possuam equipamentos para fazer interceptações telefônicas, mas apenas de varredura. Quando precisam fazer escutas em inquéritos policiais militares, explicou, a Justiça Militar autoriza o repasse do sinal telefônico às Forças Armadas pelas operadoras telefônicas.

Segundo o ministro da Defesa, de janeiro de 2007 a abril deste ano, a Marinha requereu à Justiça Militar sete interceptações telefônicas. Já de abril a 15 de setembro deste ano, dois inquéritos policiais militares da Marinha grampearam 11 telefones fixos e oito celulares. O Exército monitorou 42 telefones, e a Aeronáutica um. (...)

domingo, setembro 14, 2008

é treis sigilo por um Real ! 

Quem comprar sigilo de todos os moradores de um condomínio ou quarteirão ganha uma jujuba !

Sigilo telefônico é vendido a menos de R$ 1.000 no país

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u444717.shtml

Pessoas que se dizem detetives particulares ou funcionários de teles cobram menos de R$ 1.000 para fornecer o extrato de ligações e torpedos de assinantes.

Com ajuda da reportagem, os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Aloizio Mercadante (PT-SP) e o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) compraram seus próprios dados. Dias recebeu o histórico de julho das chamadas de e para seu celular.

Fruet recebeu parte da lista de ligações feitas. No caso do petista, foi enviada amostra das chamadas, que não conferiu com a conta original. Os senadores deram R$ 350 de sinal --Dias ainda pagou outra parcela. Fruet fez um só depósito de R$ 600.

A Folha contatou cinco vendedores de dados telefônicos. Um cobrou R$ 700 pelo extrato de um mês, mais R$ 100 pelos torpedos. Outro pediu R$ 600 só pelas chamadas feitas. (...)

quinta-feira, setembro 04, 2008

kit araponga 

Parece coisa da ACME ou das Organizações Tabajara !

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080904/not_imp235982,0.php

(...) Na lista apresentada por Jobim constavam os seguintes equipamentos: OSC-5000 Omni Spectral Correlator; Orion Non Linear Junction Evaluator; X600 Through Wall Listening System, e Stealth LPX Global Intelligence Surveillance System CDMA & GSM Passive/Active Interceptors Internet & Email Interceptors. (...)

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