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segunda-feira, outubro 30, 2006

LUTO OFICIAL 

O politsBURGER decreta luto oficial de 3 dias pela reeleicao do molusco.

domingo, outubro 15, 2006

Lula nunca teve grandeza para isso 

A herança bendita que Lula esconde
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Editorial, Domingo, 15/10/2006

Quem quiser avaliar os feitos econômicos do atual governo e compará-los com o de seu antecessor - um exercício que parece deliciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - deve olhar, antes de mais nada, para as condições mundiais e regionais. Se a economia brasileira crescer 3,5% neste ano, terá acumulado em quatro anos uma expansão de 11,6%. Terá crescido em média, portanto, modestíssimos 2,8% ao ano. No mesmo período, a produção mundial terá aumentado robustos 4,8% ao ano, enquanto a América Latina terá avançado ao ritmo anual médio de 4,2% - um desempenho raramente observado na região. Foi desperdiçada uma fase de oportunidades excepcionais. Nos oito anos anteriores, a economia brasileira cresceu em média 2,3% ao ano - mas a expansão mundial, afetada por violentas crises financeiras, não passou da média anual de 3,6%. O crescimento latino-americano ficou em 1,5% ao ano. Antes de ser atingida pela crise cambial de janeiro de 1999, a economia brasileira atravessou as crises do México, em 1995, do Leste da Ásia, em 1997, e da Rússia, em 1998. Mas o pequeno crescimento do período foi compensado pelas mais ambiciosas reformas realizadas em décadas, sem as quais teria sido impossível domar a inflação e reorganizar a economia nacional - premissas que, respeitadas por Lula, resultaram nos poucos êxitos de seu governo.

Já a gestão petista ocorreu numa fase de bonança internacional e com dinheiro de sobra nos mercados, condições que o governo Lula deixou passar quase sem proveito para o Brasil, apesar de ter recebido como “herança bendita” uma base institucional amplamente modernizada.

Qualquer pessoa capaz de uma comparação honesta poderia contentar-se com esses dados. Mas há muitos mais. O presidente Lula costuma dizer que encontrou o Brasil quebrado e imerso na inflação e que precisou reerguê-lo. Mas a crise de 2002, como sabe qualquer pessoa razoavelmente informada, foi conseqüência das tolices de um partido que defendia o calote da dívida pública e outras irresponsabilidades. O Executivo e o Banco Central só puderam vencer a crise, a partir de 2003, porque herdaram instrumentos monetários e cambiais forjados na gestão anterior. A maior parte dos preços havia sido desindexada - contra a resistência do PT. A política monetária havia sido restaurada, graças ao saneamento e venda dos bancos estaduais, as metas de inflação estavam implantadas, o câmbio era flexível e já funcionava o sistema de metas fiscais - tudo isso também a despeito da oposição do PT.

O ministro Antonio Palocci, que sustentou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, contra a opinião do PT e de vários conselheiros presidenciais, reconheceu mais de uma vez a importância do que fora realizado nos anos 90, sem o que não poderia ter tido o êxito que teve em sua política macroeconômica. O presidente Lula nunca teve grandeza para isso.

A diversificação de mercados, outro ponto ressaltado pelo presidente em seus surtos de auto-elogio, também não é novidade. Há décadas o Brasil comercia com países de todas as partes do mundo. Essa característica acentuou-se nos anos 90 e isso é mostrado pelas séries históricas. Além disso, a expansão das exportações, como mostra um estudo da Funcex, já havia começado antes do governo petista. Em 2002 a China já era um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e o comércio com Índia e Rússia já estava em expansão.

A decantada auto-suficiência em petróleo também não resultou da ação deste governo, mas de um processo iniciado há décadas e acelerado a partir dos anos 70, com a exploração da plataforma marítima.

As privatizações que o presidente-candidato condena envolveram empresas que o setor privado administrou com uma eficiência que o Estado nunca demonstrou, como mostram os resultados da Vale do Rio Doce, das usinas siderúrgicas e das teles.

Quanto à melhora das condições de consumo, tem resultado em grande parte da expansão da oferta de alimentos, permitida pela modernização do agronegócio - grandes, médios e pequenos produtores de verdade, tratados como inimigos pelo governo petista.

Estes são alguns fatos que o presidente procura esconder, para não ter de admitir que as políticas sociais que lhe renderam a liderança na disputa eleitoral não teriam sido possíveis sem a herança bendita de FHC.

sábado, outubro 14, 2006

Sigilo sob suspeita 

O Estadao é o máximo!

Editorial
http://www.estado.com.br/editorias/2006/10/14/edi-1.93.5.20061014.2.1.xml

Ao ser instado, pelo candidato desafiante Geraldo Alckmin (no debate da Bandeirantes), a dar transparência aos gastos com cartões de crédito da Presidência da República, o presidente Lula limitou-se a dizer, com irada ironia, que os cartões foram 'a única coisa boa que Fernando Henrique Cardoso criou no governo dele'. Talvez a ambigüidade da observação - sendo uma das hipóteses o elogio à criação de uma brecha para uso indevido de dinheiro público, sem controle - tenha causado a explosão de risos da platéia, antes que esses ruídos fossem abafados da transmissão. Mas não resta dúvida de que a falta de transparência na utilização desse moderno sistema de pagamentos, com dinheiro público, pode resultar num sigilo suspeito, como deu a entender o deputado distrital Augusto Carvalho, presidente da ONG Contas Abertas e recém-eleito deputado federal - conforme matéria de Luciana Nunes Leal, em nossa edição de terça-feira. 'É inaceitável que esse tipo de gasto tenha tratamento de segurança nacional' - disse ele.

O aumento de gastos com os cartões corporativos tem sido substancial, bastando mencionar que no presente ano a Presidência da República e os Ministérios já despenderam com cartões R$ 20,756 milhões, que é quase o valor de 2005 todo, ou seja, R$ 21,706 milhões, um aumento de 46,6% em relação aos R$ 14,1 milhões gastos em 2004. Para comparar os governos Lula e FHC, quanto a esse item, temos: em 2000 foram R$ 0,76 milhões; em 2002, R$ 2,4 milhões; em 2003, R$ 6,4 milhões; em 2004, R$ 7,7 milhões; e em 2005, R$ 5,7 milhões. Este ano os gastos totais do Gabinete da Presidência com cartões corporativos foram de R$ 6,839 milhões, de janeiro a setembro. Das seis unidades do gabinete, a Agência Brasileira de Informações (Abin), com gastos de R$ 3,097 milhões, e a Secretaria de Administração, que despendeu R$ 3,678 milhões, tiveram suas despesas mantidas sob sigilo, à exceção de menos de R$ 95 mil (correspondentes a 2,6%) desta última, atribuídos a gastos com combustível, hotel e pequenos consertos, feitos por nove funcionários com direito ao uso do cartão de crédito corporativo.

Entende-se, perfeitamente, que haja motivos para a preservação de sigilo nos gastos da Abin, pois, afinal de contas, a agência de inteligência cuida de assuntos de fato sigilosos e dentro do interesse estrito da segurança nacional. Mas não se pode dizer o mesmo quanto à Secretaria da Administração, que cuida dos gastos cotidianos do presidente da República e sua família. Por que razões contas pagas com cartão de crédito (gastos de dinheiro público, sempre é bom lembrar) no valor de R$ 3,583 milhões, em apenas nove meses, são rubricadas como 'informações protegidas por sigilo'?

E seria o caso de perguntar: protegidas contra quem, cara-pálida?

Sabendo-se que o presidente da República e sua família devem ser os primeiros a demonstrar parcimônia em relação aos gastos do dinheiro do contribuinte; sabendo-se que não se pode imaginar, por parte do que exerce a mais importante função pública do País - e família - qualquer espécie de desregramento, em termos de despesas domésticas, justamente pela situação de carência brutal em que vive grande parte da população brasileira, em relação ao que o presidente tem procurado mostrar-se extremamente sensível; e sabendo-se, enfim, que tudo aquilo que é ocultado, em termos de gasto público, é sempre julgado com desconfiança, tornando-se um tipo de sigilo sobremaneira suspeito - como, aliás, a maior parte dos sigilos guardados a sete chaves nos porões da República -, seria de bom alvitre que a plena transparência se levasse ao volume de despesas pagas com os cartões corporativos do governo.

De sua parte, o candidato a presidente Geraldo Alckmin prometeu 'transparência absoluta' na prestação de contas dos cartões corporativos, caso chegue à Presidência. Qual a dificuldade de o presidente Lula fazer o mesmo? Será que se submeteria a grande risco se consignasse - para que todos os cidadãos interessados em lisura pública o pudessem verificar, via internet - todas as despesas domésticas presidenciais realizadas por meio de pagamento com cartão de crédito, a débito dos cidadãos contribuintes?

sexta-feira, outubro 13, 2006

VALORES VIRTUAIS 

ou notas sobre uma sociopatia virtual.

Daniel Piza
http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=2101

Em qualquer lugar a liberdade da Internet é mal-entendida por grande número de usuários, que acham que podem fazer o que querem, incluindo os mais diversos tipos de crimes e desrespeitos. No Brasil isso acontece já num plano mais superficial. Em comunidades virtuais é que se vê como nunca a falta de boa educação no diálogo – o gosto pelo palpite em lugar da opinião, pelo excesso de adjetivos, pelo insulto e pela fofoca. As pessoas simplesmente não sabem que estão num espaço público, não privado. A cultura nacional perde ali até o véu de “cordialidade” e revela todo seu destempero infantil.

O espetáculo do simplismo 

Daniel Piza
http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=2101
Originalmente publicado em O Estado de São Paulo, de 08 de outubro de 2006

A divisão brasileira mais relevante é a mental. O que se viu na leitura dos resultados do primeiro turno das eleições foi um espetáculo de simplismo. Está certo que votar é um gesto binário – mesmo que você desista de escolher – e que a experiência manda optar pelo “mal menor”, mas no calor das campanhas o tom é o bem contra o mal, de acordo com o ponto de vista de cada um, e não só entre os políticos. Para dizer o mínimo, isso não explica muitas coisas – e esconde muitas outras. Nem tudo cabe num mapa de duas cores.

A sensação de que o Brasil se mostrou dividido nas urnas provocou duas conclusões preponderantes. Uma é a de que temos de um lado os ricos e do outro os pobres, algo como uma luta de classes regionalizada, e que se os pobres preferem Lula é porque ele fez políticas inéditas e sólidas que os beneficiam. Esse é um argumento muito comum entre petistas e populistas, que julgam que a função primordial do Estado é amparar os desamparados. A outra conclusão diz que os eleitores de Lula são os menos instruídos, logo são os que têm menor senso crítico e menor rigor ético. Costuma-se ouvir tal interpretação de quem pensa que amparar os desamparados é função que o Estado deve dispensar.

O que ocorre na verdade tem muito mais graduações e ironias. Primeiro, há muita gente da classe média urbana que votou em Lula. São pessoas que acreditam que seu governo reduziu a pobreza e é tão corrupto quanto os anteriores ou que isso não faz muita diferença; não são necessariamente ignorantes ou coniventes. Segundo, esses eleitores também escolheram Fernando Henrique para a reeleição em 1998, tanto que ele venceu no primeiro turno, pelo motivo semelhante de ter aumentado o poder aquisitivo das classes mais baixas. Então quando votavam nos tucanos não eram ignorantes e coniventes?

Essas mesmas regiões, tão “civilizadas”, elegeram – agora e antes – políticos como Paulo Maluf, para não falar de Russomanno, Clodovil, Enéas... Caso seguisse esse tipo de raciocínio em bloco, eu me perguntaria do que serve tanto estudo e tanta riqueza. Também é meia-verdade a noção de que o capitalismo das regiões sul e sudeste se fez apesar do Estado, e não graças a ele em boa parte. Muitos banqueiros e empresários fizeram fortuna com o impulso da máquina pública, com favores políticos das mais variadas espécies. São Paulo, além de contar com migrantes nordestinos como mão-de-obra, não é apenas um produto da livre iniciativa.

Nada disso, porém, não quer dizer que grande parte dos trunfos de Lula não venha da herança outrora “maldita” de FHC – não só a estabilidade monetária e o salto das exportações, mas também a política social. Olhando por esse ângulo, também vale notar que Alckmin simplesmente é desconhecido da maioria do eleitorado de norte e nordeste. E, se tem um critério que todo eleitor brasileiro valoriza, da Ilha de Marajó à Lagoa dos Patos, é o conhecimento pessoal. Lula se alimenta desse discurso e do “carisma” que vem de sua origem, não apenas da Bolsa Família (e muito menos do salário mínimo, porque nos grotões a economia é bastante informal), mas essa não é a única estratégia possível; caso fosse, oligarcas como Sarney e Collor – esses aliados de Lula – não continuariam recebendo votos como maná.

As nuances também não obscurecem a realidade brasileira, em que a desigualdade social coincide em alta freqüência com a desigualdade regional. O que é preciso levar para as regiões mais atrasadas é produtividade e liberdade – não só o choque de capitalismo que Mario Covas mencionava, mas o processo todo do capitalismo democrático, que zele nos mais diversos setores pela competição regrada, como acontece com a fruticultura na região de Petrolina. E o governo Lula, ineficiente na infra-estrutura, na pesquisa tecnológica e no comércio internacional, tem prejudicado bastante o agronegócio, o que explica parte da votação de Alckmin no sul e no centro-oeste.

Não é verdade que o Brasil esteja dividido entre “os mano” e “os doutô”. Ele é mais complexo do que supõem as fantasias da esquerda e da direita, assim chamadas. E tal bipartidarismo não consegue dar conta da grandeza do desafio adiante. Não à toa os discursos se parecem tanto. Não à toa se limitam ao dueto estabilidade monetária & bolsa social. Não à toa falam tão pouco de assuntos fundamentais como o saneamento, escasso no semi-árido como nas periferias urbanas, ou a abertura econômica. Pior: não à toa ambos parecem incapazes de realizar reformas que advogam, como a política e a tributária. A opção não é entre um Brasil e outro, mas entre ação e retórica.

terça-feira, outubro 10, 2006

pegaram no queixo do Molusco 

Editorial do Estadão confirma análise imparcial do politsBURGER sobre o debate dos candidatos à presidência neste segundo turno das eleições 2006.

O que o debate deixou claro
http://www.estado.com.br/editorias/2006/10/10/edi-1.93.5.20061010.1.1.xml

Três anos e nove meses de governo Lula foram mais que suficientes para não deixar dúvidas sobre o seu escasso preparo para conduzir um país como o Brasil. Maquiavel diria que ele deve antes à Fortuna das circunstâncias do que à Virtù pessoal o que tiver a contabilizar como êxitos da sua gestão. As limitações do presidente eram ainda acentuadas pelo contraste com os atributos do candidato - a palavra fácil e a aptidão para projetar uma imagem de autenticidade. Daí a grande surpresa do debate de domingo: pela primeira vez desde o seu desastroso desempenho no confronto com Fernando Collor em 1989, Lula se mostrou despreparado para um duelo político em público.

Especialmente nos primeiros atos do espetáculo, a contundência, inesperada e persistente, do tucano Geraldo Alckmin, ao abordar os esquemas de corrupção postos em marcha pelo dispositivo petista de poder, o deixou desconcertado - como se ele e os seus treinadores tivessem imaginado, absurdamente, que o assunto passaria em branca nuvem. Quem desligasse o som do televisor para se concentrar unicamente na expressão corporal do petista, na sua incontida agitação e nas caras e bocas de sua fisionomia, decerto se espantaria com tamanha exibição de desconforto, sinal de que as cobranças do opositor, exatamente por se referirem ao que se referiam, pegaram no queixo de quem passou a vida se arrogando o monopólio da ética, deixando-o “grogue”.

Saltou à vista que Lula não tem defesa nesse quesito. Tanto não tem que o melhor que lhe ocorreu foi retrucar que “a compra espúria de votos” começou na votação da emenda constitucional que instituiu a reeleição em 1997. Nunca antes, desde que o deputado petebista Roberto Jefferson acrescentou ao léxico político nacional o termo mensalão, Lula se viu obrigado a reconhecer o que de fato foi o ultraje - não um episódio venial de uso de “recursos não contabilizados”, conforme o eufemismo delubiano para caixa 2, mas uma operação sistemática de suborno de deputados. Na mesma linha, ele se agarrou à palha de lembrar que o valerioduto foi inaugurado em território tucano em 1998, em Minas, apenas para receber o troco de que “um erro não justifica o outro”.

Lula fez uma boa frase - “não sou policial, sou presidente da República” - para tentar se desvencilhar do que mais o aperta no recente cipoal que o enlaçou, na baldada tentativa petista de comprar um imaginário dossiê antitucano: a origem do R$ 1,7 milhão apreendido em mãos de dois aloprados prontos para fechar o negócio. Mas teve uma pronta resposta de Alckmin: “Não precisa ser policial; basta perguntar para seus amigos mais íntimos.” Aliás, dado o retrospecto - do qual Alckmin não deixou pedra sobre pedra -, os protestos de inocência do presidente, no duplo sentido de não ser culpado e de não saber, soaram sempre flácidos, postiços.

Se assim não fosse, um jornalista não indagaria de Lula, candidamente, que garantias tem a dar aos brasileiros de que, em um novo mandato, outras falcatruas não serão perpetradas no seu entorno, precisamente porque ele, como alega, desconhecia as anteriores enquanto ocorriam. Sem falar que o presidente fez por merecer a reprimenda que lhe passou Alckmin - “não minta, Lula” - por haver atribuído ao tucano, em comício, a intenção de privatizar os Correios, o Banco do Brasil, a Petrobrás… Confrontado com a verdade de que Alckmin nunca disse isso, nem isso consta de seu programa, Lula buscou em vão abrir a saída de emergência, dizendo que, a julgar pelas privatizações no governo Fernando Henrique, é o que se poderia deduzir.

Debates em situações de reeleição dão aos antagonistas vantagens e desvantagens diferentes. Um tem o conforto de ser o desafiante; outro tem as suas realizações, amplificadas ou não, a ostentar. O primeiro só tem a perder as expectativas de alijar o segundo do governo. O segundo tem a perder a condição efetiva de detentor do poder. Isto posto, ficou claro ao longo de um duelo eleitoral emocionante do começo ao fim - concebido e levado ao ar com competência, profissionalismo e em horário civilizado, além do mais - que Alckmin se saiu melhor no seu papel do que Lula no dele. Ainda assim, é prematuro prever que o ex-governador tomará votos do presidente, ou, muito menos, vice-versa. Mas algo há de ter se movido no universo dos indecisos, bem como entre os eleitores de Heloísa Helena e Cristovam Buarque. Logo se saberá.

segunda-feira, outubro 09, 2006

ALCKMIN MASSACRA LULA 

Futuro presidente Alckimin cobrou do ex-presidente Molusco tudo o que ele nunca fez e disse que nunca soube. Mais uma vez, nenhuma resposta satisfatória. Somente embromação.

Segundo pesquisa do instituto DataPolits, eleitores foram unanimes na avaliação do debate: Ackmin foi o melhor.

sexta-feira, outubro 06, 2006

DIALOGO TÍPICO 

Telefone tocando. Alguém atende. Do outro lado da linha, outrem inicia o dialogo.

- Quero falar com o Azambuja.
- É ele.
- Azambuja, aqui é o delegado Brandão, da seccional centro sul. Estou com uma pilha de denúncias bombásticas contra você. Qual é sua proposta?
- Grande Brandão! Como vai esta força? (Azambuja nunca viu Brandão na vida).
- Estou cada dia mais fraco. Almoço por R$ 1,50 segunda, quarta e sexta para garantir a janta na terça, quinta e sábado. Domingo passo com água de berinjela.
- Eu como nutricionista (Azambuja é contador) recomendo que você tenha pelo menos 30 dias de refeições ortomolecularmente balanceadas por ano. Você sabe como chegar àquele restaurante que tem o ala carte de R$50,00?
- Claro!
- Vou depositar na sua conta um mês de refeições.
- (voz do Brandão fora do telefone) Nição, pegue esta papelada e troque a cama do gato gordo e do cão viralata. Se sobrar papel, coloque na pilha de rascunhos que está no fundo do almoxerifado.
- (voz do Brandão no telefone) Azambuja, você é um gênio da nutrição.
- Que nada, Brandão. Considero sua saúde minha saúde. Depois marcamos um café.
- Com certeza. Até breve.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Parlamentos brasileiros: delegacia, zôo ou estufa? 

Os resultados oficiais, definitivos e juridicamente válidos das eleições para os parlamentos estaduais e federal no Brasil foram oficialmente divulgados pelo TSE. Uma vez conhecido o naipe dos nossos representantes, surge a pergunta que não quer calar: seriam os parlamentos brasileiros uma delegacia, um zoológico ou uma estufa?

A favor dos que advogam a tese de que os parlamentos brasileiros seriam delegacias estão os rigorosos inquéritos oriundos das intermináveis CPIs – sempre presididas prelos melhores pizzaiolos da praça dos três poderes. As exaustivas investigações sempre culminam em punições exemplarmente aplicadas a ferro, fogo, luz, câmera e ação! - custe o que custar, doa a quem doer.

Porém, muitos também defendem a tese de que os parlamentos abrigam boa parte da biodiversidade brasileira. A recém eleição de Gabeira, Clodovil, Collor e Maluf aumentam as evidencias a favor desta tese. Além dos tradicionais gatunos e lacraias, estariam entrando nos parlamentos gazelas e hienas ou orquídeas e ervas daninhas?

Independentemente de qual botânico ganhe a petição bio-juridica, o fato é que em 2007 a audiência da TV Câmara deve aumentar. Afinal, ninguém vai querer deixar de ver o Maluf chamando o Clodovil de Vossa Excelência!

segunda-feira, outubro 02, 2006

ACABOU TEFLON (1) 

As urnas disseram em alto e bom som: acabou o teflon.

Aquela estória estúpida de que coisas amorfas e fedorentas não agarram no Molusco não é verdade. Eis o segundo turno como contra prova para presidente. Todos os prognósticos diziam que o Acéfalo seria reeleito no primeiro turno. Grandes, enormes, monstruosos erros. Esqueceram-se do politsBURGER e outros veículos da mídia que não se renderam ao delírio pelo poder do Calígula de Garanhuns.

A virada é possível. Basta Alckmin chamar atenção para fato de que o Invertebrado é covarde. Ele não propõem voto distrital puro com cláusula de recall porque é covarde. Ele fugiu da seca do sertão porque é covarde. Ele não foi aos debates porque é covarde. Ele não deixa o Brasil crescer porque é covarde. Ele perseguiu o Francelino porque é covarde. Ele expulsou Heloisa Helena, Cristóvão Buarque e outros honestos do PT porque é covarde.

O débil mental petista está embebedado pela presidência. E todos sabem que CUT de bêbado não tem dono.

ACABOU TEFLON (2) 

Dingo Bell, Dingo Bell
Acabou teflon
Não faz mal, não faz mal
Limpa com mensalão
Mensalão tá caro, caro pra CHUCHU
O quê que eu vou fazer pra limpar o meu teflon?

(Bis)

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