terça-feira, setembro 25, 2007
setembro, o mês da traição consentida
Algo é errado, mas torna-se certo por 30 dias a cada dois anos. No contexto de "uma tentativa malandra de criar um fato consumado para repercutir na esfera judicial", isso não é sensacional ?
O entra-e-sai à espera do STF
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070925/not_imp56518,0.php
Nesta semana pode o mundo vir abaixo, mas aos políticos brasileiros só interessa o calendário eleitoral - eles têm até o próximo domingo, dia 30, para mudar de partido e até a quinta-feira seguinte, 4 de outubro, para estar filiados a alguma sigla, caso pretendam se candidatar a prefeito ou vereador na eleição marcada para 5 do mesmo mês de 2008. Sob a pressão dos prazos, a coalizão governista acionou a plena carga os seus deslavados mecanismos de cooptação nas Casas Legislativas do Congresso Nacional, dos Estados e municípios mais importantes.
Desde o pleito do ano passado, 42 parlamentares federais (25 da oposição) viraram casaca - alguns mais de uma vez. Calcula-se que 21 outros completarão o vexaminoso entra-e-sai. Entre eles, 3 senadores do DEM (o baiano César Borges, o goiano Demóstenes Torres e o paulista Romeu Tuma) poderão se bandear para a base lulista. Pelo projeto aprovado na Câmara em meados de agosto que instituiu o que merece ser qualificado como fidelidade partidária relativa, convencionou-se que setembro será o mês da traição consentida, quando o ano seguinte for eleitoral - portanto, um setembro sim, outro não.
Fora desse período, o infiel ficará inelegível pelos quatro anos subseqüentes ao término do seu mandato. Mas o que passou passou, resolveram à época os deputados, por sintomática maioria de 292 a 34: aqueles que pularam a cerca antes deste setembro foram anistiados. Invocou-se a tese de que não se pode punir atos anteriores à legislação que viria a coibi-los. Mas a causa verdadeira só aparentemente dizia respeito a uma questão de princípios. Foi uma tentativa malandra de criar um fato consumado para repercutir na esfera judicial.
Isso porque, em março, respondendo a uma consulta do então PFL, respaldado pelo PSDB e PPS, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia feito história ao estipular, por 6 votos a 1, que os mandatos legislativos obtidos em eleições proporcionais pertencem não aos seus detentores, mas aos partidos e coligações pelos quais se elegeram. Por esse entendimento, as legendas prejudicadas recuperam as vagas abertas por defecções, preenchendo-as com suplentes - 23 ao todo, no caso das siglas mencionadas. Ora, como o tamanho das Casas Legislativas é fixo, a conseqüência lógica seria a perda do mandato dos infiéis.
Também por isso, a resolução do TSE deixou os políticos atarantados e abriu vasta polêmica nos meios jurídicos. Naturalmente, os partidos vitoriosos foram cobrar do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, a devolução das cadeiras perdidas. Diante da sua recusa, recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF). Essa a explicação da anistia aos vira-casacas. Com ela pretende-se colocar a Corte em face de uma situação nova, o que a impediria de ratificar a posição do TSE. Por sinal, mesmo depois de adotada e antes da votação na Câmara, 9 deputados não deram importância ao tribunal e aderiram ao troca-troca.
O Supremo vai julgar a matéria no próximo dia 3, véspera do prazo-limite para a filiação dos eventuais candidatos em 2008. Se prevalecer o conceito da Justiça Eleitoral de que os donos dos mandatos são os partidos, será um deus-nos-acuda. Paciência. Três dos membros do TSE que votaram com a maioria (Marco Aurélio Mello, Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso) integram também o STF. Já o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, defendeu na semana passada o "não recebimento" das ações impetradas pelo DEM, PSDB e PPS. Os seus argumentos são no mínimo polêmicos. Ele sustenta que os partidos, por importantes que sejam para a democracia, não podem ser vistos como fins em si mesmos.
"Têm eles a função de intermediários entre o povo e o Estado", escreveu. "Tão intermediários quanto os nomes que oferecem à escolha do eleitorado para a representação." Ele ainda alertou para os supostos riscos de uma partitocracia (sic). Ora, o sistema partidário é a espinha dorsal do organismo político nas sociedades democráticas. Partidos robustos são sinônimos de democracias estáveis. No Brasil, ademais, "filiar-se a um partido", constata o deputado tucano Antonio Carlos Pannunzio, é apenas "uma formalidade que o postulante cumpre para poder ser candidato e ter acesso ao horário eleitoral gratuito".
O entra-e-sai à espera do STF
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070925/not_imp56518,0.php
Nesta semana pode o mundo vir abaixo, mas aos políticos brasileiros só interessa o calendário eleitoral - eles têm até o próximo domingo, dia 30, para mudar de partido e até a quinta-feira seguinte, 4 de outubro, para estar filiados a alguma sigla, caso pretendam se candidatar a prefeito ou vereador na eleição marcada para 5 do mesmo mês de 2008. Sob a pressão dos prazos, a coalizão governista acionou a plena carga os seus deslavados mecanismos de cooptação nas Casas Legislativas do Congresso Nacional, dos Estados e municípios mais importantes.
Desde o pleito do ano passado, 42 parlamentares federais (25 da oposição) viraram casaca - alguns mais de uma vez. Calcula-se que 21 outros completarão o vexaminoso entra-e-sai. Entre eles, 3 senadores do DEM (o baiano César Borges, o goiano Demóstenes Torres e o paulista Romeu Tuma) poderão se bandear para a base lulista. Pelo projeto aprovado na Câmara em meados de agosto que instituiu o que merece ser qualificado como fidelidade partidária relativa, convencionou-se que setembro será o mês da traição consentida, quando o ano seguinte for eleitoral - portanto, um setembro sim, outro não.
Fora desse período, o infiel ficará inelegível pelos quatro anos subseqüentes ao término do seu mandato. Mas o que passou passou, resolveram à época os deputados, por sintomática maioria de 292 a 34: aqueles que pularam a cerca antes deste setembro foram anistiados. Invocou-se a tese de que não se pode punir atos anteriores à legislação que viria a coibi-los. Mas a causa verdadeira só aparentemente dizia respeito a uma questão de princípios. Foi uma tentativa malandra de criar um fato consumado para repercutir na esfera judicial.
Isso porque, em março, respondendo a uma consulta do então PFL, respaldado pelo PSDB e PPS, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia feito história ao estipular, por 6 votos a 1, que os mandatos legislativos obtidos em eleições proporcionais pertencem não aos seus detentores, mas aos partidos e coligações pelos quais se elegeram. Por esse entendimento, as legendas prejudicadas recuperam as vagas abertas por defecções, preenchendo-as com suplentes - 23 ao todo, no caso das siglas mencionadas. Ora, como o tamanho das Casas Legislativas é fixo, a conseqüência lógica seria a perda do mandato dos infiéis.
Também por isso, a resolução do TSE deixou os políticos atarantados e abriu vasta polêmica nos meios jurídicos. Naturalmente, os partidos vitoriosos foram cobrar do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, a devolução das cadeiras perdidas. Diante da sua recusa, recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF). Essa a explicação da anistia aos vira-casacas. Com ela pretende-se colocar a Corte em face de uma situação nova, o que a impediria de ratificar a posição do TSE. Por sinal, mesmo depois de adotada e antes da votação na Câmara, 9 deputados não deram importância ao tribunal e aderiram ao troca-troca.
O Supremo vai julgar a matéria no próximo dia 3, véspera do prazo-limite para a filiação dos eventuais candidatos em 2008. Se prevalecer o conceito da Justiça Eleitoral de que os donos dos mandatos são os partidos, será um deus-nos-acuda. Paciência. Três dos membros do TSE que votaram com a maioria (Marco Aurélio Mello, Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso) integram também o STF. Já o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, defendeu na semana passada o "não recebimento" das ações impetradas pelo DEM, PSDB e PPS. Os seus argumentos são no mínimo polêmicos. Ele sustenta que os partidos, por importantes que sejam para a democracia, não podem ser vistos como fins em si mesmos.
"Têm eles a função de intermediários entre o povo e o Estado", escreveu. "Tão intermediários quanto os nomes que oferecem à escolha do eleitorado para a representação." Ele ainda alertou para os supostos riscos de uma partitocracia (sic). Ora, o sistema partidário é a espinha dorsal do organismo político nas sociedades democráticas. Partidos robustos são sinônimos de democracias estáveis. No Brasil, ademais, "filiar-se a um partido", constata o deputado tucano Antonio Carlos Pannunzio, é apenas "uma formalidade que o postulante cumpre para poder ser candidato e ter acesso ao horário eleitoral gratuito".
domingo, setembro 23, 2007
de que vale tudo isso, se voce não está aqui?
A célebre frase da famosa música do Rei Roberto se aplica perfeitamente à relação do Molusco com a base "aliada".
O custo do rolo compressor
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/23/edi-1.93.5.20070923.1.1.xml
Para que serve a avantajada maioria que o governo Lula desfruta na Câmara dos Deputados, com a batelada de partidos que compõem o chamado “governo de coalizão”, se em cada votação de projeto de interesse do governo o Planalto tem que despender sempre novo esforço para “apascentar” sua base aliada, significando tal “esforço” a distribuição de (mais) cargos e verbas a seus diletos parlamentares? Se dispõe de um batalhão de partidos - PMDB, PT, PR, PP, PSB, PDT, PTB, PV, PC do B, PSC, PMN, PRB, PTC, PHS e PT do B -, o que já representa uma multidão de 379 deputados federais (ou mais de 73% da Câmara), como se explica que em cada votação o Planalto precise “negociar” com os “seus”, pontualmente, e até pescar alguns votinhos nas hostes dos partidos adversários, para garantir sua vitória? (...)
(...) As relações do governo com as Casas legislativas federais, seja com a Câmara, que demanda um altíssimo custo de “manutenção”, seja com a precária maioria no Senado, que exige um esforço de articulação política especial para obter 49 votos em uma Casa legislativa com apenas 81 integrantes, revelam que no ambiente parlamentar brasileiro já se tornou totalmente fora de moda a prática do convencimento por meio de argumentos lógicos, a tentativa de persuasão pela via da demonstração do que seja de maior interesse público - e, acredite-se, houve tempo em que partidos políticos e parlamentares dessa maneira atuavam. Em lugar disso, hoje só prevalece a barganha, o toma-lá, dá-cá rasteiro, que transforma a instituição parlamentar, um dos esteios fundamentais da Democracia, em rotineiro balcão de negócios. (...)
O custo do rolo compressor
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/23/edi-1.93.5.20070923.1.1.xml
Para que serve a avantajada maioria que o governo Lula desfruta na Câmara dos Deputados, com a batelada de partidos que compõem o chamado “governo de coalizão”, se em cada votação de projeto de interesse do governo o Planalto tem que despender sempre novo esforço para “apascentar” sua base aliada, significando tal “esforço” a distribuição de (mais) cargos e verbas a seus diletos parlamentares? Se dispõe de um batalhão de partidos - PMDB, PT, PR, PP, PSB, PDT, PTB, PV, PC do B, PSC, PMN, PRB, PTC, PHS e PT do B -, o que já representa uma multidão de 379 deputados federais (ou mais de 73% da Câmara), como se explica que em cada votação o Planalto precise “negociar” com os “seus”, pontualmente, e até pescar alguns votinhos nas hostes dos partidos adversários, para garantir sua vitória? (...)
(...) As relações do governo com as Casas legislativas federais, seja com a Câmara, que demanda um altíssimo custo de “manutenção”, seja com a precária maioria no Senado, que exige um esforço de articulação política especial para obter 49 votos em uma Casa legislativa com apenas 81 integrantes, revelam que no ambiente parlamentar brasileiro já se tornou totalmente fora de moda a prática do convencimento por meio de argumentos lógicos, a tentativa de persuasão pela via da demonstração do que seja de maior interesse público - e, acredite-se, houve tempo em que partidos políticos e parlamentares dessa maneira atuavam. Em lugar disso, hoje só prevalece a barganha, o toma-lá, dá-cá rasteiro, que transforma a instituição parlamentar, um dos esteios fundamentais da Democracia, em rotineiro balcão de negócios. (...)
sábado, setembro 22, 2007
a ética do molusco e o espírito do petismo
O que será que Weber pensaria a respeito das relações entre executivo e legislativo no Brasil?
Governo alicia oposição na guerra para aprovar CPMF
Lula procura senadores adversários e oferece apoio eleitoral
Lula incentiva troca-troca de legendas no Senado para prorrogar CPMF
Governo teme que Renan não garanta aprovação e já obteve uma adesão: César Borges trocará DEM pelo PR
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/22/pol-1.93.11.20070922.1.1.xml
O governo lançou ofensiva no Senado para garantir a aprovação da emenda que prorroga a CPMF. Passou a oferecer vantagens para que senadores de oposição troquem de partido, ingressando em legendas aliadas. O primeiro a aderir foi o senador César Borges (BA), que vai deixar o DEM para se filiar ao PR. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo e, em encontro no Palácio do Planalto, convidou outro senador do DEM, Demóstenes Torres (GO), a ingressar em algum partido governista.
Governo alicia oposição na guerra para aprovar CPMF
Lula procura senadores adversários e oferece apoio eleitoral
Lula incentiva troca-troca de legendas no Senado para prorrogar CPMF
Governo teme que Renan não garanta aprovação e já obteve uma adesão: César Borges trocará DEM pelo PR
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/22/pol-1.93.11.20070922.1.1.xml
O governo lançou ofensiva no Senado para garantir a aprovação da emenda que prorroga a CPMF. Passou a oferecer vantagens para que senadores de oposição troquem de partido, ingressando em legendas aliadas. O primeiro a aderir foi o senador César Borges (BA), que vai deixar o DEM para se filiar ao PR. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo e, em encontro no Palácio do Planalto, convidou outro senador do DEM, Demóstenes Torres (GO), a ingressar em algum partido governista.
quinta-feira, setembro 20, 2007
CPMF: parcela 1/4
Governo paga a primeira das 4 parcelas para aprovar a renovacao da CPMF e da DRU: módicos 21 milhões em liberação de verbas para emendas de qualidade duvidosa, fora o custo dos cargos dados às hienas parlamentares e o custo da má gestão à la Infraero associada aos apadrinhados mongolóides.
Após barganha, governo consegue aprovar CPMF em 1° turno
Planalto dá cargos e libera R$ 21 mi em emendas; proposta vai a 2° turno na Câmara e depois ao Senado
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac54715,0.htm
A Câmara aprovou no final da noite de quarta-feira, 20, a emenda constitucional que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), como queria o Palácio do Planalto. A mesma proposta - que ainda precisa ser votada em mais um turno pelos deputados e duas vezes no Senado - permite ao governo movimentar 20% dos recursos do Tesouro sem vinculação, o que ano passado representou R$ 84 bilhões. O placar foi de 338 votos favoráveis à manutenção do tributo, 117 contra e 2 abstenções. (...)
Após barganha, governo consegue aprovar CPMF em 1° turno
Planalto dá cargos e libera R$ 21 mi em emendas; proposta vai a 2° turno na Câmara e depois ao Senado
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac54715,0.htm
A Câmara aprovou no final da noite de quarta-feira, 20, a emenda constitucional que prorroga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), como queria o Palácio do Planalto. A mesma proposta - que ainda precisa ser votada em mais um turno pelos deputados e duas vezes no Senado - permite ao governo movimentar 20% dos recursos do Tesouro sem vinculação, o que ano passado representou R$ 84 bilhões. O placar foi de 338 votos favoráveis à manutenção do tributo, 117 contra e 2 abstenções. (...)
desastre administrativo e ético
É o Molusco " levando a novas alturas o desrespeito pela inteligência alheia".
Repetindo o vexame
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070920/not_imp54742,0.php
Em abril passado, três meses antes da catástrofe de Congonhas, mas sete meses depois da até então maior tragédia aeronáutica da história nacional - portanto, já em plena crise do sistema de aviação comercial no País -, o presidente Lula deixou claro que não tinha interesse algum em que o Congresso investigasse o chamado apagão aéreo. Aos primeiros movimentos para a abertura de um inquérito parlamentar a respeito, ele reagiu com o trôpego argumento de que a CPI seria prejudicial porque retardaria a votação das medidas provisórias e projetos de lei necessários à alardeada decolagem do PAC. "A oposição quer essa CPI", abafou Lula, levando a novas alturas o desrespeito pela inteligência alheia, "para desviar o foco do crescimento."
Mas quem quer que acompanhasse mesmo pela rama os problemas do transporte aéreo brasileiro não teria a menor dificuldade em perceber que o governo efetivamente queria desfocar as grossas bandalheiras apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na verdadeira caixa-preta do setor, a Infraero, estatal que tem sob as asas a rede aeroportuária e os terminais de carga correlatos. Suspeitas de fraudes na empresa não eram propriamente uma novidade. Mas as auditorias recentes do TCU, cujo primeiro efeito foi a demissão de quatro altos funcionários da organização, evidenciaram sem sombra de dúvida o adensamento das malfeitorias ali desde que o fisiológico político pernambucano e neopetista Carlos Wilson foi contemplado com a sua presidência.
Afinal saíram não uma, porém duas comissões de inquérito - a da Câmara, graças a uma luminosa decisão unânime do Supremo Tribunal Federal. Diante disso, o lulismo mudou de tática, tratando de esterilizar os trabalhos de uma e outra, para impedir notadamente que a apuração das causas da colisão aérea na Amazônia, em setembro do ano passado, e das deficiências do sistema de controle de vôo no espaço nacional fizesse demorada escala, como não poderia deixar de ser, no problema da segurança dos aeroportos brasileiros, da alçada desse continuado desastre administrativo e ético chamado Infraero. O aparato compressor governista bloqueou o acesso dos parlamentares às auditorias do TCU - que tampouco deixaram em brancas nuvens a hoje notória Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De seu lado, o presidente Lula, perdendo uma oportunidade histórica de morder a língua - à luz do horror com o Airbus da TAM, que estarreceria o País daí a exatos 60 dias -, disse numa entrevista, em 17 de maio, que não via sentido em se investigar a Infraero "até porque o choque (do Boeing com o Legacy) se deu no ar". Mas governo que tem no Congresso aliados em excesso com escrúpulos ralos ou nulos, não perde a hora de dar o bote. Foi o que acabou de ocorrer na Câmara. A primeira parte do relatório final da respectiva CPI, de autoria do petista gaúcho Marco Maia, considerou "prematura" qualquer análise das denúncias que atingem em cheio as antigas cúpulas da Infraero.
O relator chapa-branca admitiu apenas que poderá pedir o indiciamento da ex-diretora da Anac Denise Abreu. Como se recorda, ela participou da feitura e entrega a uma juíza federal de uma falsa norma de segurança para que fosse invalidada uma liminar proibindo a operação de aviões de grande porte em Congonhas. A sua responsabilidade no episódio, suficientemente caracterizada, não justifica, porém, que ela seja tratada como o bode expiatório do apagão. Pior foi no Senado, onde - pela primeira vez desde a instalação do inquérito correspondente, cujas sessões viviam às moscas - a esquadrilha governista apareceu em formação cerrada para encobrir a busca da verdade com impenetráveis rolos de fumaça.
Seis senadores do PMDB e do PT, entre eles, quem diria, o paulista Eduardo Suplicy, abateram a proposta de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do deputado Carlos Wilson, o antigo chefão da Infraero, chamado de "corrupto e grande bandido" pelo autor do pedido, Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Naturalmente, a sua pertinente advertência de que "não podemos (os senadores) praticar o mesmo crime da semana passada, quando Renan Calheiros foi absolvido", não demoveu os parceiros da coalizão lulista. Aliás, pensando bem, por que deveria?
Afinal, trata-se da mesma gente que pode ter igual no Brasil, mas melhor Lula não admite.
Repetindo o vexame
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070920/not_imp54742,0.php
Em abril passado, três meses antes da catástrofe de Congonhas, mas sete meses depois da até então maior tragédia aeronáutica da história nacional - portanto, já em plena crise do sistema de aviação comercial no País -, o presidente Lula deixou claro que não tinha interesse algum em que o Congresso investigasse o chamado apagão aéreo. Aos primeiros movimentos para a abertura de um inquérito parlamentar a respeito, ele reagiu com o trôpego argumento de que a CPI seria prejudicial porque retardaria a votação das medidas provisórias e projetos de lei necessários à alardeada decolagem do PAC. "A oposição quer essa CPI", abafou Lula, levando a novas alturas o desrespeito pela inteligência alheia, "para desviar o foco do crescimento."
Mas quem quer que acompanhasse mesmo pela rama os problemas do transporte aéreo brasileiro não teria a menor dificuldade em perceber que o governo efetivamente queria desfocar as grossas bandalheiras apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na verdadeira caixa-preta do setor, a Infraero, estatal que tem sob as asas a rede aeroportuária e os terminais de carga correlatos. Suspeitas de fraudes na empresa não eram propriamente uma novidade. Mas as auditorias recentes do TCU, cujo primeiro efeito foi a demissão de quatro altos funcionários da organização, evidenciaram sem sombra de dúvida o adensamento das malfeitorias ali desde que o fisiológico político pernambucano e neopetista Carlos Wilson foi contemplado com a sua presidência.
Afinal saíram não uma, porém duas comissões de inquérito - a da Câmara, graças a uma luminosa decisão unânime do Supremo Tribunal Federal. Diante disso, o lulismo mudou de tática, tratando de esterilizar os trabalhos de uma e outra, para impedir notadamente que a apuração das causas da colisão aérea na Amazônia, em setembro do ano passado, e das deficiências do sistema de controle de vôo no espaço nacional fizesse demorada escala, como não poderia deixar de ser, no problema da segurança dos aeroportos brasileiros, da alçada desse continuado desastre administrativo e ético chamado Infraero. O aparato compressor governista bloqueou o acesso dos parlamentares às auditorias do TCU - que tampouco deixaram em brancas nuvens a hoje notória Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De seu lado, o presidente Lula, perdendo uma oportunidade histórica de morder a língua - à luz do horror com o Airbus da TAM, que estarreceria o País daí a exatos 60 dias -, disse numa entrevista, em 17 de maio, que não via sentido em se investigar a Infraero "até porque o choque (do Boeing com o Legacy) se deu no ar". Mas governo que tem no Congresso aliados em excesso com escrúpulos ralos ou nulos, não perde a hora de dar o bote. Foi o que acabou de ocorrer na Câmara. A primeira parte do relatório final da respectiva CPI, de autoria do petista gaúcho Marco Maia, considerou "prematura" qualquer análise das denúncias que atingem em cheio as antigas cúpulas da Infraero.
O relator chapa-branca admitiu apenas que poderá pedir o indiciamento da ex-diretora da Anac Denise Abreu. Como se recorda, ela participou da feitura e entrega a uma juíza federal de uma falsa norma de segurança para que fosse invalidada uma liminar proibindo a operação de aviões de grande porte em Congonhas. A sua responsabilidade no episódio, suficientemente caracterizada, não justifica, porém, que ela seja tratada como o bode expiatório do apagão. Pior foi no Senado, onde - pela primeira vez desde a instalação do inquérito correspondente, cujas sessões viviam às moscas - a esquadrilha governista apareceu em formação cerrada para encobrir a busca da verdade com impenetráveis rolos de fumaça.
Seis senadores do PMDB e do PT, entre eles, quem diria, o paulista Eduardo Suplicy, abateram a proposta de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do deputado Carlos Wilson, o antigo chefão da Infraero, chamado de "corrupto e grande bandido" pelo autor do pedido, Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Naturalmente, a sua pertinente advertência de que "não podemos (os senadores) praticar o mesmo crime da semana passada, quando Renan Calheiros foi absolvido", não demoveu os parceiros da coalizão lulista. Aliás, pensando bem, por que deveria?
Afinal, trata-se da mesma gente que pode ter igual no Brasil, mas melhor Lula não admite.
quarta-feira, setembro 19, 2007
Clodovil na base aliada !
Numa manobra nada sutil para aumentar a capacidade de costurar alianças, o Molusco e seus asseclas atrairam o Clodovil para a base de sustentação do governo na Câmara Federal.
Enquanto isso, fica no ar a pergunta que não quer calar: onde estão a moral e os bons costumes ?
Eleito pelo PTC, Clodovil migra para o PR semana que vem
Mudança visa 'uma melhor estrutura que sustente o trabalho do deputado na Câmara', segundo sua assessoria
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac54670,0.htm
O deputado federal Clodovil Hernandes (SP) decidiu trocar o PTC pelo Partido da República (união do PL com o Prona), segundo a sua assessoria. A mudança ocorrerá na próxima semana. (...)
Enquanto isso, fica no ar a pergunta que não quer calar: onde estão a moral e os bons costumes ?
Eleito pelo PTC, Clodovil migra para o PR semana que vem
Mudança visa 'uma melhor estrutura que sustente o trabalho do deputado na Câmara', segundo sua assessoria
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac54670,0.htm
O deputado federal Clodovil Hernandes (SP) decidiu trocar o PTC pelo Partido da República (união do PL com o Prona), segundo a sua assessoria. A mudança ocorrerá na próxima semana. (...)
terça-feira, setembro 18, 2007
bolsa esmolão chega ao limite
Agora que colocaram a pivetada na escola, tem que convencer os pimpolhos a mostrar que aprenderam alguma coisa !
Será que, além de monitorar desempenho escolar, alguém vai monitorar desempenho eleitoral nas áreas atendidas pelo bolsa esmolão ? Hein, hein ?
Governo recua e desiste de premiar alunos do Bolsa Família
Pesquisa do governo mostra freqüência alta, mas baixo aproveitamento; secretária diz que professores poderiam ser pressionados a aprovar estudantes
Folha de São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2007
Incentivada por R$ 18 pagos por mês aos pais, a maior freqüência às aulas por pelo menos 10 milhões de alunos não garantiu bom aproveitamento escolar aos beneficiários do Bolsa Família, aponta pesquisa contratada pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O dado, ainda preliminar, revela limites do principal programa social do governo Lula.
Como primeira reação ao problema, ganhou força no governo proposta de premiar os alunos do Bolsa Família que concluíssem o ensino fundamental e o ensino médio. Mas a proposta foi para o limbo. "Pisamos no freio", informou Rosani Cunha, secretária do ministério responsável pela bolsa.
O incentivo financeiro aos alunos aprovados -de R$ 400 para os que concluíssem a oitava série e de R$ 800 para os que terminassem o ensino médio- custaria R$ 300 milhões ao ano, de acordo com a última versão da proposta. Mas o obstáculo não foi financeiro, conta Rosani: "Havia o risco de os professores serem pressionados a aprovar os alunos".
Em Samambaia, a 50 quilômetros do Plano Piloto, em Brasília, mais da metade dos alunos do Centro de Ensino 427 são beneficiários do Bolsa Família. Os demais não têm renda muito diferente do teto de acesso ao programa (R$ 120 mensais por pessoa). Os boletins comprovam a diferença no rendimento escolar: 73% dos alunos do Bolsa Família apresentaram rendimento insatisfatório, contra 14% de mau aproveitamento entre os demais alunos da oitava série.
Foi a maior discrepância registrada na escola, com bons índices de aproveitamento nas avaliações oficiais.
"É muito clara a questão dos alunos que vêm para a escola pressionados pela família, mas não estão comprometidos com os estudos", disse João Marcos Marçal, vice-diretor da escola. (...)
Será que, além de monitorar desempenho escolar, alguém vai monitorar desempenho eleitoral nas áreas atendidas pelo bolsa esmolão ? Hein, hein ?
Governo recua e desiste de premiar alunos do Bolsa Família
Pesquisa do governo mostra freqüência alta, mas baixo aproveitamento; secretária diz que professores poderiam ser pressionados a aprovar estudantes
Folha de São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2007
Incentivada por R$ 18 pagos por mês aos pais, a maior freqüência às aulas por pelo menos 10 milhões de alunos não garantiu bom aproveitamento escolar aos beneficiários do Bolsa Família, aponta pesquisa contratada pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O dado, ainda preliminar, revela limites do principal programa social do governo Lula.
Como primeira reação ao problema, ganhou força no governo proposta de premiar os alunos do Bolsa Família que concluíssem o ensino fundamental e o ensino médio. Mas a proposta foi para o limbo. "Pisamos no freio", informou Rosani Cunha, secretária do ministério responsável pela bolsa.
O incentivo financeiro aos alunos aprovados -de R$ 400 para os que concluíssem a oitava série e de R$ 800 para os que terminassem o ensino médio- custaria R$ 300 milhões ao ano, de acordo com a última versão da proposta. Mas o obstáculo não foi financeiro, conta Rosani: "Havia o risco de os professores serem pressionados a aprovar os alunos".
Em Samambaia, a 50 quilômetros do Plano Piloto, em Brasília, mais da metade dos alunos do Centro de Ensino 427 são beneficiários do Bolsa Família. Os demais não têm renda muito diferente do teto de acesso ao programa (R$ 120 mensais por pessoa). Os boletins comprovam a diferença no rendimento escolar: 73% dos alunos do Bolsa Família apresentaram rendimento insatisfatório, contra 14% de mau aproveitamento entre os demais alunos da oitava série.
Foi a maior discrepância registrada na escola, com bons índices de aproveitamento nas avaliações oficiais.
"É muito clara a questão dos alunos que vêm para a escola pressionados pela família, mas não estão comprometidos com os estudos", disse João Marcos Marçal, vice-diretor da escola. (...)
domingo, setembro 16, 2007
os blogs vencerão !
Vitória da mediocracia
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070916/not_imp52709,0.php
Gaudêncio Torquato
(...) Há um fenômeno, porém, que tende a ser importante eixo de mobilização social, a partir de setores organizados. Trata-se de uma opinião pública virtual, em processo de intensa expansão, e que deriva do boom crítico-informativo da internet. A massa discursiva que se veicula, diariamente, na malha eletrônica ganha força e poder de influência, arregimentando setores, relembrando fatos e circunstâncias, nomeando agentes políticos, enquadrando figurantes nas histórias. Há, portanto, ao lado de uma opinião pública global - cujos limites e impacto encontram dificuldades para um mapeamento eficaz, em função do campo de abstração aberto por alguns de seus componentes -, uma esfera de formação de pensamento mais palpável, até porque se expressa, diariamente, por meio de redes sociais e blogs, que funcionam como porta-vozes de uma coletividade menos dispersa e mais homogênea. Trata-se de uma formidável bateria de esquentamento do material jornalístico veiculado na mídia massiva. Esta é a nova força a ser considerada no observatório da cena social e política do País. Para quem despreza a teoria dos círculos concêntricos - irradiação de ondas críticas do meio para as margens sociais -, vale conferir: essa locomotiva começa a puxar um novo trem na linha do pensamento. (...)
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070916/not_imp52709,0.php
Gaudêncio Torquato
(...) Há um fenômeno, porém, que tende a ser importante eixo de mobilização social, a partir de setores organizados. Trata-se de uma opinião pública virtual, em processo de intensa expansão, e que deriva do boom crítico-informativo da internet. A massa discursiva que se veicula, diariamente, na malha eletrônica ganha força e poder de influência, arregimentando setores, relembrando fatos e circunstâncias, nomeando agentes políticos, enquadrando figurantes nas histórias. Há, portanto, ao lado de uma opinião pública global - cujos limites e impacto encontram dificuldades para um mapeamento eficaz, em função do campo de abstração aberto por alguns de seus componentes -, uma esfera de formação de pensamento mais palpável, até porque se expressa, diariamente, por meio de redes sociais e blogs, que funcionam como porta-vozes de uma coletividade menos dispersa e mais homogênea. Trata-se de uma formidável bateria de esquentamento do material jornalístico veiculado na mídia massiva. Esta é a nova força a ser considerada no observatório da cena social e política do País. Para quem despreza a teoria dos círculos concêntricos - irradiação de ondas críticas do meio para as margens sociais -, vale conferir: essa locomotiva começa a puxar um novo trem na linha do pensamento. (...)
pros espanhóis, a Amazônia
Molusco vai à Espanha tentar vender a Amazônia para os espanhóis por um valor muitas vezes menor que a venda da Telebrás - montante esse que foi considerado uma ninharia pelo então PT oposição.
A despeito disso, se a venda for concretizada, pelo menos assim ficaria definido o direito de propriedade e, portanto, um responsável para cobrar responsabilidades pelas queimadas e desmatamentos. Como mundo de Malboro, só tem trazido problemas.
BNDES chama espanhóis para leilões no Brasil
Luciano Coutinho fala a investidores sobre concessões rodoviárias e Projeto Madeira.
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco52842,0.htm
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Madri está servindo também para que o governo brasileiro tente convencer os investidores espanhóis a participar de dois leilões que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoverá em outubro: o de concessões rodoviárias e o do polêmico Projeto Madeira.
Nesta segunda-feira, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, explicará aos investidores as condições de financiamento de ambos os projetos. Ele dará uma palestra no seminário empresarial "Perspectivas da Economia Brasileira".
O primeiro leilão inclui sete lotes de concessões rodoviárias e trechos de rodovias federais. O segundo, marcado para 30 de outubro, é o do Projeto Madeira, que ainda está sujeito a liminares de última hora pelas ameaças dos grupos ambientalistas.
"A licença está concedida. O governo espera que os grupos espanhóis se associem, mas seria preciso perguntar à ministra (da Casa Civil) Dilma Rousseff se esse leilão será adiado ou não", disse Coutinho.
O projeto prevê a construção de um complexo de quatro usinas hidrelétricas, começando pelas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, com capacidade total de geração de 6450 MW e uma malha rodoviária de 4,2 mil quilômetros na Amazônia. (...)
A despeito disso, se a venda for concretizada, pelo menos assim ficaria definido o direito de propriedade e, portanto, um responsável para cobrar responsabilidades pelas queimadas e desmatamentos. Como mundo de Malboro, só tem trazido problemas.
BNDES chama espanhóis para leilões no Brasil
Luciano Coutinho fala a investidores sobre concessões rodoviárias e Projeto Madeira.
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco52842,0.htm
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Madri está servindo também para que o governo brasileiro tente convencer os investidores espanhóis a participar de dois leilões que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoverá em outubro: o de concessões rodoviárias e o do polêmico Projeto Madeira.
Nesta segunda-feira, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, explicará aos investidores as condições de financiamento de ambos os projetos. Ele dará uma palestra no seminário empresarial "Perspectivas da Economia Brasileira".
O primeiro leilão inclui sete lotes de concessões rodoviárias e trechos de rodovias federais. O segundo, marcado para 30 de outubro, é o do Projeto Madeira, que ainda está sujeito a liminares de última hora pelas ameaças dos grupos ambientalistas.
"A licença está concedida. O governo espera que os grupos espanhóis se associem, mas seria preciso perguntar à ministra (da Casa Civil) Dilma Rousseff se esse leilão será adiado ou não", disse Coutinho.
O projeto prevê a construção de um complexo de quatro usinas hidrelétricas, começando pelas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, com capacidade total de geração de 6450 MW e uma malha rodoviária de 4,2 mil quilômetros na Amazônia. (...)
e dá-lhe gastança
Só dinheiro jogado fora para arrumar uma boquinha para apadrinhados da base aliada.
Assim, haja CPMF !
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_4/2007/09/16/
em_noticia_interna,id_sessao=4&id_noticia=29830/em_noticia_interna.shtml
Dados da Secretaria do Tesouro Nacional apontam que as despesas primárias do governo central, que envolvem INSS, Banco Central e Tesouro, atingiram R$ 313,8 bilhões em termos reais no final de 2003 e saltaram para R$ 412,7 bilhões em 2006 e devem atingir um valor próximo a R$ 448,4 bilhões neste ano, de acordo com estimativa do analista da Tendências Consultoria Denis Blum. De 2003 até 2007, tais despesas podem subir 42,89%, descontada a inflação, ou R$ 134,6 bilhões, montante equivalente a 3,73 vezes a arrecadação anual da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras.
Boa parte do avanço dos gastos do governo federal, que exclui as estatais, está relacionado à forte elevação das contratações do funcionalismo público e ao aumento de salários dos servidores. Blum destaca que entre dezembro de 2003 e o mesmo mês do ano passado, o contingente de funcionários do Poder Executivo na ativa aumentou de 922 mil para 1,116 milhão, um incremento de 194 mil postos, o equivalente a uma alta de 21%. “A elevação das contratações no setor público junto com aumentos de salários impõem dificuldades estruturais para que o governo reduza suas despesas”, ressaltou (...)
Assim, haja CPMF !
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_4/2007/09/16/
em_noticia_interna,id_sessao=4&id_noticia=29830/em_noticia_interna.shtml
Dados da Secretaria do Tesouro Nacional apontam que as despesas primárias do governo central, que envolvem INSS, Banco Central e Tesouro, atingiram R$ 313,8 bilhões em termos reais no final de 2003 e saltaram para R$ 412,7 bilhões em 2006 e devem atingir um valor próximo a R$ 448,4 bilhões neste ano, de acordo com estimativa do analista da Tendências Consultoria Denis Blum. De 2003 até 2007, tais despesas podem subir 42,89%, descontada a inflação, ou R$ 134,6 bilhões, montante equivalente a 3,73 vezes a arrecadação anual da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras.
Boa parte do avanço dos gastos do governo federal, que exclui as estatais, está relacionado à forte elevação das contratações do funcionalismo público e ao aumento de salários dos servidores. Blum destaca que entre dezembro de 2003 e o mesmo mês do ano passado, o contingente de funcionários do Poder Executivo na ativa aumentou de 922 mil para 1,116 milhão, um incremento de 194 mil postos, o equivalente a uma alta de 21%. “A elevação das contratações no setor público junto com aumentos de salários impõem dificuldades estruturais para que o governo reduza suas despesas”, ressaltou (...)
sábado, setembro 15, 2007
sobre a covardia dos honestos
Belo desabafo, com o qual o polits compartilha.
A proposito, será que os que se acorvadaram podem, de fato, ser considerados honestos? Creio que não. Afinal, se cederam às chantagens é porque têm o que temer ! Não é, Mercadante ?
Triunfo da covardia
Mauro Chaves
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070915/not_imp52336,0.php
Por muitos que tenham sido os vícios de nossa formação histórica, que nos levaram a ficar muito atrás de sociedades com as quais emparelhávamos ainda nos primórdios do Império, na identidade nacional brasileira jamais prevaleceu o traço da covardia. Pelo contrário, se examinarmos os perfis das figuras mais emblemáticas dessa identidade, dom Pedro I e Tiradentes, veremos que extraíram, do fundo de suas almas indômitas, o fulcro maior de coragem que gerou nossa Independência. E de episódios de conflitos como a Revolução Farroupilha, Os 18 do Forte de Copacabana ou a Revolução Constitucionalista de 32, para mencionar apenas alguns exemplos - independentemente de se concordar ou não com seus princípios e ideais - jamais se negará a imensa coragem (cívica e física) que abrigaram. Mas vivemos hoje um trágico momento histórico em que a coragem só se manifesta na ousadia dos bandidos. Uma só pessoa, sem dispor de poder maior que o da intimidação, o da chantagem, o do aparente estoque de informações sobre as falcatruas dos outros - não obstante o volume das próprias -, é capaz de deixar uma instituição inteira (e, se bobear, um governo) de joelhos.
No degradante, humilhante e desmoralizante espetáculo "secreto" ocorrido no plenário do Senado da República, quando ficou patente a abjeta complacência corporativa em relação às bandalheiras praticadas em nosso espaço público-político, por sobre a ausência de valores, o vazio de princípios e a frouxidão de caráter dos que capitularam em sua função de defender os interesses coletivos, ressaltou o triunfo resplandecente da covardia. Covardia em esconder-se da sociedade, para que esta não pudesse assistir, ao vivo e em cores, àquela plena obscenidade política. Covardia em não reagir-se ao mais explícito e deslavado processo de intimidação de que já se tomou conhecimento numa Casa Legislativa, seja de uma democracia ou de uma República de bananas. Covardia em se ter mentido, despudoradamente, em enquete publicada, declarando-se voto de condenação que era de absolvição - ou pior, de ignava abstenção -, encoberto pela sessão e pela votação secretas. Covardia em ter-se permitido que um réu comandasse e manipulasse, ao extremo, seu próprio julgamento, colocando a seu serviço de defesa toda a estrutura do Poder indecorosamente exercido.
Os melhores argumentos de autodefesa, de quem não conseguira dar resposta alguma a acusações fartamente comprovadas, de favores privados oferecidos por interessados em favores públicos, de documentos forjados de operações inexistentes, de incompatibilidades gritantes entre rendimentos (legais) e patrimônio, eram as insinuações malévolas lançadas contra figuras tidas como de alta respeitabilidade, mas que permaneceram caladas, sem reagir à escandalosa chantagem perpetrada em pleno plenário da Câmara Alta. E outro defensor, utilizando-se da própria especialidade em assuntos fiscais, intimidava a todos, alertando para o "precedente" que significaria condenar quem praticou o que muitos ali poderiam ter praticado... Argumento esse que pareceu definitivo, no reforço da cumplicidade corporativa.
A sociedade brasileira, mesmo com todas as demonstrações de descaso, de avanço privado na coisa pública, de locupletações perpetradas por agentes desonestos do Poder, que sempre têm resultado nas indigestas pizzas dos acordões, em sua ingênua e esperançosa generosidade ainda comemorava o feito dos ilustres membros da mais alta Corte de Justiça do País, julgando que o enquadramento dos 40 mensaleiros - tomem o tempo que for os longos processos - já significava uma reviravolta nos costumes políticos caboclos: o fim da trágica impunidade. Não precisou passar mais de duas semanas para que a esperança de mudança ética se vaporizasse, cedendo lugar a uma das mais nauseantes sensações que os cidadãos brasileiros, com um mínimo de consciência cívica, haveriam de sentir. E agora, como se assistíssemos a uma cena surrealista do velho teatro do absurdo, vemos o presidente "absolvido" de uma Casa Legislativa rachada ao meio (por sua causa) anunciar - com a mais surpreendente arrogância de quem há pouco exibira tanto suas sandálias da humildade - que em hipótese alguma pedirá licença e nem mesmo tirará férias, porque é o único capaz de conduzir a Casa rachada!
A sociedade brasileira, não é só de agora, acompanha o maior despencar de valores de sua História. O mérito pessoal deixou de ser critério de evolução - profissional, econômica, social -, o esforço do aprendizado deixou de representar reconhecimento de qualidade, o espírito produtivo deixou de ser estimulado nas mais amplas esferas, tudo isso passando a ser substituído pela arte de aproveitar-se do compadrio, a habilidade em descobrir "jogadas" de enriquecimento fácil, especialmente as de alguma forma atreladas a algum Poder público.
É nessa estrada que segue nossa juventude, especialmente a parte dela prestes a entrar na luta por um espaço no mercado profissional. Essa juventude, que poderia ver no espaço público - como viu a juventude de tantas gerações anteriores - uma oportunidade de crescer para melhorar o mundo, o que pode vislumbrar, dentro do cenário carcomido que lhe é mostrado, na política e nos Poderes? Por um lado, ela só vê esperteza, ludibrio, enganação, falsidade, fingimento, falta de vergonha, arrogância, ignorância, cara-de-pau, falta de escrúpulos, enquanto, de outro, só enxerga hesitação, reticência, intimidação, desistência, rendição, submissão, encolhimento, amofinação, covardia - sim, uma imensa covardia que estende suas asas por sobre o território nacional.
Até quando ?
A proposito, será que os que se acorvadaram podem, de fato, ser considerados honestos? Creio que não. Afinal, se cederam às chantagens é porque têm o que temer ! Não é, Mercadante ?
Triunfo da covardia
Mauro Chaves
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070915/not_imp52336,0.php
Por muitos que tenham sido os vícios de nossa formação histórica, que nos levaram a ficar muito atrás de sociedades com as quais emparelhávamos ainda nos primórdios do Império, na identidade nacional brasileira jamais prevaleceu o traço da covardia. Pelo contrário, se examinarmos os perfis das figuras mais emblemáticas dessa identidade, dom Pedro I e Tiradentes, veremos que extraíram, do fundo de suas almas indômitas, o fulcro maior de coragem que gerou nossa Independência. E de episódios de conflitos como a Revolução Farroupilha, Os 18 do Forte de Copacabana ou a Revolução Constitucionalista de 32, para mencionar apenas alguns exemplos - independentemente de se concordar ou não com seus princípios e ideais - jamais se negará a imensa coragem (cívica e física) que abrigaram. Mas vivemos hoje um trágico momento histórico em que a coragem só se manifesta na ousadia dos bandidos. Uma só pessoa, sem dispor de poder maior que o da intimidação, o da chantagem, o do aparente estoque de informações sobre as falcatruas dos outros - não obstante o volume das próprias -, é capaz de deixar uma instituição inteira (e, se bobear, um governo) de joelhos.
No degradante, humilhante e desmoralizante espetáculo "secreto" ocorrido no plenário do Senado da República, quando ficou patente a abjeta complacência corporativa em relação às bandalheiras praticadas em nosso espaço público-político, por sobre a ausência de valores, o vazio de princípios e a frouxidão de caráter dos que capitularam em sua função de defender os interesses coletivos, ressaltou o triunfo resplandecente da covardia. Covardia em esconder-se da sociedade, para que esta não pudesse assistir, ao vivo e em cores, àquela plena obscenidade política. Covardia em não reagir-se ao mais explícito e deslavado processo de intimidação de que já se tomou conhecimento numa Casa Legislativa, seja de uma democracia ou de uma República de bananas. Covardia em se ter mentido, despudoradamente, em enquete publicada, declarando-se voto de condenação que era de absolvição - ou pior, de ignava abstenção -, encoberto pela sessão e pela votação secretas. Covardia em ter-se permitido que um réu comandasse e manipulasse, ao extremo, seu próprio julgamento, colocando a seu serviço de defesa toda a estrutura do Poder indecorosamente exercido.
Os melhores argumentos de autodefesa, de quem não conseguira dar resposta alguma a acusações fartamente comprovadas, de favores privados oferecidos por interessados em favores públicos, de documentos forjados de operações inexistentes, de incompatibilidades gritantes entre rendimentos (legais) e patrimônio, eram as insinuações malévolas lançadas contra figuras tidas como de alta respeitabilidade, mas que permaneceram caladas, sem reagir à escandalosa chantagem perpetrada em pleno plenário da Câmara Alta. E outro defensor, utilizando-se da própria especialidade em assuntos fiscais, intimidava a todos, alertando para o "precedente" que significaria condenar quem praticou o que muitos ali poderiam ter praticado... Argumento esse que pareceu definitivo, no reforço da cumplicidade corporativa.
A sociedade brasileira, mesmo com todas as demonstrações de descaso, de avanço privado na coisa pública, de locupletações perpetradas por agentes desonestos do Poder, que sempre têm resultado nas indigestas pizzas dos acordões, em sua ingênua e esperançosa generosidade ainda comemorava o feito dos ilustres membros da mais alta Corte de Justiça do País, julgando que o enquadramento dos 40 mensaleiros - tomem o tempo que for os longos processos - já significava uma reviravolta nos costumes políticos caboclos: o fim da trágica impunidade. Não precisou passar mais de duas semanas para que a esperança de mudança ética se vaporizasse, cedendo lugar a uma das mais nauseantes sensações que os cidadãos brasileiros, com um mínimo de consciência cívica, haveriam de sentir. E agora, como se assistíssemos a uma cena surrealista do velho teatro do absurdo, vemos o presidente "absolvido" de uma Casa Legislativa rachada ao meio (por sua causa) anunciar - com a mais surpreendente arrogância de quem há pouco exibira tanto suas sandálias da humildade - que em hipótese alguma pedirá licença e nem mesmo tirará férias, porque é o único capaz de conduzir a Casa rachada!
A sociedade brasileira, não é só de agora, acompanha o maior despencar de valores de sua História. O mérito pessoal deixou de ser critério de evolução - profissional, econômica, social -, o esforço do aprendizado deixou de representar reconhecimento de qualidade, o espírito produtivo deixou de ser estimulado nas mais amplas esferas, tudo isso passando a ser substituído pela arte de aproveitar-se do compadrio, a habilidade em descobrir "jogadas" de enriquecimento fácil, especialmente as de alguma forma atreladas a algum Poder público.
É nessa estrada que segue nossa juventude, especialmente a parte dela prestes a entrar na luta por um espaço no mercado profissional. Essa juventude, que poderia ver no espaço público - como viu a juventude de tantas gerações anteriores - uma oportunidade de crescer para melhorar o mundo, o que pode vislumbrar, dentro do cenário carcomido que lhe é mostrado, na política e nos Poderes? Por um lado, ela só vê esperteza, ludibrio, enganação, falsidade, fingimento, falta de vergonha, arrogância, ignorância, cara-de-pau, falta de escrúpulos, enquanto, de outro, só enxerga hesitação, reticência, intimidação, desistência, rendição, submissão, encolhimento, amofinação, covardia - sim, uma imensa covardia que estende suas asas por sobre o território nacional.
Até quando ?
sexta-feira, setembro 14, 2007
inhenfu !
É o Estadão lavando a cara da nação !
O Senado, pelo buraco da fechadura
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/14/edi-1.93.5.20070914.1.1.xml
(...) “Pode haver gente igual a nós. Melhor, não”, disse Lula no discurso já citado do Congresso do PT. No Senado, ficou claro que há gente melhor, sim. Mas a “igual à gente” é majoritária.
O Senado, pelo buraco da fechadura
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/14/edi-1.93.5.20070914.1.1.xml
(...) “Pode haver gente igual a nós. Melhor, não”, disse Lula no discurso já citado do Congresso do PT. No Senado, ficou claro que há gente melhor, sim. Mas a “igual à gente” é majoritária.
o melão e o senado
Réquiem para o Senado
João Mellão Neto
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/14/opi-1.93.29.20070914.3.1.xml
Foi, sem sombra de dúvida, o momento mais execrável de toda a história do Senado da República. Que dizer? Invejar Ali Babá por ter enfrentado apenas 40 ladrões? Pois deste lamentável escrutínio se sobressaíram 46. Os que inocentaram o réu e mais meia dúzia que sabia de antemão que, ao optar pela abstenção, estaria, na prática, engrossando o contingente da vilania e da canalha.
A República romana se encerrou assim, melancolicamente. O povo, já totalmente desencantado com a venalidade e a falta de credenciais morais dos membros do Senado, optou por entregar seu destino a Júlio César. Um complô, articulado por senadores, acabou por assassiná-lo, mas sua eliminação física de nada adiantou. Nos corações e mentes dos cidadãos já estava enraizada a idéia de transformar Roma num império. Consta que alguns tribunos ainda tentaram alertar as massas para o risco potencial de se entregar todo o poder ao arbítrio de um homem só. Tiveram como resposta o argumento de que preferiam a eventualidade de serem consumidos por um único leão à certeza de serem devorados por várias dezenas de ratos. A República havia desmoronado. E ninguém lamentou seu fim. (...)
(...)Já se propalou, na imprensa, que esta é a pior legislatura do Senado em toda a sua história. Contribui para sua mediocridade o fato de que nada menos que 16 de suas 81 cadeiras estão sendo ocupadas por suplentes, ou seja, pessoas que não receberam nenhum voto, mas lá estão porque seus titulares assumiram outros postos. Eles não têm nenhum laço de confiança com os eleitores e não cultuam a veleidade de virem a ser reeleitos. Que grau de compromisso com a coisa pública se pode esperar de cidadãos desse naipe?
Não são poucos, também, aqueles que, provenientes de Estados recentemente guindados a essa condição, têm um eleitorado ainda não consolidado e imaturo politicamente, o que proporciona excelentes oportunidades para que aventureiros venham a ter sucesso nas urnas. (...)
(...)Eticamente falidos, anões morais, arremedos de estadistas, simulacros de homens públicos, essa gente já garantiu para si e perante a História o epíteto de “os 46 infames”. E que nossos filhos e netos jamais se esqueçam deste nefasto 12 de setembro de 2007 - o dia em que o Senado, por opção majoritária de seus membros, não hesitou em mergulhar na pocilga e nela chafurdar na desonra. (...)
João Mellão Neto
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/14/opi-1.93.29.20070914.3.1.xml
Foi, sem sombra de dúvida, o momento mais execrável de toda a história do Senado da República. Que dizer? Invejar Ali Babá por ter enfrentado apenas 40 ladrões? Pois deste lamentável escrutínio se sobressaíram 46. Os que inocentaram o réu e mais meia dúzia que sabia de antemão que, ao optar pela abstenção, estaria, na prática, engrossando o contingente da vilania e da canalha.
A República romana se encerrou assim, melancolicamente. O povo, já totalmente desencantado com a venalidade e a falta de credenciais morais dos membros do Senado, optou por entregar seu destino a Júlio César. Um complô, articulado por senadores, acabou por assassiná-lo, mas sua eliminação física de nada adiantou. Nos corações e mentes dos cidadãos já estava enraizada a idéia de transformar Roma num império. Consta que alguns tribunos ainda tentaram alertar as massas para o risco potencial de se entregar todo o poder ao arbítrio de um homem só. Tiveram como resposta o argumento de que preferiam a eventualidade de serem consumidos por um único leão à certeza de serem devorados por várias dezenas de ratos. A República havia desmoronado. E ninguém lamentou seu fim. (...)
(...)Já se propalou, na imprensa, que esta é a pior legislatura do Senado em toda a sua história. Contribui para sua mediocridade o fato de que nada menos que 16 de suas 81 cadeiras estão sendo ocupadas por suplentes, ou seja, pessoas que não receberam nenhum voto, mas lá estão porque seus titulares assumiram outros postos. Eles não têm nenhum laço de confiança com os eleitores e não cultuam a veleidade de virem a ser reeleitos. Que grau de compromisso com a coisa pública se pode esperar de cidadãos desse naipe?
Não são poucos, também, aqueles que, provenientes de Estados recentemente guindados a essa condição, têm um eleitorado ainda não consolidado e imaturo politicamente, o que proporciona excelentes oportunidades para que aventureiros venham a ter sucesso nas urnas. (...)
(...)Eticamente falidos, anões morais, arremedos de estadistas, simulacros de homens públicos, essa gente já garantiu para si e perante a História o epíteto de “os 46 infames”. E que nossos filhos e netos jamais se esqueçam deste nefasto 12 de setembro de 2007 - o dia em que o Senado, por opção majoritária de seus membros, não hesitou em mergulhar na pocilga e nela chafurdar na desonra. (...)
quinta-feira, setembro 13, 2007
o PT salvou Renan
Tudo indica que os senadores petistas generalizaram o que o Molusco quis dizer com "solidariedade" aos companheiros acusados.
Renan escapa da cassação com ameaças e a ajuda do Planalto
Governistas e abstenções definiram resultado
Líderes aliados trabalharam para convencer colegas a ajudar senador
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/13/pol-1.93.11.20070913.27.1.xml
A abstenção de seis senadores, o trabalho explícito dos líderes governistas a seu favor - a começar pelos do PT - e as ameaças aos colegas levaram ontem o plenário a absolver o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no processo que pedia sua cassação por quebra de decoro parlamentar. Quarenta senadores votaram pela absolvição, 35 pela cassação e 6 se abstiveram.
Na prática, 46 senadores salvaram Renan e passaram por cima do parecer de Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) aprovado no Conselho de Ética por 11 votos a 4. Em um dos primeiros telefonemas para um amigo, logo depois de encerrada a sessão, Renan disse apenas: “Sobrevivi.”
Foram 5 horas e 30 minutos de sessão, só formalmente secreta - na prática houve entra-e-sai de deputados autorizados a acompanhar o julgamento. Com momentos de tensão, negociação e até de tranqüilidade, a sessão foi uma peça em dois atos. No primeiro, a cassação era dada como certa. No segundo, com o corpo-a-corpo da líder do PT, Ideli Salvatti (SC), e de Aloizio Mercadante (PT-SP), o cenário passou a pender para Renan. (...)
Renan escapa da cassação com ameaças e a ajuda do Planalto
Governistas e abstenções definiram resultado
Líderes aliados trabalharam para convencer colegas a ajudar senador
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/13/pol-1.93.11.20070913.27.1.xml
A abstenção de seis senadores, o trabalho explícito dos líderes governistas a seu favor - a começar pelos do PT - e as ameaças aos colegas levaram ontem o plenário a absolver o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no processo que pedia sua cassação por quebra de decoro parlamentar. Quarenta senadores votaram pela absolvição, 35 pela cassação e 6 se abstiveram.
Na prática, 46 senadores salvaram Renan e passaram por cima do parecer de Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) aprovado no Conselho de Ética por 11 votos a 4. Em um dos primeiros telefonemas para um amigo, logo depois de encerrada a sessão, Renan disse apenas: “Sobrevivi.”
Foram 5 horas e 30 minutos de sessão, só formalmente secreta - na prática houve entra-e-sai de deputados autorizados a acompanhar o julgamento. Com momentos de tensão, negociação e até de tranqüilidade, a sessão foi uma peça em dois atos. No primeiro, a cassação era dada como certa. No segundo, com o corpo-a-corpo da líder do PT, Ideli Salvatti (SC), e de Aloizio Mercadante (PT-SP), o cenário passou a pender para Renan. (...)
Brasil, uma gambiarra republicana
A CPMF na República provisória
Roberto Macedo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070913/not_imp50883,0.php
Foi Antonio Penteado Mendonça, também colaborador deste jornal, que me chamou a atenção para o provisório na Proclamação da República. De fato, consultando o decreto que a introduziu, o primeiro artigo está assim redigido, na grafia da época: "Fica proclamada provisoriamente e decretada como a forma de governo da nação brazileira - a República Federativa."
Embora centenária, nossa República não faz jus ao nome, no sentido moderno de um Estado efetivamente voltado para o interesse dos cidadãos e submetido à soberania do povo, por meio de representantes democraticamente eleitos. A falha principal é que o Estado e seus governantes são muito voltados para seus próprios interesses. Outra é que o sistema eleitoral tem as distorções da obrigatoriedade do voto, da proporcionalidade nas eleições de deputados e vereadores e de suplentes não votados de senadores.
As liberdades individuais e as eleições dão a sensação de democracia, mas estas últimas levam a governos pouco democráticos, em geral constituídos de mandões que se colocam acima do povo. Inclusive quando pegos em falcatruas, privilegiados que são no enfrentamento da Justiça, também falha por razões de sua própria incompetência.
Assim, embora esse texto do decreto assinado pelo marechal Deodoro pareça estranho, nossa República ainda merece ser vista como provisória, uma gambiarra republicana. A instalação definitiva está por vir.(...)
Roberto Macedo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070913/not_imp50883,0.php
Foi Antonio Penteado Mendonça, também colaborador deste jornal, que me chamou a atenção para o provisório na Proclamação da República. De fato, consultando o decreto que a introduziu, o primeiro artigo está assim redigido, na grafia da época: "Fica proclamada provisoriamente e decretada como a forma de governo da nação brazileira - a República Federativa."
Embora centenária, nossa República não faz jus ao nome, no sentido moderno de um Estado efetivamente voltado para o interesse dos cidadãos e submetido à soberania do povo, por meio de representantes democraticamente eleitos. A falha principal é que o Estado e seus governantes são muito voltados para seus próprios interesses. Outra é que o sistema eleitoral tem as distorções da obrigatoriedade do voto, da proporcionalidade nas eleições de deputados e vereadores e de suplentes não votados de senadores.
As liberdades individuais e as eleições dão a sensação de democracia, mas estas últimas levam a governos pouco democráticos, em geral constituídos de mandões que se colocam acima do povo. Inclusive quando pegos em falcatruas, privilegiados que são no enfrentamento da Justiça, também falha por razões de sua própria incompetência.
Assim, embora esse texto do decreto assinado pelo marechal Deodoro pareça estranho, nossa República ainda merece ser vista como provisória, uma gambiarra republicana. A instalação definitiva está por vir.(...)
quarta-feira, setembro 12, 2007
como Renan escapou
De fininho, pela porta dos fundos.
O resto foi com o homem da mala preta.
Ou, quem sabe, foi com o boi dourado da cara preta, livre de aftosa ?
O resto foi com o homem da mala preta.
Ou, quem sabe, foi com o boi dourado da cara preta, livre de aftosa ?
o que Lula disse para a Rainha da Suécia
Ô Siiilviaaaa ! Pirannnhaaaa !
He,he,he
He,he,he
besteira no ártico
O Molusco não tem jeito. Acha que todo mundo vive de bolsa-esmolão, e, portanto, vai aplaudi-lo com sinceridade, mesmo na escandinávia. Confunde gentileza com concordância, e honras a um chefe de estado com puxa-saquismo.
Infelizmente, deixaram-no em ambiente com ar condicionado. Se tivesse ficado ao relento, congelaria e o Magdo do Alvorada ficaria de boca fechada.
A crise que Lula não aceita
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070912/not_imp50098,0.php
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escolhe latitude nem platéia para falar bobagem sobre assuntos que só conhece "de ouvido". Desta vez foi no Círculo Polar Ártico e para os governantes da Finlândia. Falando sobre a crise financeira global, ele declarou que, sendo "um problema de política econômica dos EUA (...), não aceitaremos que joguem nas nossas costas os prejuízos de um jogo (do qual) não participamos", sem se lembrar que a Bovespa foi a bolsa do mundo que mais "aceitou" os prejuízos do jogo de que participa, como todas as bolsas deste mundo globalizado.
Para Lula, tudo se resume à "ganância de alguns investidores que compraram títulos de risco imaginando que estavam em um cassino e tiveram prejuízo". Acostumado a vencer todos os jogos de que participa apenas com a retórica, principalmente porque a platéia brasileira que o interessa não é capaz de perceber o engodo, Lula deve ter surpreendido seus anfitriões finlandeses ao pretender convencê-los de que a crise não chegará ao Brasil porque ele "não aceita que chegue".
Melhor seria para o Brasil que assunto sério fosse tratado com seriedade e conhecimento de causa pelas autoridades, a começar pela mais importante. Felizmente, há, entre elas, quem aja desse modo. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reconheceu que "ninguém está imune" aos efeitos da turbulência que perturba os mercados financeiros há várias semanas. E, com exceção "deste país", em todo o mundo é forte o temor de que, por causa da agitação dos mercados, a economia americana reduza seu ritmo de atividade, o que realimentaria a crise e afetaria o desempenho da economia mundial - inclusive o Brasil, aceite ou não o presidente Lula. (...)
Infelizmente, deixaram-no em ambiente com ar condicionado. Se tivesse ficado ao relento, congelaria e o Magdo do Alvorada ficaria de boca fechada.
A crise que Lula não aceita
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070912/not_imp50098,0.php
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escolhe latitude nem platéia para falar bobagem sobre assuntos que só conhece "de ouvido". Desta vez foi no Círculo Polar Ártico e para os governantes da Finlândia. Falando sobre a crise financeira global, ele declarou que, sendo "um problema de política econômica dos EUA (...), não aceitaremos que joguem nas nossas costas os prejuízos de um jogo (do qual) não participamos", sem se lembrar que a Bovespa foi a bolsa do mundo que mais "aceitou" os prejuízos do jogo de que participa, como todas as bolsas deste mundo globalizado.
Para Lula, tudo se resume à "ganância de alguns investidores que compraram títulos de risco imaginando que estavam em um cassino e tiveram prejuízo". Acostumado a vencer todos os jogos de que participa apenas com a retórica, principalmente porque a platéia brasileira que o interessa não é capaz de perceber o engodo, Lula deve ter surpreendido seus anfitriões finlandeses ao pretender convencê-los de que a crise não chegará ao Brasil porque ele "não aceita que chegue".
Melhor seria para o Brasil que assunto sério fosse tratado com seriedade e conhecimento de causa pelas autoridades, a começar pela mais importante. Felizmente, há, entre elas, quem aja desse modo. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reconheceu que "ninguém está imune" aos efeitos da turbulência que perturba os mercados financeiros há várias semanas. E, com exceção "deste país", em todo o mundo é forte o temor de que, por causa da agitação dos mercados, a economia americana reduza seu ritmo de atividade, o que realimentaria a crise e afetaria o desempenho da economia mundial - inclusive o Brasil, aceite ou não o presidente Lula. (...)
terça-feira, setembro 11, 2007
os custos para aprovar a CPMF
Além do custo financeiro de pagar o tributo por mais tempo, teremos o custo moral resultante do troca-troca nos anais do congresso.
Voto pró-CPMF será premiado com cargos
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac49652,0.htm
A estratégia traçada pelo governo e pelos 11 partidos da coalizão que o apóia para aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) será premiar os votos favoráveis com a nomeação de indicados para cargos nas estatais e no segundo escalão e com a liberação de verbas para as emendas parlamentares. (...)
Voto pró-CPMF será premiado com cargos
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac49652,0.htm
A estratégia traçada pelo governo e pelos 11 partidos da coalizão que o apóia para aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) será premiar os votos favoráveis com a nomeação de indicados para cargos nas estatais e no segundo escalão e com a liberação de verbas para as emendas parlamentares. (...)
segunda-feira, setembro 10, 2007
é a solução !
E assim disse uma ilustre leitora deste blog, sobre a choradeira dos china e o mensalão das ONGs:
" Já sei! Vamos montar uma ONG para facilitar as negociações comerciais com os chineses. Assim matamos dois coelhos com uma só paulada."
" Já sei! Vamos montar uma ONG para facilitar as negociações comerciais com os chineses. Assim matamos dois coelhos com uma só paulada."
nem Pequim agüenta mais
Acostumados a índices muito elevados de poluição; a usar tecnologia do século 19 para fabricar no século 21; a não tomar cuidado com padrões de qualidade; a ganhar mercado no melhor estilo Barba Ruiva e Capitão Gancho; e a, digamos, usar métodos pouco orotdoxos de negociação; os china, outrora pasteleiros e tintureiros e ora industriais e comerciantes globalizados, dizem, uníssonos:
Ninguém agüenta mais essa baderna no Brasil !
China reclama da burocracia brasileira
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/10/eco-1.93.4.20070910.1.1.xml
Empresários chineses reunidos com representantes brasileiros reclamaram dos empecilhos para negociar no Brasil, do peso dos impostos, do complicado processo para abrir empresas, da legislação trabalhista e das difíceis licenças ambientais.
Ninguém agüenta mais essa baderna no Brasil !
China reclama da burocracia brasileira
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/10/eco-1.93.4.20070910.1.1.xml
Empresários chineses reunidos com representantes brasileiros reclamaram dos empecilhos para negociar no Brasil, do peso dos impostos, do complicado processo para abrir empresas, da legislação trabalhista e das difíceis licenças ambientais.
o mensalão das ONGs
No quesito episódios, a série mensalão já passou Tubarão, Rock, Sexta-feira 13, e outras séries não tão nobres mas de conteúdo mais próximo do que está nos anais da distribuição de recursos públicos para filiados do partido e aliados políticos.
ONGs têm tentáculos em vários ministérios
http://www.uai.com.br/em.html
EM, 09/09/2007
Vão além do Ministério da Educação os tentáculos das organizações não-governamentais que tocam projetos de alfabetização, muitos deles marcados por irregularidades. Elas são agraciadas também com verbas dos ministérios da Agricultura, dos Esportes, da Integração Nacional, Cultura, Minas e Energia e Desenvolvimento Agrário. Só uma delas, a Alfabetização Solidária, fundada pela ex-primeira-dama Ruth Cardoso, já recebeu R$ 337 milhões nos últimos nove anos. A Controladoria-Geral da União (CGU) informa que não há impedimento legal para uma mesma ONG ter recursos de diferentes órgãos. Com forte ligação com o atual governo, a Agência do Desenvolvimento Solidário, que foi fundada pela Central Única dos Trabalhadores e teve como presidente o ministro da Previdência, Luiz Marinho, aprovou projetos de R$ 13.011.727, em diferentes ministérios. Em Recife, onde a entidade teria 42 salas de aula, um dos endereços cadastrados da ONG abriga um restaurante self-service.
ONGs têm tentáculos em vários ministérios
http://www.uai.com.br/em.html
EM, 09/09/2007
Vão além do Ministério da Educação os tentáculos das organizações não-governamentais que tocam projetos de alfabetização, muitos deles marcados por irregularidades. Elas são agraciadas também com verbas dos ministérios da Agricultura, dos Esportes, da Integração Nacional, Cultura, Minas e Energia e Desenvolvimento Agrário. Só uma delas, a Alfabetização Solidária, fundada pela ex-primeira-dama Ruth Cardoso, já recebeu R$ 337 milhões nos últimos nove anos. A Controladoria-Geral da União (CGU) informa que não há impedimento legal para uma mesma ONG ter recursos de diferentes órgãos. Com forte ligação com o atual governo, a Agência do Desenvolvimento Solidário, que foi fundada pela Central Única dos Trabalhadores e teve como presidente o ministro da Previdência, Luiz Marinho, aprovou projetos de R$ 13.011.727, em diferentes ministérios. Em Recife, onde a entidade teria 42 salas de aula, um dos endereços cadastrados da ONG abriga um restaurante self-service.
terça-feira, setembro 04, 2007
trocando seis por meia dúzia
Um banco estatal vai comprar outro banco estatal para evitar que o maior banco estatal perca mercado para os bancos privados.
Isso não é sensacional?
Por um acaso não seria razoável que o sistema financeiro fosse eminentemente privado ?
BB negocia a compra do Banco de Brasília
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco46464,0.htm
Como o BB tem restrições legais para comprar bancos privados, os estatais são uma alternativa de expansão
Numa reação ao processo de fusão e aquisição dos bancos privados, que ameaça a sua liderança no mercado brasileiro, o Banco do Brasil (BB) anunciou nesta terça-feira, 4, a intenção de comprar o Banco de Brasília (BRB), de propriedade do governo do Distrito Federal. Em comunicado ao mercado financeiro, BB e BRB informaram que iniciaram estudos para a operação.
A expectativa do BB, segundo fontes ouvidas pelo Grupo Estado, é a de que o processo esteja concluído no início de 2008. O BB já negocia com o Tesouro Nacional e o governo de Santa Catarina a incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), negócio que deverá ser fechado ainda este ano.
Com a compra do BRB, o BB quer "marcar território" e fazer frente ao crescimento dos bancos privados. Hoje, se um grande banco, como o Bradesco ou o Itaú, se unir a uma instituição financeira de porte médio, o BB pode perder a liderança do mercado.
Como o BB tem restrições legais para comprar bancos privados, os bancos estatais são uma alternativa de expansão. "Como o BB não pode adquirir nada do mercado, os bancos estatais são importantes para o crescimento", explicou uma fonte. (...)
Isso não é sensacional?
Por um acaso não seria razoável que o sistema financeiro fosse eminentemente privado ?
BB negocia a compra do Banco de Brasília
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco46464,0.htm
Como o BB tem restrições legais para comprar bancos privados, os estatais são uma alternativa de expansão
Numa reação ao processo de fusão e aquisição dos bancos privados, que ameaça a sua liderança no mercado brasileiro, o Banco do Brasil (BB) anunciou nesta terça-feira, 4, a intenção de comprar o Banco de Brasília (BRB), de propriedade do governo do Distrito Federal. Em comunicado ao mercado financeiro, BB e BRB informaram que iniciaram estudos para a operação.
A expectativa do BB, segundo fontes ouvidas pelo Grupo Estado, é a de que o processo esteja concluído no início de 2008. O BB já negocia com o Tesouro Nacional e o governo de Santa Catarina a incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), negócio que deverá ser fechado ainda este ano.
Com a compra do BRB, o BB quer "marcar território" e fazer frente ao crescimento dos bancos privados. Hoje, se um grande banco, como o Bradesco ou o Itaú, se unir a uma instituição financeira de porte médio, o BB pode perder a liderança do mercado.
Como o BB tem restrições legais para comprar bancos privados, os bancos estatais são uma alternativa de expansão. "Como o BB não pode adquirir nada do mercado, os bancos estatais são importantes para o crescimento", explicou uma fonte. (...)
vem aí o mensalão dos sindicatos !
Depois da nomeação de 300 mil militantes, do mensalão, do mensalinho em forma de bolsa esmolão, do trem bala da alegria e de declarar inocentes os indiciados pelo STF, agora teremos o mensalão dos sindicatos.
São R$1,24 bilhão para serem distribuídos aos companheiros e companheiras que labutam na porta das fábricas por melhores condições de trabalho para os trabalhadores sindicalizados.
A questão do imposto sindical (deveria ser contribuição expontânea) e as condições de trabalho dos não sindicalizados e de quem está no mercado informal são, claro, uma invensão da mídia neoliberal, que precisa urgentemente ser regulamentada para publicar somente elogios ao Molsuco.
Uma coisa não tem como negar: o cara é democrático com aqueles que fazem parte da panelinha. Dá mensalão para todos !
Centrais sindicais devem ganhar reconhecimento jurídico
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco46470,0.htm
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá anunciar amanhã o ato legal que vai reconhecer juridicamente as centrais sindicais. Originalmente, a idéia era assinar uma Medida Provisória, mas existe a possibilidade de o Planalto optar por um projeto de lei com pedido para tramitação em regime de urgência. "As centrais já têm reconhecimento político, mas não são reconhecidas do ponto de vista jurídico", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos.
Com status jurídico, as centrais poderão ingressar na Justiça para defender causas de interesse da categoria - coisa que hoje estão impedidas de fazer. As centrais também ganharão uma fonte de recursos: 10% das receitas da contribuição sindical, que sairão dos recursos hoje destinados ao governo federal. Tomando por base a arrecadação do ano passado, que foi de R$ 1,24 bilhão no total, as centrais receberão perto de R$ 124 milhões.
São R$1,24 bilhão para serem distribuídos aos companheiros e companheiras que labutam na porta das fábricas por melhores condições de trabalho para os trabalhadores sindicalizados.
A questão do imposto sindical (deveria ser contribuição expontânea) e as condições de trabalho dos não sindicalizados e de quem está no mercado informal são, claro, uma invensão da mídia neoliberal, que precisa urgentemente ser regulamentada para publicar somente elogios ao Molsuco.
Uma coisa não tem como negar: o cara é democrático com aqueles que fazem parte da panelinha. Dá mensalão para todos !
Centrais sindicais devem ganhar reconhecimento jurídico
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco46470,0.htm
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá anunciar amanhã o ato legal que vai reconhecer juridicamente as centrais sindicais. Originalmente, a idéia era assinar uma Medida Provisória, mas existe a possibilidade de o Planalto optar por um projeto de lei com pedido para tramitação em regime de urgência. "As centrais já têm reconhecimento político, mas não são reconhecidas do ponto de vista jurídico", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva Santos.
Com status jurídico, as centrais poderão ingressar na Justiça para defender causas de interesse da categoria - coisa que hoje estão impedidas de fazer. As centrais também ganharão uma fonte de recursos: 10% das receitas da contribuição sindical, que sairão dos recursos hoje destinados ao governo federal. Tomando por base a arrecadação do ano passado, que foi de R$ 1,24 bilhão no total, as centrais receberão perto de R$ 124 milhões.
o homem é um artista
Se ele convence paltéia não de não petistas, e se ele é um artista não palhaço, são outros quinhentos. He,he,he !
Ritual de exorcismo no PT
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070904/not_imp45893,0.php
Conta-se que certa vez, durante o regime militar, Tancredo Neves pediu ao seu companheiro de MDB Ulysses Guimarães que redigisse um manifesto condenando uma enormidade qualquer cometida pelo general-presidente de turno. Quando ficaram a sós, um assessor de Tancredo observou, inquieto: "Mas o Ulysses vai escrever um texto incendiário." Ao que o moderado político mineiro retrucou: "Não se preocupe. Depois eu elimino as passagens mais fortes. Já se eu fosse o autor, ele é que iria apimentar o texto." A anedota ajuda a entender por que, no 3º Congresso do PT, o presidente Lula chamou a si a condução do ritual de exorcismo do envolvimento da cúpula do partido com o mensalão, no seu primeiro mandato.
Em outras bocas, há de ter raciocinado, a defesa dos companheiros promovidos a réus no processo dos 40, aberto semana passada no Supremo Tribunal Federal (STF), poderia transbordar das medidas, incluindo, quem sabe, ataques aos juízes que votaram, em especial, pela pronúncia do ex-ministro José Dirceu por formação de quadrilha e corrupção ativa. No calor da hora, um orador mais exaltado poderia invocar a "faca no pescoço" com que os ministros teriam deliberado, como disse um deles, Ricardo Lewandowski, para depois se retratar. Tanto que Lula decidiu à última hora guardar-se de comparecer à abertura do evento, na sexta-feira, quando faria o intransferível discurso de honra da noite.
Irritado ao saber dos planos para uma manifestação de desagravo a Dirceu e ao ex-presidente da agremiação José Genoino, dois dos oito petistas processados, sem contar o expulso Delúbio Soares, Lula se ausentou para que não pairasse a menor dúvida sobre a sua contrariedade com a iniciativa. Mensagem recebida, compareceu no dia seguinte para monopolizar - e esgotar - o assunto. Só aparentemente falou de improviso: tudo, as palavras, a veemência, a expressão corporal, foi estudado para entusiasmar, dentro dos limites de suas conveniências, a platéia companheira que ainda hoje ele sabe hipnotizar como ninguém. Isso explica o sentido "morde-e-assopra" de sua locução.
De um lado, como se nada do que foi denunciado nesses dois anos tivesse acontecido, retomou a balela da pretensa superioridade ética do petismo. "Ninguém neste país tem mais autoridade moral, ética e política que o PT", bradou, calculadamente, com expressão de indignação na face e o indicador em riste. "Nenhum petista tem que ter vergonha de defender um companheiro." E arrematou: "Admito que tenha gente igual a nós; melhor não tem." De outro lado, não menos espertamente, lembrou que "nenhum deles foi inocentado, mas também nenhum deles foi culpado". E reiterou seu cósmico distanciamento dos atos daqueles que o teriam traído, segundo sua inesquecível "explicação". "Somente esses companheiros - nem eu nem vocês - sabem o que aconteceu." Justiça se lhe faça, o homem é um artista.
Virada, ao gosto de Lula, a página do mensalão, o terceiro conclave do gênero em duas décadas de história petista deixou claro que o partido só pensa naquilo - manter-se no poder. Que fazer com ele, como avançar no trato dos problemas nacionais, disso mal se falou, descontadas, notadamente, a irrelevância do plebiscito sobre a privatização da Vale do Rio Doce e a ameaça contida na resolução que exorta o governo a "atacar de frente o oligopólio privado (da mídia eletrônica), com estímulo à criação de novos veículos". E, em matéria eleitoral, a tensão entre o PT e Lula é mais do que latente. O partido está de olhos postos em 2010, quando viverá a inédita situação de não ter o seu nume tutelar candidato ao Planalto. Não digere, porém, a idéia de ficar sem alternativa própria.
Lula, por sua vez, só enxerga 2010 em função de 2014, quando imagina que poderá assumir a Presidência pela terceira vez. A condição necessária - mas obviamente insuficiente - para isso é transformar a sua atual coligação de governo numa coligação eleitoral, o que pode levar à escolha de um não petista para cabeça-de-chapa no próximo pleito, com Lula no papel de seu palanqueiro-mor. Não foi sem querer que ele citou Ciro Gomes, do PSB, e Nelson Jobim, do PMDB, como presidenciáveis. Mas decerto foi sem querer que o presidente falou aos petistas de sua laborfobia, ao confessar que, quando deixar a Presidência, fará "a única coisa que sei e gosto de fazer", que é "continuar viajando pelo Brasil".
Ritual de exorcismo no PT
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070904/not_imp45893,0.php
Conta-se que certa vez, durante o regime militar, Tancredo Neves pediu ao seu companheiro de MDB Ulysses Guimarães que redigisse um manifesto condenando uma enormidade qualquer cometida pelo general-presidente de turno. Quando ficaram a sós, um assessor de Tancredo observou, inquieto: "Mas o Ulysses vai escrever um texto incendiário." Ao que o moderado político mineiro retrucou: "Não se preocupe. Depois eu elimino as passagens mais fortes. Já se eu fosse o autor, ele é que iria apimentar o texto." A anedota ajuda a entender por que, no 3º Congresso do PT, o presidente Lula chamou a si a condução do ritual de exorcismo do envolvimento da cúpula do partido com o mensalão, no seu primeiro mandato.
Em outras bocas, há de ter raciocinado, a defesa dos companheiros promovidos a réus no processo dos 40, aberto semana passada no Supremo Tribunal Federal (STF), poderia transbordar das medidas, incluindo, quem sabe, ataques aos juízes que votaram, em especial, pela pronúncia do ex-ministro José Dirceu por formação de quadrilha e corrupção ativa. No calor da hora, um orador mais exaltado poderia invocar a "faca no pescoço" com que os ministros teriam deliberado, como disse um deles, Ricardo Lewandowski, para depois se retratar. Tanto que Lula decidiu à última hora guardar-se de comparecer à abertura do evento, na sexta-feira, quando faria o intransferível discurso de honra da noite.
Irritado ao saber dos planos para uma manifestação de desagravo a Dirceu e ao ex-presidente da agremiação José Genoino, dois dos oito petistas processados, sem contar o expulso Delúbio Soares, Lula se ausentou para que não pairasse a menor dúvida sobre a sua contrariedade com a iniciativa. Mensagem recebida, compareceu no dia seguinte para monopolizar - e esgotar - o assunto. Só aparentemente falou de improviso: tudo, as palavras, a veemência, a expressão corporal, foi estudado para entusiasmar, dentro dos limites de suas conveniências, a platéia companheira que ainda hoje ele sabe hipnotizar como ninguém. Isso explica o sentido "morde-e-assopra" de sua locução.
De um lado, como se nada do que foi denunciado nesses dois anos tivesse acontecido, retomou a balela da pretensa superioridade ética do petismo. "Ninguém neste país tem mais autoridade moral, ética e política que o PT", bradou, calculadamente, com expressão de indignação na face e o indicador em riste. "Nenhum petista tem que ter vergonha de defender um companheiro." E arrematou: "Admito que tenha gente igual a nós; melhor não tem." De outro lado, não menos espertamente, lembrou que "nenhum deles foi inocentado, mas também nenhum deles foi culpado". E reiterou seu cósmico distanciamento dos atos daqueles que o teriam traído, segundo sua inesquecível "explicação". "Somente esses companheiros - nem eu nem vocês - sabem o que aconteceu." Justiça se lhe faça, o homem é um artista.
Virada, ao gosto de Lula, a página do mensalão, o terceiro conclave do gênero em duas décadas de história petista deixou claro que o partido só pensa naquilo - manter-se no poder. Que fazer com ele, como avançar no trato dos problemas nacionais, disso mal se falou, descontadas, notadamente, a irrelevância do plebiscito sobre a privatização da Vale do Rio Doce e a ameaça contida na resolução que exorta o governo a "atacar de frente o oligopólio privado (da mídia eletrônica), com estímulo à criação de novos veículos". E, em matéria eleitoral, a tensão entre o PT e Lula é mais do que latente. O partido está de olhos postos em 2010, quando viverá a inédita situação de não ter o seu nume tutelar candidato ao Planalto. Não digere, porém, a idéia de ficar sem alternativa própria.
Lula, por sua vez, só enxerga 2010 em função de 2014, quando imagina que poderá assumir a Presidência pela terceira vez. A condição necessária - mas obviamente insuficiente - para isso é transformar a sua atual coligação de governo numa coligação eleitoral, o que pode levar à escolha de um não petista para cabeça-de-chapa no próximo pleito, com Lula no papel de seu palanqueiro-mor. Não foi sem querer que ele citou Ciro Gomes, do PSB, e Nelson Jobim, do PMDB, como presidenciáveis. Mas decerto foi sem querer que o presidente falou aos petistas de sua laborfobia, ao confessar que, quando deixar a Presidência, fará "a única coisa que sei e gosto de fazer", que é "continuar viajando pelo Brasil".
segunda-feira, setembro 03, 2007
oferta de concessão a sindicalistas e políticos
Mais bondades federais
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070903/not_imp45334,0.php
(...) As despesas com a folha continuarão a crescer velozmente, nos próximos anos, proporcionando ao funcionalismo um benefício inacessível aos demais trabalhadores - e à custa destes. (...)
(...) Nesse projeto, incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está previsto um aumento real de até 1,5% para os gastos com os servidores. O benefício será anual e aquela porcentagem será acrescida à correção com base no IPCA, o indicador usado como referência para a política de meta inflacionária. Segundo o ministro, o governo poderá rever a proposta e elevar o teto de variação real para 2%.
Ainda não há negociação sobre o assunto, disse o ministro, mas não se deve, segundo ele, excluir a hipótese. É um preciosismo quase risível, nesse caso, negar a existência de uma negociação. As palavras do ministro são praticamente uma oferta de concessão a sindicalistas e políticos. Centrais sindicais e seus aliados no Congresso já estavam bombardeando o projeto do governo e a idéia de elevar o teto, segundo Paulo Bernardo, partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa reunião com sindicalistas. (...)
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070903/not_imp45334,0.php
(...) As despesas com a folha continuarão a crescer velozmente, nos próximos anos, proporcionando ao funcionalismo um benefício inacessível aos demais trabalhadores - e à custa destes. (...)
(...) Nesse projeto, incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está previsto um aumento real de até 1,5% para os gastos com os servidores. O benefício será anual e aquela porcentagem será acrescida à correção com base no IPCA, o indicador usado como referência para a política de meta inflacionária. Segundo o ministro, o governo poderá rever a proposta e elevar o teto de variação real para 2%.
Ainda não há negociação sobre o assunto, disse o ministro, mas não se deve, segundo ele, excluir a hipótese. É um preciosismo quase risível, nesse caso, negar a existência de uma negociação. As palavras do ministro são praticamente uma oferta de concessão a sindicalistas e políticos. Centrais sindicais e seus aliados no Congresso já estavam bombardeando o projeto do governo e a idéia de elevar o teto, segundo Paulo Bernardo, partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa reunião com sindicalistas. (...)
domingo, setembro 02, 2007
Lula e a quadrilha
Oposição sobe o tom e relaciona Lula a mensalão
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac45250,0.htm
Declaração do presidente de que PT está eticamente acima de todos gera revolta
A defesa dos petistas réus no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) e a declaração de que o PT está acima de todos na autoridade moral, ética e política - feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 3º Congresso do PT, realizado nesse final de semana, em São Paulo - provocaram a oposição.
O tom da reação subiu no sábado, 1º, e Lula foi diretamente ligado à "quadrilha", como classificou o Ministério Público na denúncia para identificar os responsáveis do mensalão. No processo aberto pelo Supremo, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e ex-dirigentes petistas são acusados por formação de quadrilha e corrupção ativa.
"Os cabeças da quadrilha despachavam no Palácio do Planalto, ao lado dele (Lula). Foi o presidente Lula que entregou a chave dos cofres púbicos aos ladrões", afirmou o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).
"O dinheiro desviado pela quadrilha do mensalão pagou campanhas eleitorais do PT, a começar pela que elegeu Lula em 2002. O dinheiro público 'comprou' votos dos mensaleiros para sustentar o governo Lula. E até dívidas pessoais do presidente podem ter sido pagas pelo esquema", continuou Maia. O presidente do DEM disse que Lula tenta enganar a população sobre o mensalão. "Quem mente o tempo todo não tem caráter", afirmou Maia.
O líder do Psol na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), acusou o governo de ser cúmplice com o esquema de corrupção. "O governo está ficando cada vez mais conivente com a corrupção sistêmica", afirmou Alencar. "Jobim virou ministro da defesa de Renan", disse, referindo-se à reunião do ministro da Defesa, Nelson Jobim, na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no sábado passado, junto com o advogado do senador Eduardo Ferrão.
Renan será julgado nesta semana no Conselho de Ética no primeiro dos três processos que pedem a cassação de seu mandato. Jobim disse que a visita foi de cortesia.
Alencar considerou surpreendentes as declarações do presidente em defesa dos petistas acusados de envolvimento no mensalão. "Isso é péssimo. O pessoal vai se sentir autorizado a continuar com essas `informalidades de campanha' ou com os erros que todo mundo comete, como os petistas denominam o esquema do mensalão", disse o líder do Psol.
Para o líder do Psol, o presidente Lula está "abusando do direito de ser contraditório e incoerente". No momento em que estourou o escândalo do mensalão, lembrou Alencar, o presidente Lula disse ter sido traído e, agora, frente a uma platéia de petistas, pede solidariedade aos que o teriam traído. "Visto por esse Congresso, para o PT parece que não aconteceu nada, a não ser uma grande injustiça com o partido", avaliou Alencar.
O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) citou frase de Rui Barbosa para dizer que o presidente Lula está desmoralizando as instituições brasileiras. "A autoridade é que está demolindo a autoridade. O governo é que se ocupa em solapar o governo e a ordem é que está trabalhando pela desordem. É impressionante como a avaliação de Rui Barbosa no começo do século passado se aplica à situação atual", afirmou o tucano.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac45250,0.htm
Declaração do presidente de que PT está eticamente acima de todos gera revolta
A defesa dos petistas réus no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) e a declaração de que o PT está acima de todos na autoridade moral, ética e política - feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 3º Congresso do PT, realizado nesse final de semana, em São Paulo - provocaram a oposição.
O tom da reação subiu no sábado, 1º, e Lula foi diretamente ligado à "quadrilha", como classificou o Ministério Público na denúncia para identificar os responsáveis do mensalão. No processo aberto pelo Supremo, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e ex-dirigentes petistas são acusados por formação de quadrilha e corrupção ativa.
"Os cabeças da quadrilha despachavam no Palácio do Planalto, ao lado dele (Lula). Foi o presidente Lula que entregou a chave dos cofres púbicos aos ladrões", afirmou o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).
"O dinheiro desviado pela quadrilha do mensalão pagou campanhas eleitorais do PT, a começar pela que elegeu Lula em 2002. O dinheiro público 'comprou' votos dos mensaleiros para sustentar o governo Lula. E até dívidas pessoais do presidente podem ter sido pagas pelo esquema", continuou Maia. O presidente do DEM disse que Lula tenta enganar a população sobre o mensalão. "Quem mente o tempo todo não tem caráter", afirmou Maia.
O líder do Psol na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), acusou o governo de ser cúmplice com o esquema de corrupção. "O governo está ficando cada vez mais conivente com a corrupção sistêmica", afirmou Alencar. "Jobim virou ministro da defesa de Renan", disse, referindo-se à reunião do ministro da Defesa, Nelson Jobim, na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no sábado passado, junto com o advogado do senador Eduardo Ferrão.
Renan será julgado nesta semana no Conselho de Ética no primeiro dos três processos que pedem a cassação de seu mandato. Jobim disse que a visita foi de cortesia.
Alencar considerou surpreendentes as declarações do presidente em defesa dos petistas acusados de envolvimento no mensalão. "Isso é péssimo. O pessoal vai se sentir autorizado a continuar com essas `informalidades de campanha' ou com os erros que todo mundo comete, como os petistas denominam o esquema do mensalão", disse o líder do Psol.
Para o líder do Psol, o presidente Lula está "abusando do direito de ser contraditório e incoerente". No momento em que estourou o escândalo do mensalão, lembrou Alencar, o presidente Lula disse ter sido traído e, agora, frente a uma platéia de petistas, pede solidariedade aos que o teriam traído. "Visto por esse Congresso, para o PT parece que não aconteceu nada, a não ser uma grande injustiça com o partido", avaliou Alencar.
O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) citou frase de Rui Barbosa para dizer que o presidente Lula está desmoralizando as instituições brasileiras. "A autoridade é que está demolindo a autoridade. O governo é que se ocupa em solapar o governo e a ordem é que está trabalhando pela desordem. É impressionante como a avaliação de Rui Barbosa no começo do século passado se aplica à situação atual", afirmou o tucano.
PT rumo ao golpismo e à reestatização
Num sinal de clara sintonia com o socialismo do século 21 de Hugo Chavez, Lula Kiko coordenou a patota no mantra anti-neoliberal e etc, etc, que, no fundo, quer dizer " vamos confiscar tudo para nós e escravizar todo mundo numa sociedade corrupta, imoral, sem transparência e sem liberdade de expressão e de imprensa.
O fim das liberdades foi claramente estabelecido por Joseph Dirceu, o chefe da quadrilha, quando disse que vivemos a ditadura da mídia.
Quem foi mesmo o engraçadinho que o trocou pelo embaixador americano sequestrado ?
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac44862,0.htm
Em contradição com o próprio governo do PT, o 3º Congresso Nacional do partido aprovou neste sábado, 1º, sem que ninguém defendesse contra e quase por unanimidade, o apoio ao plebiscito sobre a reestatização da Companhia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997, no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, por R$ 3 bilhões. A consulta já começou: está programada para 1 a 7 de Setembro, Semana da Pátria, como parte do 13º Grito dos Excluídos, cujo tema será "Isto não vale: queremos participação nos destinos da nação". É promovida por organizações sindicais e sociais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O PT aprovou ainda as propostas de reforma política e a criação de uma Constituinte exclusiva para tratar do tema. Três emendas foram submetidas à votação. A que foi aprovada traz, entre as sugestões, a de que a reforma política não seja uma discussão restrita ao Congresso Nacional. "Precisamos dar um passo adiante e levar o debate de reforma política para as ruas", disse o deputado Rubens Otoni, durante apresentação da emenda. "Somos a favor do financiamento público exclusivo e do fim das reeleições", acrescentou. (...)
O fim das liberdades foi claramente estabelecido por Joseph Dirceu, o chefe da quadrilha, quando disse que vivemos a ditadura da mídia.
Quem foi mesmo o engraçadinho que o trocou pelo embaixador americano sequestrado ?
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac44862,0.htm
Em contradição com o próprio governo do PT, o 3º Congresso Nacional do partido aprovou neste sábado, 1º, sem que ninguém defendesse contra e quase por unanimidade, o apoio ao plebiscito sobre a reestatização da Companhia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997, no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, por R$ 3 bilhões. A consulta já começou: está programada para 1 a 7 de Setembro, Semana da Pátria, como parte do 13º Grito dos Excluídos, cujo tema será "Isto não vale: queremos participação nos destinos da nação". É promovida por organizações sindicais e sociais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O PT aprovou ainda as propostas de reforma política e a criação de uma Constituinte exclusiva para tratar do tema. Três emendas foram submetidas à votação. A que foi aprovada traz, entre as sugestões, a de que a reforma política não seja uma discussão restrita ao Congresso Nacional. "Precisamos dar um passo adiante e levar o debate de reforma política para as ruas", disse o deputado Rubens Otoni, durante apresentação da emenda. "Somos a favor do financiamento público exclusivo e do fim das reeleições", acrescentou. (...)
eleições 2008
Vem aí a maior série de golpes baixos numa eleição da história da república. Conforme declarações do Molusco, o governo federal vai intervir nas eleições como nunca na história deste país. E tudo indica que não se fará de rogado.
Vai ter sem-vergonhice, pois, conforme discurso no congresso do PT, clamou para que os militantes não tenham vergonha de ser petista. Ou seja, clamou para que os petistas sejam sem vergonha.
Também vai ter aumento do bolsa esmolão e do salário mínimo, vai incluir mais eleitores no bolsa esmolão - jovens entre 15 e 17 anos -, vai ter canteiro de obras -mais não necessáriamente obras -, e vai subir no palanque dos candidados da base aliada, entre outras sutilezas.
Mas o mais sutil de todos os deslocamentos estratégios para uso da máquina pública em prol da perpetuação no poder foi a mudança do diretor da ABIN. Será que vamos ter o uso da inteligência a serviço dos candidatos do governo ?
Vai ter sem-vergonhice, pois, conforme discurso no congresso do PT, clamou para que os militantes não tenham vergonha de ser petista. Ou seja, clamou para que os petistas sejam sem vergonha.
Também vai ter aumento do bolsa esmolão e do salário mínimo, vai incluir mais eleitores no bolsa esmolão - jovens entre 15 e 17 anos -, vai ter canteiro de obras -mais não necessáriamente obras -, e vai subir no palanque dos candidados da base aliada, entre outras sutilezas.
Mas o mais sutil de todos os deslocamentos estratégios para uso da máquina pública em prol da perpetuação no poder foi a mudança do diretor da ABIN. Será que vamos ter o uso da inteligência a serviço dos candidatos do governo ?