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terça-feira, julho 31, 2007

PAC empaca 

Depois dos problemas no parlamento e no IBAMA, agora os problemas no nosso exemplar judiciário - o única que falha ao tardar, mas não tarda a falhar.

Em breve, problemas com os índices de popularidade e com os conchavos eleitorais nas eleições municipais.


Justiça já recebeu 146 ações que ameaçam emperrar obras do PAC
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070731/not_imp27507,0.php

Depois da polêmica sobre os prazos para a concessão de licenças ambientais para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a próxima ameaça à principal vitrine do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dos tribunais. Um levantamento feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) identificou 146 ações na Justiça que contestam empreendimentos do PAC - problema recorrente no País (leia entrevista nesta página). Em alguns casos, há pedido de suspensão das obras. Nessa lista, estão a duplicação da BR-101, a usina hidrelétrica de Estreito (MA) e a transposição do Rio São Francisco. (...)

viva a privatização ! 

É só comparar a Infraero com a telefonia, particularmente móvel; e agora a Vale com a Petrobrás.

Tira o governo que as coisas funcionam !


Vale passa Petrobras e tem ação mais negociada na América Latina
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u316456.shtml

Depois de passar a Petrobras no rol das empresas de capital aberto mais lucrativas da América Latina, a Companhia Vale do Rio Doce se tornou, em julho, a empresa com a ação mais negociada na região. (...)

segunda-feira, julho 30, 2007

Cruzem os dedos ! 

Lula pode morrer de acidente aéreo a qualquer momento!

O Aerolula é um Airbus, tipo o da TAM que se epatifou contra o predio da TAM recentemente, e tem um defeito que trás grande risco!

Eba! Eba! Eba!


Para pilotos, o projeto do Airbus também deve ser investigado
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u316116.shtml

(...) Segundo Carlos Camacho, diretor de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o manuseio dos manetes do Airbus é mais complicado que o de outras aeronaves, como o Boeing. O comando conhecido como "marcha lenta", segundo ele, exige que a alavanca esteja na posição exata.

"Se passar uma ponta de lápis, a turbina pode continuar acelerando. E o piloto tem de colocar o manete na posição certa em três segundos, quando o avião estiver para tocar o solo", disse. Segundo ele, uma pista pequena como a de Congonhas e a ausência de uma área de segurança de final de pista colaboram na pressão ao piloto." (...)

sábado, julho 28, 2007

algumas perguntas ao movimento "cansei" 

by politsBURGER

Como diria o pessoal do Rock Gol: Que bonito! Que alegria! Que beleza!

Não há como negar que é uma iniciativa louvável, mas não custa verificar se existe alguma possibilidade de o discurso se aliar à prática.

A primeira coisa que gostaria de saber é se esta atitude vale para os adevogados. Há uma penca de picaretas enrolando as pessoas, e nem sempre as providências cabíveis são tomadas, mesmo quando requisitadas formalmente ou em juízo. Excessão para os casos que coloca a ADEBRA - Adevogados do Brasil - sob os holofotes.

Será que existe a intensão de mexer com o status quo? De quem ? Vão tirar a ADEBRA da constituição ? Ou vão colocar as outras entidades de classe - e porque não as esportivas e desportivas ?

Vão pedir fim de sigilo bancário e fiscal? Vão pedir para a receita federal cruzar renda declarada, patrimônio e movimentação financeira ? Se forem incompativeis, vai haver bloqueio e eventual confisco ?

Afinal, os criminosos só cometem crime porque as atividades ilicitas são lucrativas. E ninguém do Estado desorganizado se mexe para acabar com a rentabilidade do crime organizado.

Mais: vão acabar com os vices de cargos executivos eletivos - prefeitos, governadores e presidente da republica ? Em um mundo on line wireless, vice é uma excrescência medieval e mais uma fonte de dinheiro público jogado fora.

Mais, ainda: vão acabar com a remuneração de vereadores em cidades com menos de 100 mil habitantes? Vão parar de propor criação de estados e municipios? Vão arrumar um jeito dos estados e municipios economicamente inviáveis terem seu próprio sustento ? Ou vão continuar perpetuando a transferência de recursos intra e intergeracionalmente ? Vai ter voto distrital puro com cláusula de recall ? Vai ser eleito quem tiver mais votos ? Ou tudo não vai passar de uma bela peça de propaganda para, efetivamente, deixar tudo como está para ver como é que fica ?

Tudo indica que este será mais um movimento essencialmente peristáltico, por não ir ao cerne do problema.

p.s. para acompanhar o movimento, visite http://blog.cansei.com.br/

sexta-feira, julho 27, 2007

Brasil duvida de si 

Todo mundo está esfregando a cara do Molusco. Mas isso é suficiente para que fique limpa ? Creio que não !

Acidente aéreo fez Brasil duvidar de si, diz jornal

Berliner Zeitung disse que confiança do país no progresso foi ''abalada''.
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac25756,0.htm

Um artigo publicado nesta sexta-feira no jornal alemão Berliner Zeitung diz que o Brasil passou a "se colocar em dúvida" desde o acidente com o Airbus A320 da TAM.

A reportagem fala do que chama a "eterna oscilação (brasileira) entre o sentimento de inferioridade e o otimismo em relação ao progresso", afirmando que a segunda metade da equação foi "abalada" pelo incidente.

"A idéia de progresso está na base da construção da identidade nacional brasileira", afirma o Berliner Zeitung, citando o mote nacional "Ordem e Progresso", contido na bandeira brasileira.

Mas o país de dimensões continentais e confiança no futuro entra em crise diante de um acidente que remete a lembrança à célebre frase - que ninguém sabe se foi mesmo dita pelo presidente francês Charles De Gaulle, segundo o jornal - de que "o Brasil não é um país sério".

"A catástrofe trouxe junto a (lembrança da) mediocridade geral, a incompetência", enquanto, nas palavras do deputado federal Fernando Gabeira reproduzidas pelo jornal, "o povo mesmo é uma abstração destinada a sofrer".

Ao mesmo tempo, diz o artigo, as responsabilidades pelo acidente são transferidas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não literalmente, avisa o jornal, por que não lhe cabe, mas "simbolicamente".

"O fracasso do Estado se torna assim personalizado." (...)

quinta-feira, julho 26, 2007

o problema é o “mais ou menos” 

Esta observação do Piza vale não só para sistema de aviação civil, mas também para os outros tipos de transporte - rodoviário, ferroviário, hidroviário e marítimo -, os malditos 0800, repartição pública e condomínio.

Operação crítica

O Estado de São Paulo 22 de julho de 2007
http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=2212

(...) o problema é o “mais ou menos”, os parâmetros frouxos, a falta de rigor com as normas internacionais, a complacência diante de sinais de alto risco, a conivência com os interesses particulares. É o “toma cuidado aí, tá escorregadia”, é o “deixe estar para ver como é que fica”. É a falta de espírito público e ação metódica, como já dizia Aldous Huxley há 40 anos.

A acochambração, o “jeitinho”, só serve para encobrir a necessidade de enfrentar um problemão, complexo, que exige responsáveis que assumam seu papel. É hora de aumentar o nível de exigência, e não de largar o manche. (...)

quarta-feira, julho 25, 2007

A soma de todas as dores 

por Jorge Forbes, psicanalista

Dói. Dói muito, como dói. Dói pelos que foram queimados. Dói porque nós sabíamos e deixamos. Dói porque no fundo – todos - apostamos na ficha errada. Dói porque podia não ter doído.

A dor coletiva é diferente da dor individual. O número 170, 180, 200, 200 e pouco, não importa. Em seu anonimato ele nos nomeia. Somos 200, sim, 200 milhões enlutados. A chama do Pan ganhou novo e triste sentido. Aplaudimos os atletas com uma lágrima nos olhos; suas energias vitais aumentam nossa saudade dos 200, pelo contraste. Não precisava ter sido assim.

A morte nunca é natural para o humano. Se fosse, não haveria velórios, nem enterros, nem dia de lembrança dos mortos. Não há morte conhecida e morte desconhecida – ela é sempre desconhecida - porque morte, assim como o amor, não se entende. Mas pode-se falar em morte esperada ou surpreendente. Ela é esperada na velhice e na lenta doença grave. Fora disso, ela é incabível em nosso sentir, tanto mais se coletiva. Quando acontece com um, falamos em azar; com muitos, é azar demais; vem a desconfiança, a revolta, queremos achar os culpados. Ora, para isso, não é preciso ir muito longe: companhia aérea e governo, ponto.

Agora, a quem vamos reclamar o nosso sofrimento: ao bispo, como diziam os antigos? A um Ministro da Defesa que nos deixa tão indefesos, há tanto tempo? A essas companhias aéreas nas quais, a cada vôo, você pensa ter crescido, tal o espremido indecente das pernas dos passageiros, em nome de uma sardinha a mais? Parece pouco, não o é: o descuido com as pessoas começa nos detalhes e não nos grandes feitos.

Mas nós fomos levando, sempre na idéia da brasilidade divina que nos faz acreditar que tudo se ajeita, mesmo quando o deus brasileiro dá sinais de fraqueza frente ao deus brasiliense. O que fazer: queimá-los vivos? Talião não funciona. Não viajar mais de avião? Será possível por certo tempo, não muito, em um país continental (dá para congelar uma empresa específica, se recusar a voar por ela, isso dá). Desconhecer, não falar mais, esquecer, dizer que não é comigo? Seria abandonar a cidadania e, com ela, a si próprio – eu é um outro, já dizia Rimbaud.

Não é a revolta que nos fará melhores. A revolta, paradoxalmente, aumenta o poder daqueles contra quem nos revoltamos. De cara, ela afirma o lugar de maior poder da pessoa ou da instituição visada - é simples constatar - e coloca o revoltado em posição inferior. Qualquer adolescente aprende essa lição após as primeiras frustrações; depois, pelo visto, esquece.

Ficamos tentando localizar todos os pêlos desse ovo mortal. Há mesmo um prazer nesse exercício. Foi bom para o trânsito liberarem a avenida do desastre doze horas depois, mostrou a eficiência dos bravos bombeiros. Foi ruim para as pessoas. Aquele desfile automobilístico, de curiosidade mórbida, em frente ao local do acidente, poderia ter sido evitado. O que é um congestionamento a mais, em nossos sentimentos abarrotados de dor? Também não tem sentido o regozijo público dos que perderam o avião, trocaram o horário do vôo, ou a sua rota. O que está sendo buscado? Ganhadores de uma loteria mortal, como se o acidente fosse uma roleta-russa que premia os sobreviventes? Oh, arrogância.

Silêncio! Não é à toa que se faz um minuto de silêncio. Os momentos fundamentais de nossas vidas exigem o silêncio, o mais profundo dos sons. O silêncio antes do aplauso, ao fim de uma sinfonia; o silêncio frente à tragédia. O que não tem nome, melhor se captura com o silêncio. Difícil a suportar, mas necessário.

Basta de ministra relaxada gozando de passageiro e de ministro confundindo descalabro aeronáutico com índice econômico positivo. É de dar dó, mais que raiva. Basta, mas por isso mesmo, não esperemos muito deles; seria incoerente. Deveremos nos resignar, então? Claro que não: deprimir-se é uma covardia moral, afirmava Lacan, duramente.

Nós, brasileiros, vivemos um momento especial de solidariedade interna e mundial. Hoje, aquela pessoa que passa por nós na calçada não é um assaltante em potencial, que, para evitar, cruzamos a rua, ou fechamos às pressas a janela do carro. A dor nos iguala, nossas diferenças sociais se abrandam, um novo paradigma se instala. Sabemos quão provisória é essa situação se deixada a seu próprio curso. Primeiro a indignação, depois a depressão seguida de resignação e, por fim, o esquecimento. Conhecemos bem os passos dessa estrada e que eles não vão dar em nada, como já foi cantado.

É possível fazer durar esse momento de solidariedade sem novas lições trágicas. Como? O que estamos fazendo nesse momento tão difícil mostra uma possibilidade: compartindo – cada um a seu modo e na sua intensidade – um sentimento solidário. Na palavra solidariedade tem “solidão”, etimologicamente. Pois bem: há como sermos solitários e juntos.

Santos Dumont é brasileiro. Ele conquistou os ares, sua descoberta nos elogia. Gostamos de voar, “fazendeiros do ar”, mas não temos sido competentes em continuar o sonho de Santos Dumont. Fomos atingidos, mais uma vez, no âmago dos nossos sonhos. Uma descoberta tem que ser renovada, reajustada diariamente, pois ela é sempre incompleta. Um sonho não foi feito para ser repetido, mas para desencadear outros.

Dói. Dói muito, como dói. Dói mais ainda porque podia não ter doído.

Artigo publicado no jornal FOLHA DE SÃO PAULO no domingo 22 de julho de 2007, em sua Revista da Folha.

http://www.jorgeforbes.com.br/br/contents.asp?s=23&i=103

Por que o pessoal não se demite? 

Esta foi enviada por um ilustre leitor deste blog.

Mentiras
Carlos Sardenberg
http://g1.globo.com/Noticias/Colunas/0,,7407,00.html

Todos os órgãos responsáveis pelo setor aéreo – Aeronáutica, Anac, Infraero – sustentavam que as operações em Congonhas eram seguras e seguiam os padrões internacionais ótimos e atualizados.

Agora, dizem que a diminuição do número de vôos em Congonhas vai garantir mais segurança. Ou seja, antes não era.

A Infraero informa que já iniciou as obras para introduzir as ranhuras (o famoso grooving) na pista principal de Congonhas. Diz que o serviço será executado em 20 dias, por uma força tarefa que vai trabalhar à noite para não atrapalhar o funcionamento da pista auxiliar durante o dia. Antes, a mesma Infraero dizia que as ranhuras nem eram tão necessárias e que as obras demorariam o dobro do tempo e que poderiam interromper o tráfego.

A Aeronáutica informa agora que nenhum aeroporto brasileiro tem o ILS3 – sistema de aproximação das aeronaves por instrumentos, que permite pousos com visibilidade quase nula, durante nevoeiros e chuvas fortes. Congonhas usa o ILS1, primeira versão desse aparelho. Guarulhos, mais avançado, tem o ILS2.

Ou seja, o sistema de segurança não está atualizado (nós, os leigos, ficávamos mesmo intrigados: como é que não se podia pousar com chuva se nos EUA e Europa se pousa com neve? A resposta está aí: ILS3 e pistas melhores).

Assim, quando as autoridades informam que os atrasos do dia se devem à chuva e ao nevoeiro, é falso. Devem-se à falta de instrumentos.

Em tempo: cada um desses ILS3 custa cerca de R$ 4 milhões. Para equipar com isso os dez principais aeroportos se gastaria uma mixaria, se comparada a quantia com o que se gastou com as reformas externas de Congonhas e Santos Dumont.

Tudo indica que a administração de todas as áreas – tráfego, aeroportos e segurança – falhou. Por que o pessoal não se demite?

Molusco covarde e desumano 

Covarde porque corre para a barra da saia de quem ganha bolsa esmolão. Desumano porque não deu a mínima nem para a dor dos familiares das vítimas da tragédia anunciada ,nem para a angústia dos que usam a aviação civil no Brasil.

Que falta um estadisda, não há dúvida. Que ele é um imbecil, não há dúvida. Que os assessores por ele escolhidos são toscos e torpes, não há dúvida. Agora, a certeza de que falta humanismo.

A prioridade continua sendo a popularidade.


O presidente em seu reduto
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/25/edi-1.93.5.20070725.1.1.xml

Às 20h30 de 17 de julho de 1996, um Jumbo da TWA explodiu sobre o Atlântico minutos depois de levantar vôo de Nova York. Todos os 212 passageiros e 18 tripulantes morreram. Nas caóticas horas que se seguiram, as famílias das vítimas que convergiram para o Aeroporto Kennedy reagiam com ira e desespero à falta de notícias sobre a tragédia. Levadas para um salão, viram a porta abrir-se para o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. O que se passou em seguida foi um dos momentos mais fortes dos seus oito anos na Casa Branca. Desacompanhado, ele foi de grupo em grupo, abraçando e confortando as pessoas em voz baixa. Ouviu protestos, cobranças, desabafos. Quando enfim se retirou, o ambiente era apenas de quieta resignação.

Não se pode exigir de chefes de governo convencionais a naturalidade quase sobre-humana com que ele se entrosa com gente do povo, mesmo nos piores momentos, evocando o sentido original do termo grego simpatizar: sentir com. Nas situações de luto coletivo, esse talento dos chefes de governo para a comunhão produz um efeito terapêutico que não se limita aos atingidos mais de perto pelo acontecimento doloroso. Transmite, para toda a sociedade traumatizada, o sinal confortador de que o dirigente maior da nação, além de solidário no sofrimento, é alguém em cujos cuidados se pode confiar. Clinton é um caso à parte, mas agora mesmo outros governantes o imitaram - e não foi pela primeira vez.

Na manhã do último domingo, um ônibus que transportava 50 peregrinos poloneses ao santuário de Notre-Dame de la Salette, perto de Grenoble, a 700 quilômetros de Paris, mergulhou num rio, matando 26 deles. Duas horas depois, ali já se encontravam o primeiro-ministro François Fillon e outros membros do governo francês. Pouco mais tarde, quando chegou ao local, o presidente da Polônia Lech Kaczynski encontrou à sua espera o colega Nicolas Sarkozy. Depois de visitar os sobreviventes hospitalizados, ele anunciou que acompanhará pessoalmente o inquérito sobre o acidente.

Impossível não comparar tais condutas com o sumiço do presidente Lula depois da catástrofe de Congonhas em que morreram 199 pessoas.

Principalmente porque, transmitidas as condolências em rede nacional, após 72 horas de relutância, ele tornou a submergir. Passou o fim de semana trancado na residência oficial e só voltou à tona no programa de rádio das segundas-feiras Café com o Presidente, gravado no seu gabinete. Tornou a dizer, então, o óbvio ululante sobre a impropriedade de se fazer “julgamentos precipitados” sobre a explosão do Airbus da TAM. E, na contramão até do senso comum, considerou “quase irresponsável” que se debatam publicamente as causas da tragédia.

Hoje, o quase emudecido Lula volta à vida normal - à sua maneira, bem entendido. Viaja à noite para o Nordeste, seu reduto por excelência, para um giro por Aracaju, João Pessoa, Natal e Teresina. À época do escândalo do mensalão, o Nordeste era o pouso preferido do presidente. O pretexto, desta vez, é o lançamento de projetos do PAC, o que rende a discurseira para platéias prontas a aplaudir seja lá o que lhes diga o seu ídolo, embora, pelo retrospecto, isso não garanta futuras realizações práticas. O lançamento do PAC na Região Sul, com a presença de Lula nos três Estados da região, estava previsto para a semana passada. Compreensivelmente, foi adiado em razão do desastre da TAM - mas compreensivelmente apenas à luz do seu oportunismo - para depois de 10 de agosto, no regresso de uma viagem ao exterior.

O fato é que, desde a sexta-feira que precedeu a tragédia, quando foi vaiado no Maracanã, o chefe de governo que deixou correr à solta o apagão aéreo, fiel ao princípio de que “a gente faz quando pode, e se não pode deixa como está para ver como é que fica”, parece ter dividido os brasileiros em dois grupos.

De um lado, aqueles junto aos quais procura se reconfortar - certo de que lhe são gratos e não lhe negarão aplausos em quaisquer circunstâncias. De outro, aqueles que, não lhe devendo nada, o aplaudem quando julgam que merece aplausos, mas vaiam quando julgam que merece vaias, como aconteceu na abertura do Pan. Resta saber por quanto tempo Lula evitará as cidades que congregam as parcelas do povo mais críticas do seu desempenho.

terça-feira, julho 24, 2007

falta um estadista 

Governo desacreditado
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/24/edi-1.93.5.20070724.3.1.xml

(...) disse (...) um dos grandes “fazedores” do Brasil contemporâneo, o engenheiro Eliezer Batista, ex-presidente da Vale do Rio Doce, para se alcançar o xis da questão do colapso do lulismo em matéria de permitir, em última análise, que o País funcione. “Para fazer uma coisa, por mais simples que seja, tem de ter experiência”, ensina Batista, aos 83 anos. “Por que não se pode fazer isso (referindo-se à inexistência de um trem de alta velocidade ligando São Paulo a um aeroporto como Viracopos)? É falta de dinheiro? Não, falta sabe o quê? Nós precisamos de mais estadistas, homens que pensem nas gerações seguintes, não só em política.” Pois foi pensando em política que o inexperiente Lula - o qual, na irrefutável constatação de Orestes Quércia, em 1994, “nunca dirigiu nem um carrinho de pipoca” antes de ambicionar o Planalto - escalou a tripulação desse Jumbo de irresponsabilidade e submissão aos interesses das companhias aéreas chamado Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). (...)

o colapso do lulismo 

Governo desacreditado
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/24/edi-1.93.5.20070724.3.1.xml

O que de pior aconteceu para o presidente Lula não foi o novo apagão aéreo duas horas depois de sua tardia aparição em rede nacional, na noite de sexta-feira, quando anunciou, mais tardiamente ainda, o pacote de medidas para debelar a crise de 10 meses na aviação comercial brasileira. O pior foi a desmoralização do governo, pelo descrédito generalizado da opinião pública em relação à sua capacidade de levar a termo as decisões anunciadas e à sua eficácia para debelar a pane que tomou conta do setor, como nunca antes se viu na história deste país - a ironia é inevitável. E não se acusem os céticos de torcer contra, por um imaginário desejo de se desforrar do esquema lulista de poder, querendo imitar pelo avesso o assessor presidencial Marco Aurélio Garcia e um seu subordinado ao acharem que o noticiário isentava o Planalto de qualquer responsabilidade pela catástrofe de Congonhas.

Pois são de todo procedentes as razões para duvidar de que o governo será capaz de implementar as iniciativas aprovadas pelo Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac). O que deixa a sociedade pessimista é a seqüência de fracassos da administração federal no campo da infra-estrutura, que está toda ela em estado igual ou pior que o do setor aéreo. Desde o primeiro dia do primeiro mandato do presidente Lula até hoje, literalmente, nada do que foi prometido para o setor se cumpriu. Sob um chefe de Executivo conhecido por sua imensa dificuldade para executar os planos anunciados um depois do outro com foguetório, autolouvação e, não raro, empáfia, é como se as obras e a modernização dos sistemas de gestão se materializassem a golpes de retórica - a palavra como substituto do trabalho, da persistência e da capacidade de fazer que se esperam do ocupante do mais alto cargo da República. (...)

segunda-feira, julho 23, 2007

Só falta o osso no nariz 

Elites

por Fernando Canzian, 40, repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Escreve semanalmente, às segundas-feiras, para a Folha Online.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult1470u314420.shtml

Em 1994, o escritor e crítico cultural norte-americano William Henry 3º (morto aos 50 um ano depois) lançou nos EUA "In Defense of Elitism" (Em Defesa do Elitismo), um livro deliberadamente provocativo que fez um bom barulho na "nação mais igualitária do mundo", como a América gostaria de ser.

Em resumo, Henry argumentava que na luta perpétua entre o igualitarismo e o elitismo, o primeiro vinha ganhando de lavada nas últimas décadas nos EUA.

De maneira provocativa, dizia que não estava defendendo nenhuma elite específica, mas a "idéia de excelência", que ele julgava ter sido abandonada ao longo do caminho em busca de uma "sociedade mais igual".

"Algumas idéias são melhores do que outras. Alguns valores, mais duradouros. Alguns legados, mais universais", escreveu Henry. Se autodefinindo como um "antiquado meritocratra", afirmava que a sociedade americana de seu tempo vinha "gastando mais tempo e energia para consolar perdedores do que para incentivar vencedores".

Uma máxima do livro, comparando uns e outros: "Não é a mesma coisa conseguir colocar um homem na Lua ou apenas ser capaz de andar com um osso enfiado no nariz...".

Não sei o que Henry diria de nossas elites, principalmente a política, nos últimos tempos. A "elite" petista no comando desse governo é um glorioso desastre como exemplo, idéia de excelência e valores, sem falar em falta de educação e sensibilidade.

Encastelado em seu "sucesso" econômico atual, o governo parece ter perdido a noção da realidade, o bom senso. É patético assistir assessores especiais da Presidência e ministros fazendo gestos obscenos ou usando expressões ridículas enquanto milhares sofrem (e centenas morrem) na tal crise aérea que não tem mais fim.

O PT sempre se arvorou de ser um partido correto, o mais ético da cena nacional, até a crise do mensalão acabar com essa lorota.

Depois da limpa inicial, dos Delúbios endinheirados e Silvinhos corrompidos por carrões usados, sobrou agora, no comando, talvez "a melhor elite" do PT.

É o que temos. Só falta o osso no nariz.

p.s

Em cerimônia no Pará, o presidente Lula abre bombom de cupuaçu e joga disfarçadamente o papel no chão, atrás de seu vizinho

O assessor especial de Lula, Marco Aurélio Garcia, e um assessor fazem gestos obscenos ao saberem que o avião da TAM, que matou quase 200 pessoas, voava com defeito

A ministra Marta Suplicy (Turismo) ri na cerimônia em que recomendou aos passageiros que 'relaxem e gozem' nas salas de espera abarrotadas dos aeroportos

a suprema humilhação do Molusco 

O mundo se une para chamá-lo de incompetente e dizer " já que você não faz nada, nós faremos".

Pane provoca reação no exterior

Entidade quer que País aceite intervenção externa contra crise
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/23/cid-1.93.3.20070723.5.1.xml

Autoridades, executivos de empresas aéreas brasileiras e entidades internacionais ouvidos ontem pelo Estado já dão como certa a reação de companhias estrangeiras diante de mais um apagão no controle de vôo no Brasil, ocorrido no sábado. Para a Federação Internacional dos Controladores Aéreos (Ifacta, na sigla em inglês), o Brasil precisa, com urgência, aceitar uma intervenção internacional para começar a resolver a crise.

A entidade insiste em que o governo “não tem capacidade” de resolver a crise sem ajuda da comunidade internacional, já que está “preso” num debate político interno. “Chegou o momento de o governo aceitar que o plano de reforma precisa ser proposto e elaborado fora do Brasil. Muitos governos já fizeram isso no passado, inclusive o da Suíça, depois de um choque de aviões em 2003”, alertou Marc Baumgartner, presidente da entidade, em Genebra. “O Brasil precisa entender que apagão ocorre num país a cada 15 anos. Não uma vez por mês.” (...)

domingo, julho 22, 2007

zoneando o biocombustivel 

Mais uma medida para beneficiar os corregilionários. Obviamente, as terras invadidas pelo MST e as dos petistas ficarão nas áreas zoneadas. Fora os insiders, que saberão de antemão quais áreas serão autorizadas para plantio, e comprarão as terras a preço de folha de cana seca para revender a preço de açucar refinado.

Governo prepara pacote para o etanol 'politicamente correto'
Projeto que será enviado ao Congresso vai delimitar áreas de canavial para responder às críticas internacionais

http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/22/eco-1.93.4.20070722.22.1.xml

sexta-feira, julho 20, 2007

ACM morreu ! 

Senador Antonio Carlos Magalhães morre em São Paulo
http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac21924,0.htm

Um dos últimos grandes nomes da velha geração política brasileira, o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), 79 anos, morreu nesta sexta-feira em São Paulo, no Instituto do Coração, onde estava internado desde 13 de junho.

O instituto informou que ACM, como era conhecido o senador baiano, morreu às 11h40 por por falência múltipla de órgãos, secundária a insuficiência cardíaca.

ACM já havia sido hospitalizado outras vezes este ano, apresentando quadro de insuficiência cardíaca. Em março, ele foi internado com quadro infeccioso decorrente de pneumonia e disfunção renal. (...)

quinta-feira, julho 19, 2007

o pior da tragédia ! 

O Molusco Acéfalo não estava no vôo !

churrasco substitui pizza ! 

Tudo indica que as otoridades se cansaram de pizza no final das investigações. Agora querem churrasquinho. He,he,he !

As causas estruturais da tragédia 

http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/19/edi-1.93.5.20070719.1.1.xml

Desastres de aviação, dizem os especialistas, sempre têm mais de uma causa. Com a tragédia do Airbus da TAM não é diferente. As causas são a incompetência, desídia, leviandade, ganância e corrupção presentes no sistema de transporte aéreo brasileiro. Perto desses fatores estruturais, eventuais falhas técnicas, ou do piloto, na origem da catástrofe de anteontem em Congonhas são dados acessórios. (...)

(...) Pode ser que tenha contribuído para a tragédia do vôo 3054 um erro na manobra de pouso ou uma pane no sistema de freios do Airbus. Mas é certo que o desfecho seria outro se a pista tivesse plenas condições de segurança. Não as tinha e ainda assim era usada, em última análise, por incompetência, desídia, leviandade, ganância e corrupção.

o que importa é a popularidade 

by politsBURGER

Desculpa vai, desculpa vem, e dá-lhe morte a 3 por 4. Em qualquer lugar do mundo, mesmo em guerra, situações com o nivel de gravidade que estamos vivendo são encaradas com seriedade e soluções efetivas são implementadas para resolver o problema em definitivo.

As grandes guerras européis são exemplos do século 20.Os conflitos no oriente médio ilustram que, mesmo no século 21, ainda há resquicios de bestialidade. Mas o bestial não impera. Algo de sensato é feito - execeto no Brasil, claro.

O que tem me deixado estarrecido neste episódio do acidente aéreo no Aeroporto de Congonhas é que o Governo Federal não está preocupado em tomar qualquer medida para acabar com o cenário bestial da aviação civil brasileira.

Está preocupado com os impactos que este episódio terá sobre sua popularidade.

Segundo os marketeiros do Planalto, cínicos e assassinos como sempre, o Molusco deve ficar tranqüilo, pois quem ganha bolsa esmolão não voa de avião. Logo, nada precisa ser feito.

quarta-feira, julho 18, 2007

O jeito lulista de (não) governar 

http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/18/edi-1.93.5.20070718.1.1.xml

" O destino de um governante, escreveu Maquiavel, depende da virtù e da fortuna. Tão afortunado é Lula que não o castiga a sua enorme carência do outro atributo. "

governo do Brasil não aprendeu com erros 

Para pilotos europeus, governo do Brasil não aprendeu com erros
18/07/2007 - 13h22
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u312984.shtml

O presidente da Associação Européia de Cockpit (ECA, na sigla em inglês), uma entidade que reúne pilotos do continente, disse nesta quarta-feira que o governo brasileiro deveria ter aprendido com a queda do avião da Gol, no ano passado, e adotado medidas para evitar o acidente com o Airbus da TAM em São Paulo.

"O governo brasileiro deveria ter aprendido sua lição com o acidente da Gol e tomado as medidas adequadas para que um desastre assim não voltasse a acontecer", afirmou Martin Chalk, em entrevista à BBC Brasil. (...)

" o governo é o responsável por isso " 

Congresso pode ouvir Infraero e Aeronáutica em até 48 horas
18/07/2007 - 12h51
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u312970.shtml

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) protocolou nesta quarta-feira um pedido para que a comissão de representantes do Congresso seja convocada para ouvir representantes do setor aéreo sobre o acidente com o Airbus da TAM. O pedido foi feito junto à Secretaria Geral da Mesa do Senado.

Jungmann quer que os 23 deputados e senadores da comissão ouçam, em até 48 horas, o ministro da Defesa, Waldir Pires, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira e o comandante da Aeronáutica Juniti Saito para que eles dêem explicações sobre o acidente com o avião TAM.

"Queremos que eles dêem satisfação ao congresso nacional e à opinião publica. Temos o dever de fiscalizar o [poder] Executivo. Até que prove o contrário, o governo é o responsável por isso [o acidente]", afirmou Jungmann.

O deputado criticou órgãos do governo responsáveis pelo setor aéreo e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não cobramos nada de deseumano do presidente ou do ministro da Defesa. Eles foram incapazes de identificar os problemas com clareza e solucionar esses problemas", afirmou.

A comissão de representantes pode ser convocada a qualquer momento durante o recesso parlamentar e caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) decidir se aceita convocar a comissão.

Molusco assassino 

by politsBURGER

Não há dúvida de que a resposabilidade, inclusive penal, pelo acidente em Congonhas ontem, 17/07/07, é do Molusco Acéfalo.

Muitos disseram sobre os problemas daquele aeroporto. Qualquer pessoa que já passou por lá sabe que está saturado. Mas nenhuma providência foi tomada. A bomba continuou ligada e ontem explodiu.

Outra crise que está sendo anunciada há muito tempo, sem que nenhuma providência seja tomada, é a da oferta de energia elétrica. Os riscos de colapso em 2011 aumentam todos os dias. Mas em 2011 já não será mais mandato deste inútil. Logo, neste caso, nada, absolutamnte nada, será feito.

segunda-feira, julho 16, 2007

maracutaia no bolsa esmolão 

Desviar verbas, tudo bem. Proteger o brother lambari, tudo bem. Dar uma de papagaio de pirata na abertura dos jogos pan-americanos, tudo bem. Levar vaia de milhares de pessoas no Maracanã, tudo bem. Mas tirar leite das criancinhas? Até o Dunga dedicou a vitória contra a Argentina na Copa América aos picorruchos. Pô, pega leve !

Bolsa Família tem problemas em 90% de cidades fiscalizadas no país
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u312182.shtml
16/07/2007 - 09h13

Auditorias feitas pela CGU (Controladoria Geral da União) em cidades do país, escolhidas por sorteio, mostram que em 90% dos municípios há irregularidades na aplicação de recursos do programa Bolsa Família, informa nesta segunda-feira reportagem da Folha (...)

domingo, julho 15, 2007

nossa grana no lixo 

Promessas de gastança
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/15/edi-1.93.5.20070715.1.1.xml

O gasto federal crescerá mais velozmente que a economia até 2010, último ano do atual governo, segundo as projeções da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para sustentar a despesa, o Tesouro e a Previdência deverão tomar dos brasileiros uma parcela também crescente de sua renda. A arrecadação federal do próximo ano foi estimada em 23,76% do Produto Interno Bruto (PIB). Dois anos depois deverá alcançar 24,17%, de acordo com as contas do Ministério do Planejamento, mantidas na versão final da LDO, aprovada pelo Congresso na quarta-feira. A lei estabelece orientações para o orçamento federal do próximo ano, mas contém metas e projeções para três anos. O governo, em resumo, não pretende apertar o próprio cinto. Planeja aumentar não só os investimentos públicos, mas também suas despesas de custeio, e para isso reservará para si fatias cada vez maiores do bolo econômico. (...)

sábado, julho 14, 2007

Molusco vaiado ! 

Quae serah tamen, as pessoas estão começando a entender o raciocínio do politsBURGER !

Samba esquentou cerimônia de abertura
Festa no Maracanã começou morna, com músicas mais propícias ao relaxamento
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/14/esp-1.93.6.20070714.112.1.xml

O Brasil é uma nação miscigenada, que adora o esporte e a música, mas despreza seu presidente. Essa foi a mensagem enviada pela cerimônia de abertura dos 15º Jogos Pan-Americanos, ontem à noite, no estádio do Maracanã. Transmitido pela televisão para todo o continente, o evento mostrou o constrangido perfil do presidente Lula, cuja imagem no telão do estádio provocou uma vaia uníssona (...)

quinta-feira, julho 12, 2007

fraudador financiou Molusco 

Iesa doou para campanha de Lula

Foi contabilizado como doação ao diretório do PT R$ 1,5 milhão de empresa acusada no esquema de fraudes

http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/12/pol-1.93.11.20070712.13.1.xml

A campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter contado com ajuda financeira de R$ 1,5 milhão da empresa Iesa Gás & Óleo, uma das três acusadas de ligação com o esquema de fraudes em contratos da Petrobrás descoberto pela Operação Águas Profundas, da Polícia Federal.

A revelação foi feita pela própria reitoria da empresa, ontem. O R$ 1,5 milhão não foi declarado nas prestações de contas oficiais da campanha do presidente nem do comitê financeiro eleitoral do PT entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso porque foi contabilizado como doação partidária. (...)

que beleza era a Dinamarca de Hamlet ! 

Há algo de podre na república brasileira
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/12/edi-1.93.5.20070712.1.1.xml

Não faltava mais nada para confirmar aquilo que a imensa maioria dos brasileiros já percebeu há muito tempo: a corrupção vem se tornando mais persistente e disseminada, em que pesem os esforços dos governos para combatê-la. Um relatório do Banco Mundial (Bird), divulgado por irônica coincidência no mesmo dia em que a Polícia Federal anunciou ter desmantelado mais uma quadrilha especializada em fraudar licitações - dessa vez na Petrobrás -, pode ser interpretado como contestação à hipótese confortadora segundo a qual não é a corrupção que aumenta no Brasil, mas sim a sua visibilidade, graças à multiplicação das investidas policiais contra os corruptos.

O Bird trabalha com o conceito de corruption control, que a rigor indica não o controle da corrupção pelo Estado, mas o grau da infestação do Estado pela corrupção. Tanto que o sistema mede “a extensão em que o poder público é usado para ganhos privados, incluindo desde pequenos e grandes assaltos ao Tesouro Nacional, até o ‘seqüestro’ do Estado pelas elites e pelos interesses privados”. Numa escala de zero a cem, quanto mais baixo o indicador, maior o vulto da rapina a que está submetida a área estatal. De acordo com esse critério - e com dados coligidos, no caso brasileiro, por 18 órgãos internacionais - o País nunca esteve pior, nesse “requisito”, desde que o Bird iniciou, em 1996, o levantamento sistemático do estado da governança no mundo.

Ao longo desses 10 anos, o Brasil conheceu o seu melhor momento em 2000, quando o nível de corrupção era de 59,7. Outro bom ano foi 2003, com a marca de 56,3. Em 2006, acentuando-se a tendência de agravamento do quadro, iniciada dois anos antes, despencou para 47,1. Em outras frentes, os números também involuíram. A contar de 2003, o Brasil regrediu em matéria de qualidade dos serviços públicos, independência do governo e implementação de políticas públicas. Caíram ainda a qualidade dos marcos regulatórios - entendida como a aptidão dos governos de instituir leis de incentivo ao setor privado - e a confiança na polícia e na Justiça. O descrédito é o maior do decênio pesquisado, o que não haverá de surpreender ninguém que saia às ruas.

Não vai exagero em dizer que os brasileiros devem invejar a Dinamarca de Hamlet, porque nesse reino havia apenas “algo de podre”. Só não se sabe o que ofende mais: se a podridão aparentemente infindável trazida à tona como que um dia sim, o outro também, ou o deboche dos suspeitos de terem parte com ela. (...)

Molusco criou corrupção na Petrobrás 

Por trás do discurso nacionalista estava a criação de mercado cativo para os aliados. Juntando a grana desviada para ONGs fajudas e empresas de fachada criadas para fraudar a Petrobrás, daria para construir o trem bala Rio-São Paulo.

Nacionalização de plataforma foi tema da campanha de Lula

Ao assumir, em 2003, presidente implantou reserva para fornecedores nacionais

http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2007/jul/11/386.htm

Em 2003, a Petrobras passou a reservar para fornecedores nacionais parte dos bens e serviços que seriam contratados para a construção das plataformas de produção de petróleo. As encomendas da estatal para estaleiros baseados no Brasil eram uma promessa de campanha e foram implantadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva logo após assumir o mandato naquele ano.

A medida implantada por Lula estabeleceu que as empresas vencedoras dos contratos de licitação da estatal deveriam gastar ente 60% e 75% do valor contratual no País, excluindo o valor dos equipamentos que não são fabricados no Brasil. Além disso, a estatal determinou que alguns serviços e produtos teriam de ser feitos no Brasil, como os de engenharia, detalhamento e montagem. O objetivo das mudanças, segundo o Planalto, era gerar empregos e incentivar o parque industrial nacional.

Durante a campanha, a questão foi motivo de divergências entre o então candidato Lula e o ex-presidente da Petrobras, Francisco Gros, por conta do adiamento das licitações de duas plataformas, a P-51 e a P-52, com investimentos estimados em US$ 1 bilhão.

Desde a última terça-feira, a estatal está no foco das investigações de um esquema de fraudes em licitações, que envolve três funcionários - já presos - e um empresa criada em 2003 especialmente para prestar serviços a Petrobras e dar início aos contratos viciados. Foram denunciados 26 suspeitos, dos quais 18 com prisão decretada.

quarta-feira, julho 11, 2007

Brasil tem pior controle da corrupção em 10 anos 

Né por nada não, mas o molusco não disse que o Brasil está em seu melhor momento deste a proclamação da república ? Certamente, a variável relevante daquela invertebrada análise é falcatrua.

Brasil tem pior controle da corrupção em 10 anos, diz Bird

País piorou ainda em eficiência do governo e qualidade dos marcos regulatórios
http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2007/jul/10/334.htm

O controle da corrupção no Brasil atingiu em 2006 o seu pior patamar em dez anos, de acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Banco Mundial (Bird). Segundo o relatório Assuntos de Governança, do Bird, o índice de controle de corrupção "mede a extensão em que o poder público é usado para ganhos privados, incluindo pequenas e grandes formas de corrupção, assim como o ´seqüestro´ do Estado pelas elites e pelos interesses privados".

O índice brasileiro de controle de corrupção caiu para 47,1 em 2006, em uma escala que vai de zero a cem. Em 2000, o país chegou a ter um índice de 59,1. (...)

segunda-feira, julho 09, 2007

Pan-demônio 2007

Seguindo o exemplo dos descontrolados controladores de vôo, (voz de locutor de aeroporto) "os funcionários da Infraero informam: não será possível trabalhar durante os jogos Pan-americanos. Favor dirigir-se ao país ao lado" !

Isto não será de todo ruim pois, para chegarem a tempo, as pessoas terão que fazer uma maratona até o local dos jogos.Isto certamente aumentará o número de atletas brasileiros com chances de ganhar medalha em outros eventos esportivos.

Inhac,inhac,inhac!

Aeroportuários do Rio aprovam greve para dia 11 de julho

Trabalhadores do Rio se unem a funcionários de Cumbica e de Manaus, que aprovaram a paralisação dos aeroportos na véspera dos Jogos Pan-Americanos

http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2007/jul/09/94.htm

Os trabalhadores aeroportuários do Rio de Janeiro apoiaram por unanimidade a realização de greve no próximo dia 11. Segundo informou o diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) da sub-sede do Rio, Pedro Martins, a decisão ocorreu em assembléia realizada na manhã desta segunda-feira, 9, pelos trabalhadores, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) e apóia a intenção dos trabalhadores dos aeroportos de Cumbica (SP) e Manaus (AM), que também aprovaram o indicativo de greve, na semana passada.

Martins explicou que na terça-feira, 10, será realizada assembléia pelos trabalhadores aeroportuários do aeroporto de Confins (MG), para tratar do mesmo tema. Entretanto, informou que às 14 horas desta segunda, ocorrerá um encontro entre sindicalistas do Sina, da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), e do governo, em Brasília, para falar sobre as reivindicações da categoria.

O diretor do Sina esclareceu que provavelmente a empresa e o governo oferecerão uma contraproposta para tentar evitar a greve. "Não recebemos participação nos lucros há três anos", explicou. "Nosso Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) está para ser aprovado há três anos pelo ministério do Planejamento, e o ministério não aprova. Além disso, eles ofereceram 4% de reajuste este ano, mais a retirada de benefícios dos trabalhadores. Nós não aceitamos isso", reclamou o sindicalista.

Segundo informações do sindicato, existem cerca de 2 mil trabalhadores aeroportuários no Rio - sendo que, desse total, 1.290 trabalham no aeroporto Tom Jobim. (...)

A FARRA DOS CARGOS DE CONFIANÇA

Definitivamente, não dá para confiar nesse pessoal !

Cargos de confiança incham quadro de servidores no Tocantins e Amapá

Levantamento nacional mostra que 26,6% dos funcionários do TO são comissionados; no AP, índice é de 22%

http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/09/pol-1.93.11.20070709.1.1.xml

Os governos do Tocantins e Amapá são os que concentram, proporcionalmente, o maior número de servidores públicos comissionados - que não precisam prestar concurso e podem ser usados como moeda de negociação política. Levantamento feito nas 27 unidades da federação mostra que nos dois Estados os cargos de confiança representam até um quarto do total de servidores da ativa.

No Tocantins, do governador Marcelo Miranda (PMDB), dos 45.129 funcionários públicos estaduais, 26,6% ocupam cargos em comissão. São 12 mil ao todo, apenas na administração direta - sem levar em conta quadros de fundações, autarquias etc. No Amapá, do governador Waldez Góes (PDT), a administração tem 16.960 funcionários na ativa, 22% de confiança (o equivalente a 3.733).

As funções comissionadas no serviço público são ocupadas por apadrinhados políticos e a maioria desconsidera as qualidades dos ocupantes. São indicações que atendem a interesses políticos e regionais, desvirtuam a relação profissional e prejudicam o serviço público. É comum o gerente de um órgão ter como subordinados funcionários indicados por lideranças políticas distintas e que por isso não mantêm vínculo de confiança. Quase sempre esses apadrinhados políticos abocanham postos que deveriam ser ocupados por critérios técnicos.

Países desenvolvidos reduzem cada vez mais esse tipo de cargo. No Reino Unido são pouco mais de 700 e nos Estados Unidos, 4.500. No Brasil, os governos estaduais mantêm empregados e trabalhando (na ativa) pelo menos 127.756 servidores, só na administração direta (...)

A FARRA DAS ONGs (2)

Governo dá R$ 5,8 mi a ONGs do MST
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/09/pol-1.93.11.20070709.4.1.xml

Organizações foram criadas por assentados de Itapeva (SP) e ninguém sabe onde dinheiro recebido é aplicado

domingo, julho 08, 2007

FARRA DAS ONGs
Quase metade da verba destinada a ONGs é desviada, avalia TCU

Estimativa é de que irregularidades levaram perto de R$ 1,5 bilhão dos R$ 3 bilhões reservados para essas entidades

http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/08/pol-1.93.11.20070708.4.1.xml

O governo federal destinou R$ 3 bilhões a organizações não-governamentais (ONGs) e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) no ano passado, segundo dados do Ministério do Planejamento. O valor corresponde a 1,29% do Produto Interno Bruto (PIB). Do total, técnicos do governo, do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) calculam que quase a metade - perto de R$ 1,5 bilhão - tenha sido desviada da finalidade original dos convênios ou encontrado algum ralo que represente a perda do dinheiro público. (...)

(...)Os R$ 3 bilhões destinados às ONGs significam um valor astronômico, se comparado aos R$ 11,7 bilhões (5,04% do PIB) transferidos também em 2006 pela União aos 27 Estados e Distrito Federal e aos 5.561 municípios pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos Municípios (FPM), royalties pela exploração do petróleo e do gás natural, compensações financeiras devidas pela utilização de recursos hídricos e minerais e os valores pagos pela Itaipu Binacional.(...)

(...) Em 2002, o País tinha 22 mil ONGs; em 2006, esse número pulou para 260 mil; em 2007, calcula-se que tenham alcançado a casa das 300 mil, de acordo com informações do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), autor do requerimento que cria a CPI das ONGs, a ser instalada em agosto. Num depoimento prestado ao Congresso, em maio, o general Maynard Marques Santa Rosa, secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, informou que só na Amazônia atuam 100 mil ONGs, grande parte de origem estrangeira. Do total de 300 mil, somente 4,5 mil estão legalmente registradas no Ministério da Justiça. Toda essa enormidade de ONGs e Oscips é fiscalizada por apenas 12 funcionários da Justiça. Não é possível um controle efetivo das atividades delas. (...)

sábado, julho 07, 2007

SAPIÊNCIA DIVINA 

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes. Assim:

- Aos Suíços os fez organizados e respeitadores da lei.

- Aos Ingleses, corajosos e estudiosos.

- Aos argentinos, chatos e arrogantes.

- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.

- Aos Italianos, alegres e românticos.

- Aos Franceses, cultos e finos.

- Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas.

O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:

- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos outros povos da terra?

- Muito bem observado, bom anjo! exclamou o Senhor. Isto é verdade! Por isso, façamos pois uma correção! De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os outros povos!

- Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente. O que for petista e inteligente, não pode ser honesto. E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista.

Palavra do Senhor...

sexta-feira, julho 06, 2007

a quase absoluta impunidade 

Estudo revela que é rara punição de autoridades

De 130 ações no STF, nenhuma teve condenação; no STJ, houve apenas 5 punições em 333 processos

http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/06/pol-1.93.11.20070706.9.1.xml

Estudo divulgado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) revela a quase absoluta impunidade de autoridades protegidas pelo foro privilegiado. Segundo esse levantamento - que abrange o período de 1988 a 2007 -, nenhuma das 130 ações criminais protocoladas no Supremo Tribunal Federal (STF) contra autoridades resultou em condenação até agora. No mesmo período, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acumulou 333 processos e até hoje apenas 5 deles (1,5% dos casos) deram em condenação - houve 11 absolvições e o restante ainda não teve concluída sua tramitação.

O presidente da AMB, Rodrigo Collaço, credita esse cenário à existência do foro privilegiado, que garante às autoridades o direito de ser investigadas e julgadas apenas perante tribunais superiores. “O foro privilegiado é acima de tudo o foro da impunidade. Não há julgamento. O foro é quase uma linha de defesa”, diz Collaço.

Das 130 ações criminais protocoladas no Supremo, estão em tramitação 52 (40% do total). As demais foram arquivadas, resultaram em absolvição, ou acabaram transferidas para instâncias inferiores. Os réus dessas ações respondiam a acusações variadas, como crimes contra a administração pública, a honra, o patrimônio e a fé pública e delitos eleitoral e fiscal.

DELEGAÇÃO
Collaço observa que o STF e o STJ não foram criados para instruir processos criminais. Ele defende a adoção de medidas que tornem mais rápida a tramitação dessas ações, como a convocação de juízes e desembargadores para a realização da instrução dos processos contra as autoridades. De acordo com ele, a legislação permite a delegação de determinados atos instrutórios dos inquéritos e ações.

Além de apresentar os dados sobre as ações protocoladas nos tribunais contra autoridades, Collaço lançou ontem em Brasília a campanha Juízes contra a Corrupção. (...)

quinta-feira, julho 05, 2007

FHC impunha respeito 

O ultimato do coronel Chávez
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/05/edi-1.93.5.20070705.1.1.xml

(...) Houve época em que o coronel respeitava o Brasil e seus governantes. Era visível, por exemplo, o respeito reverencial que tinha pelo presidente Fernando Henrique, que mais de uma vez teve de colocar Chávez na linha. Mas com o presidente Lula o relacionamento mudou. Julgando que tinha encontrado um aliado, com identidade de propósitos e idéias, Lula cedeu a praticamente todas as exigências de Chávez - e o que ganhou foi um tratamento que revela familiaridade, mas não necessariamente respeito. (...)

Brasil analfabetizado 

Alfabetização fantasma
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/05/edi-1.93.5.20070705.2.1.xml

Ao lançar o chamado “PAC da educação”, em março, o governo teve o bom senso de anunciar a progressiva substituição dos professores leigos por professores da rede pública nos programas de alfabetização de adultos. A contratação de docentes leigos foi uma das inovações introduzidas pelo Brasil Alfabetizado, ambicioso programa lançado pelo presidente Lula no início de seu primeiro mandato que vem apresentando resultados medíocres.

O que levou o governo a dispensar os professores leigos foi a constatação de que, além de não terem competência técnica para atuar como alfabetizadores, muitos eram ligados a organizações não-governamentais (ONGs) que haviam sido criadas só para abocanhar verbas públicas. Entre 2003 e 2006, o Brasil Alfabetizado consumiu R$ 750 milhões - a maior parte repassada para ONGs. Contudo, a maioria do público-alvo do programa - 7,3 milhões de pessoas com idade acima de 15 anos - continuou sem saber ler e escrever. (...)

quarta-feira, julho 04, 2007

só vendendo 

A solução para os aeroportos brasilerios virá da iniciativa privada. Esta é a conclusão dos ilustres membros da CPI do apagão aéreo.

Coincidência ou não, essa foi a lógica - neoliberal, claro - que estava por trás da privatização da siderurgia e da telefonia, para citar apenas dois exemplos.


Relator da CPI recomenda privatização de 11 aeroportos

Para senador, aeroportos têm viabilidade comercial para ir para a iniciativa privada
http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2007/jul/04/323.htm

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) recomendou nesta quarta-feira, 4, em reunião para a apresentação do segundo relatório parcial da CPI do Apagão Aéreo, a privatização dos 11 maiores aeroportos brasileiros - Congonhas, Guarulhos, Brasília, Galeão, Salvador, Recife, Santos-Dumont, Porto Alegre, Curitiba, Confins e Fortaleza.

Na avaliação do senador, os 11 aeroportos apresentam viabilidade comercial para que sua operação seja concedida à iniciativa privada, já que contam com movimentação anual superior a três milhões de passageiros.

"Embora não haja uma lei específica sobre concessões aeroportuárias, nada impede que elas sejam feitas de imediato, sob a égide da Lei nº 8.987, de 1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal. A condução desse processo deve ser feita pela Anac, a quem compete "conceder ou autorizar a exploração da infra-estrutura aeroportuária, no todo ou em parte", diz o texto do relator.

segunda-feira, julho 02, 2007

A solução para acabar com a corrupção ! 

Se uma pressão de 5 milhões de atmosferas transforma pasta de amendoim em diamante, é só aplicar tal dose em cada parlamentar brasileiro e pronto: um pilantra descarado vai virar um cara honesto, transparente, com espírito público e não corporativista !

Como dizia a propaganda, não é feitiçaria, é tecnologia !


Cientistas fazem pasta de amendoim virar diamante

Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, criaram uma técnica que transforma substâncias como pasta de amendoim em diamantes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u308272.shtml

Eles conseguiram criar um diamante ao espremer uma pequena quantidade da pasta entre as pontas de dois diamantes, com uma pressão mais alta que a encontrada no centro da Terra.

Com a técnica, os cientistas esperam ser capazes de criar grandes pedras de diamantes que possam ser usadas para criar pressões ainda mais altas --e ampliar os estudos sobre os efeitos da pressão sobre os materiais.

"Muitos materiais com carbono podem ser transformados em diamantes --incluindo pasta de amendoim", disse Malcolm McMahon, do Centro de Ciência e Condições Extremas da Universidade de Edimburgo, um dos envolvidos no experimento.

"A pressão pode causar mudanças extraordinárias em todos os tipos de materiais e criar materiais completamente novos."

Hidrogênio metálico
"Estamos atualmente desenvolvendo técnicas que vão tornar possível gerar uma pressão de até 5 milhões de atmosferas, muito maior do que a pressão no centro da Terra, com o objetivo de achar o cálice sagrado da física de alta pressão: a fase metálica do hidrogênio", continuou McMahon.

"Se conseguirmos chegar ao hidrogênio metálico, o próximo passo será produzir quantidade suficiente para que ele seja estudado em detalhe, o que tornaria necessário usar diamantes do tamanho de um dedo polegar (para criar o material)."

De acordo com a pesquisa, a técnica de pressões extremamente altas tem várias outras aplicações práticas.

Ela pode transformar semicondutores em supercondutores e destruir bactérias para esterilizar alimentos, além de criar efeitos surpreendentes como a transformação de oxigênio em cristais vermelhos.

domingo, julho 01, 2007

delegacia parlamento 

Enquanto isso, a força nacional de segurança invade o complexo do alemão !

Roteiro de bangue-bangue atropela a pauta regular da Câmara
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/01/pol-1.93.11.20070701.29.1.xml

Denúncia leva a nova investigação de homicídio no STF, que já tinha quatro casos envolvendo deputados

Deputados são alvo até de processos por homicídio

Segundo a Polícia Civil de São Paulo, Carlos Willian escapou da mira de um pistoleiro contratado por outro deputado, Mário de Oliveira (PSC-MG)

Gervásio Silva (DEM-SC) foi indiciado por homicídio culposo. Em julho do ano passado, ele atropelou a garota Samara Roberto Narciso, de 13 anos, na rodovia BR-282.

O deputado Clóvis Fecury (DEM-MA) aparece como indiciado por uma morte em 2004.

Airton Roveda (PR-PR) também foi acusado por homicídio.

O deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) aparece como réu em um processo de tentativa de homicídio. Em dezembro de 1993, quando era governador da Paraíba, ele disparou dois tiros no inimigo político Tarcísio Burity.

Dinheiro da bezerra
Roriz usou dinheiro para subornar juízes do TRE, diz Veja
http://conjur.estadao.com.br/static/text/57143,1

Parte dos R$ 2,2 milhões dados pelo empresário Nenê Constantino, o dono da Gol, ao senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) teria sido usado para subornar juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal. Segundo reportagem, assinada pelo repórter Diego Escosteguy e publicada pela revista Veja que chegou às bancas neste sábado (30/6), “se parte do dinheiro foi mesmo usada para pagar uma bezerra, outra parte teve destino explosivo – serviu para subornar juízes do Tribunal Regional Eleitoral que livraram Roriz de cassação em 2006”. (...)

Crise em conselhos de Ética revela Congresso sem vontade para punir
http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/01/pol-1.93.11.20070701.22.1.xml

Líderes já admitem mudar regras e até repassar para o STF responsabilidade de julgar parlamentares

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