sexta-feira, setembro 29, 2006
MOLUSCO ESNOBA E VIRA JUDAS
Depois de, corruptamente, se comparar a Cristo, ele nega os adversarios por três vezes ao faltar ao debate sobre as eleições presidenciais.
http://txt.jt.com.br/editorias/2006/09/29/pol-1.94.9.20060929.9.1.xml
O suspense durou até algumas horas antes do início do debate: após dias de especulações, o presidente Lula decidiu não ir ao encontro de presidenciáveis da emissora, o último antes do primeiro turno, no domingo. O petista preferiu fechar a campanha em comício no seu berço político, São Bernardo do Campo (leia na página ao lado). Embora sua ausência tenha tirado boa parte da tensão do evento, Lula foi alvo de ataques dos outros concorrentes, Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT). Ao contrário do que se esperava, porém, não foi o único atacado: Heloísa também mirou em Alckmin.
A Globo permitiu que, em cada bloco, os candidatos pudessem fazer perguntas à cadeira vazia de Lula, que permanecia no estúdio; antes do início, os três posaram para fotos ao lado do assento destinado ao petista. O direito foi usado primeiro por Cristovam: “O senhor é candidato sob fortes suspeitas de uso de recursos públicos no processo eleitoral. Se for eleito e depois se comprovarem as suspeitas o senhor renuncia ao cargo?”. Mais adiante, voltou a citar a ausência de Lula: “Faltar a um debate como esse é forma de corrupção. Não é roubar dinheiro, mas esperanças.”
Em seguida foi a vez do tucano Alckmin. Ao abrir sua fala, ele também lamentou a ausência do presidente, que lidera as pesquisas. “É um desrespeito ao eleitor, que precisa e quer informação para poder decidir seu voto no domingo”. Na seqüência, Alckmin, indagado sobre impostos, lembrou o caso das sanguessugas, dizendo que o governo tem corrupção “até na compra de ambulância”. Ele também citou a violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa, que levou à queda do ministro da Fazenda Antonio Palocci, e ao episódio envolvendo a negociação, por petistas, de dossiê contra tucanos. “Lula é forte com Francenildo, o caseiro pobre, mas fraco com os colarinhos brancos”, disse. “Treze dias depois que o dossiê foi comprado, até hoje o governo não diz de quem é o dinheiro, não dá o nome de quem fez o dinheiro entrar no País, não esclarece quem são os envolvidos”.
Heloísa também bateu em Lula, seu ex-colega no PT. “Quero repudiar a ausência do Lula. Ele tinha a obrigação de estar aqui de descer do trono da corrupção, da arrogância e da covardia”, afirmou. “Ele não está aqui porque não tem autoridade moral para me enfrentar. Eu sobrevivi à perseguição implacável dele.” Ela citou a “organização criminosa comandada pelo presidente, capaz de caluniar qualquer um que ameace o seu projeto de poder”. A senadora foi expulsa do PT em 2003. Mirando Alckmin, ela também atacou o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e à gestão do rival no governo paulista.
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O suspense durou até algumas horas antes do início do debate: após dias de especulações, o presidente Lula decidiu não ir ao encontro de presidenciáveis da emissora, o último antes do primeiro turno, no domingo. O petista preferiu fechar a campanha em comício no seu berço político, São Bernardo do Campo (leia na página ao lado). Embora sua ausência tenha tirado boa parte da tensão do evento, Lula foi alvo de ataques dos outros concorrentes, Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT). Ao contrário do que se esperava, porém, não foi o único atacado: Heloísa também mirou em Alckmin.
A Globo permitiu que, em cada bloco, os candidatos pudessem fazer perguntas à cadeira vazia de Lula, que permanecia no estúdio; antes do início, os três posaram para fotos ao lado do assento destinado ao petista. O direito foi usado primeiro por Cristovam: “O senhor é candidato sob fortes suspeitas de uso de recursos públicos no processo eleitoral. Se for eleito e depois se comprovarem as suspeitas o senhor renuncia ao cargo?”. Mais adiante, voltou a citar a ausência de Lula: “Faltar a um debate como esse é forma de corrupção. Não é roubar dinheiro, mas esperanças.”
Em seguida foi a vez do tucano Alckmin. Ao abrir sua fala, ele também lamentou a ausência do presidente, que lidera as pesquisas. “É um desrespeito ao eleitor, que precisa e quer informação para poder decidir seu voto no domingo”. Na seqüência, Alckmin, indagado sobre impostos, lembrou o caso das sanguessugas, dizendo que o governo tem corrupção “até na compra de ambulância”. Ele também citou a violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa, que levou à queda do ministro da Fazenda Antonio Palocci, e ao episódio envolvendo a negociação, por petistas, de dossiê contra tucanos. “Lula é forte com Francenildo, o caseiro pobre, mas fraco com os colarinhos brancos”, disse. “Treze dias depois que o dossiê foi comprado, até hoje o governo não diz de quem é o dinheiro, não dá o nome de quem fez o dinheiro entrar no País, não esclarece quem são os envolvidos”.
Heloísa também bateu em Lula, seu ex-colega no PT. “Quero repudiar a ausência do Lula. Ele tinha a obrigação de estar aqui de descer do trono da corrupção, da arrogância e da covardia”, afirmou. “Ele não está aqui porque não tem autoridade moral para me enfrentar. Eu sobrevivi à perseguição implacável dele.” Ela citou a “organização criminosa comandada pelo presidente, capaz de caluniar qualquer um que ameace o seu projeto de poder”. A senadora foi expulsa do PT em 2003. Mirando Alckmin, ela também atacou o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e à gestão do rival no governo paulista.
segunda-feira, setembro 25, 2006
HAMLET INVERTEBRADO
A poucos dias das eleições, o Molusculo se depara com um dilema Hamletiano: sair do governo pelo julgamento das urnas ou pelo julgamento da Justiça Eleitoral, eis a questão.
É obvio que o crime cometido pela compra de provas forjadas para incriminar concorrentes de petistas nas eleições de 2006 pode levar tanto à impugnação a posteriori da candidatura do Molusculo – como vem sinalizando o Presidente do TSE, quanto a processo de impeachment – como vem sinalizando os lideres da oposição ao PT.
Espontaneamente, as urnas diriam em alto e bom som: escolhemos Alckmin!
Mas não podemos desconsiderar a influencia dos eleitores vendidos no resultado do pleito. Afinal, as pesquisas de opinião totalmente manipuladas mostram os percentuais de intenções de voto em Alckmin, nos outros candidatos, em branco e nulo; e de indecisos.
Porém, não mostram percentuais de eleitores que votariam no Molusco e que recebem mensalão, pago aos parlamentares; mensal, pago aos militantes em cargos de confiança; e mensalinho, pago aos que têm bolsa esmola. Somados, os eleitores beneficiados pela compra de votos com dinheiro público dá exatamente a diferença de votos entre Alckmin e o Invertebrado.
Como em Hamlet, Brasília vive uma tragédia entre a ordem estabelecida e a insatisfação por ela produzida, já que o sistema de valores vigentes não mais abarca nem responde às inquietações do nosso tempo – em particular globalização, tecnologia e seus efeitos.
Como o Celebre Príncipe, o Molusco é melancólico, demora a agir e se contradiz. O mundo a sua volta é medíocre e traiçoeiro, desagregado e movediço. Porém, no clássico de Shakespeare lucidez e loucura disputam espaço. Em Brasília não há disputa. Venceu a loucura, como mais uma vez ilustra a compra de provas contra Serra.
É obvio que o crime cometido pela compra de provas forjadas para incriminar concorrentes de petistas nas eleições de 2006 pode levar tanto à impugnação a posteriori da candidatura do Molusculo – como vem sinalizando o Presidente do TSE, quanto a processo de impeachment – como vem sinalizando os lideres da oposição ao PT.
Espontaneamente, as urnas diriam em alto e bom som: escolhemos Alckmin!
Mas não podemos desconsiderar a influencia dos eleitores vendidos no resultado do pleito. Afinal, as pesquisas de opinião totalmente manipuladas mostram os percentuais de intenções de voto em Alckmin, nos outros candidatos, em branco e nulo; e de indecisos.
Porém, não mostram percentuais de eleitores que votariam no Molusco e que recebem mensalão, pago aos parlamentares; mensal, pago aos militantes em cargos de confiança; e mensalinho, pago aos que têm bolsa esmola. Somados, os eleitores beneficiados pela compra de votos com dinheiro público dá exatamente a diferença de votos entre Alckmin e o Invertebrado.
Como em Hamlet, Brasília vive uma tragédia entre a ordem estabelecida e a insatisfação por ela produzida, já que o sistema de valores vigentes não mais abarca nem responde às inquietações do nosso tempo – em particular globalização, tecnologia e seus efeitos.
Como o Celebre Príncipe, o Molusco é melancólico, demora a agir e se contradiz. O mundo a sua volta é medíocre e traiçoeiro, desagregado e movediço. Porém, no clássico de Shakespeare lucidez e loucura disputam espaço. Em Brasília não há disputa. Venceu a loucura, como mais uma vez ilustra a compra de provas contra Serra.
quinta-feira, setembro 07, 2006
inconsistencia intertemporal
Um leitor deste blog - suficientemente respeitado para que não digamos quem é - nos enviou esta entrevista do Invertebrado ao repórter esportivo Milton Neves, em 1993, por ocasião do impeachment do então Presidente Fernando Collor de Mello.
Este é um ótimo exemplo do que queremos dizer com " exemplo paradigmatico de quebra estrutural e inconsistencia intertemporal de discurso; e de um dizer com estrutura híbrida modular atemporal pendular. "
Curiosamente, o Molusco Acéfalo atribui ao Collor " debilidade no funcionamento do cérebro" !
Milton Neves
Lula, Luis Inácio Lula da Silva, você tem pena de Fernando Afonso Collor de Mello?
Lula
Tenho, eu... não é que eu tenho pena, como ser humano, eu acho que uma pessoa que teve a oportunidade que aquele cidadão teve de fazer alguma coisa de bem para o Brasil, um homem que tinha respaldo da grande maioria do povo brasileiro, ou seja, e...e ... e... e ao invés de construir um governo, construiu uma quadrilha como ele construiu, me dá pena porque deve haver qualquer sintoma de debilidade no funcionamento do cérebro do Collor. ...
Efetivamente eu fico com pena porque eu acho que o povo brasileiro esperava que essa pessoa pudesse pelo menos conduzir o país, se não a uma solução definitiva, pelo menos a indícios de soluções para os graves problemas que nós vivemos.
Lamentavelmente, a ganância, a vontade de roubar, a vontade de praticar corrupção fez com que o Collor jogasse o sonho de milhões e milhões de brasileiros por terra. Mas de qualquer forma, eu acho que foi uma grande lição que o povo brasileiro aprendeu e eu espero que o povo brasileiro em outras eleições escolha pessoas que pelo menos eles conheçam o passado político.
Este é um ótimo exemplo do que queremos dizer com " exemplo paradigmatico de quebra estrutural e inconsistencia intertemporal de discurso; e de um dizer com estrutura híbrida modular atemporal pendular. "
Curiosamente, o Molusco Acéfalo atribui ao Collor " debilidade no funcionamento do cérebro" !
Milton Neves
Lula, Luis Inácio Lula da Silva, você tem pena de Fernando Afonso Collor de Mello?
Lula
Tenho, eu... não é que eu tenho pena, como ser humano, eu acho que uma pessoa que teve a oportunidade que aquele cidadão teve de fazer alguma coisa de bem para o Brasil, um homem que tinha respaldo da grande maioria do povo brasileiro, ou seja, e...e ... e... e ao invés de construir um governo, construiu uma quadrilha como ele construiu, me dá pena porque deve haver qualquer sintoma de debilidade no funcionamento do cérebro do Collor. ...
Efetivamente eu fico com pena porque eu acho que o povo brasileiro esperava que essa pessoa pudesse pelo menos conduzir o país, se não a uma solução definitiva, pelo menos a indícios de soluções para os graves problemas que nós vivemos.
Lamentavelmente, a ganância, a vontade de roubar, a vontade de praticar corrupção fez com que o Collor jogasse o sonho de milhões e milhões de brasileiros por terra. Mas de qualquer forma, eu acho que foi uma grande lição que o povo brasileiro aprendeu e eu espero que o povo brasileiro em outras eleições escolha pessoas que pelo menos eles conheçam o passado político.
sexta-feira, setembro 01, 2006
seria o astronauta um mensaleiro ?
Foi só enviar um astronauta brasileiro para o espaço que sumiu um
planeta ...
planeta ...